Oco de pau que diz: Eu sou madeira, beira Boa, dá vau, tristriz Risca certeira Meio a meio o rio ri Silencioso, sério Nosso pai não diz, diz: Risca terceira
Água da palavra Água calada, pura Água da palavra Água de rosa dura Proa da palavra Duro silêncio nosso pai
Margem da palavra Entre as escuras duas Margens da palavra Clareira, luz madura Rosa da palavra Puro silêncio, nosso pai
Meio a meio o rio ri Por entre as árvores da vida, o rio riu, ri Por sob a risca da canoa, o rio viu, vi O que ninguém jamais olvida, ouvi, ouvi, ouvi A voz das águas
Asa da palavra Asa parada, agora Casa da palavra Brasa da palavra A hora clara, nosso pai
Hora da palavra Quando não se diz nada Fora da palavra Quando mais dentro aflora Tora da palavra Rio, pau enorme, nosso pai
Meio a meio o rio ri Por entre as árvores da vida, o rio riu, ri Por sob a risca da canoa, o rio viu, vi O que ninguém jamais olvida, ouvi, ouvi, ouvi A voz das águas
Asa da palavra Asa parada, agora Casa da palavra Brasa da palavra A hora clara, nosso pai
Hora da palavra Quando não se diz nada Fora da palavra Quando mais dentro aflora Tora da palavra Rio, pau enorme, nosso pai
Meio a meio o rio ri Por entre as árvores da vida, o rio riu, ri Por sob a risca da canoa, o rio viu, vi Por entre as árvores da vida, o rio riu, ri Por sob a risca da canoa vi