Durante uma recente participação no podcast Rockonteurs, comandado por Gary Kemp e Guy Pratt, Elvis Costello surpreendeu ao traçar paralelos entre a composição de Taylor Swift e a de Bob Dylan, ícone do folk rock (Fotos: Mike Chaiken / Taylor Swift Instagram). O cantor refletiu sobre sua própria trajetória no cenário musical enquanto promovia a reedição deluxe de seu álbum de 1986, *King of America*.

Em sua análise, Costello mencionou que ao relatar experiências pessoais de forma direta, como fazia no passado, ele percebeu que faltava engajamento por parte do público. Segundo ele, captar a atenção do ouvinte requer mais do que apenas expor emoções brutas—é preciso um toque de criatividade e elaboração. O músico destacou que artistas como Joni Mitchell e Dylan, por exemplo, atingem esse equilíbrio impecável em suas obras, citando especificamente o álbum *Blue*, de Mitchell, e *Blood on the Tracks*, de Dylan, como exemplos emblemáticos.



Costello, então, abordou as composições de , elogioando sua capacidade de transformar experiências pessoais em músicas universais e cativantes. “Ela entende a necessidade de transmitir sentimentos próprios, mas de uma forma que ressoe com o público”, afirmou, ressaltando que essa habilidade é parte do motivo pelo qual ela mantém sua conexão estreita com os fãs. Ele ainda comentou sobre a forma como a cantora, dona de sucessos como "All Too Well", utiliza a mistura de emoção e invenção em suas letras, mantendo a curiosidade do ouvinte. "E eu não digo isso só para parecer antenado com os jovens, mas porque realmente é isso que faz com que Taylor Swift converse com tantas pessoas."



Costello também compartilhou sua própria abordagem criativa, admitindo que não se sente confortável em simplesmente "pegar um diário" e transformá-lo em músicas. Segundo suas palavras, o momento que inspira uma canção pode ser impactante, mas relatar os detalhes dessa experiência sem uma camada adicional de interpretação ou narrativa não é, necessariamente, instigante para os outros.