Se a felicidade viesse num samba-de-roda Num um mote doído fingindo ser maracatu Tropeçando em poesia Como quem tropeçasse no rastro à procura de amor
Com o choro contido, calado no fundo do peito Implorando o respeito daquela que então desdenhou A solidão não poderia Conter a progressão de alegria com um acorde menor
Quando chora o meu pandeiro Ah! ninguém cala o meu sofrer Seu sofrer é passageiro Ah! em matéria de dor eu sou mais eu
Se a felicidade calasse a servil melodia E a invadisse de filosofia de botequim Se imbuísse meus dedos cansados de diplomacia Do vigor das palavras que nasceriam de mim
Se preenchesse meu peito vazio de sutil ironia E sutil revirasse do avesso o que dou valor A solidão não poderia Conter a progressão de alegria com um acorde menor
REFRÃO
Compositor: Adalberto Henrique Castelo Branco Rabelo Filh (Adalberto Rabelo Filho) (ABRAMUS)Editor: Tratore (ABRAMUS)ECAD verificado obra #1406523 em 14/Mai/2024 com dados da UBEM