A disputa pelo espólio de Aretha Franklin pelos herdeiros da cantora morta em 2018 está longe de acabar. Na mais recente reviravolta, um juiz decidiu que uma folha de papel com um testamento encontrado no sofá da casa onde a cantora vivia tem valor jurídico.

Aretha teve quatro filhos e dois deles disputam o controle sobre a obra da artista. De um lado está Kecalf, o caçula, apoiado por Edward, o segundo mais velho. Ted White, o terceiro é quem lidera o outro polo da briga. Há também o primogênito Clarence, que tem necessidades especiais e, portanto, não responde por seus atos. Seu cuidador também é contrário que Kecalf tenha mais poder na questão.
Aretha Franklin

A briga jurídica se dá pelo fato da "Rainha do Soul" não ter deixado de maneira formal a sua decisão sobre o assunto. Segundo o "testamento do sofá", datado de 2014, quem deve assumir a frente dos negócios é Kecalf, o problema é que este papel não foi assinado. O outro documento que está sendo usado no processo foi escrito em 2010, tem 11 páginas, e tem a concordância de todos os herdeiros. Ele perderá o valor se o papel de 2014 for, de fato, validado.

No fundo, Aretha disse mais ou menos a mesma coisa nas duas situações: a de que gostaria que todos quatro filhos dividissem por igual os lucros advindos de sua música. Mas também existem diferenças. Em 2014, Aretha parece deixar a sua casa para Kecalf. Quatro anos antes, a decisão era a de dividir todas as posses de maneira mais igualitária.

No primeiro documento, a cantora também dizia que Kecalf e Edward deveriam obter um diploma ou certificado tornando-os mais capazes de gerir um negócio. Em 2014 essa condição já não mais existia.