Torben Ulrich, o pai de Lars Ulrich, o baterista do Metallica morreu aos 95 anos. O anúncio foi feito nas redes sociais da banda nesta madrugada. Verdadeiro "homem da renascença", Torben foi tenista profissional, chegando a ficar entre os 100 melhores do mundo, e um grande entusiasta do jazz, tendo escrito para publicações dinamarquesas sobre o assunto durante várias décadas, além de ter se aventurado pelo clarinete.
"95 anos de aventuras, experiências únicas e curiosidade. Ultrapassando limites e desafiando o status quo. Tênis, música, arte, escrita….e um pouco da atitude não conformista dinamarquesa. Obrigado infinitamente! Eu te amo pai.", escreveu Lars em tributo.
Nascido em 1928, Torben se tornou pai em 26 de dezembro de 1963, quando Lars, seu único filho, e fruto do casamento com Lone Ulrich (1930 - 1998) nasceu. O tenista teve influência decisiva na carreira musical de Lars.
Em 1973, ele conseguiu ingressos para que seu filho, então com apenas nove anos, fosse assistir o Deep Purple em Copenhague, ao lado de seus amigos. A experiência foi tão marcante que acabaria levando-o para a música - não por acaso, Lars foi um dos maiores defensores da entrada do Purple no Rock and Roll Hall of Fame - a banda só foi aceita em 2016, 23 anos depois de ter se tornado elegível, e foi Lars quem fez o discurso de apresentação.
Lars já tocava bateria, mas a princípio, pensou em seguir a carreira do pai como tenista. Foi essa decisão que motivou a sua ida para os Estados Unidos aos 16 anos. Ao notar que não conseguiria jogar em alto nível, apesar de um início promissor, o jovem voltou suas atenções para a música.
Em 1981, apaixonado pelo novo heavy metal que vinha do Reino Unido, ele colocou um anúncio no jornal buscando músicos para começar uma banda. Uma das pessoas que respondeu a mensasgem foi um jovem chamado James Hetfield. O resto, como diz o clichê, é história.
