A Polícia Civil prendeu um rapaz de 22 anos, em Santa Maria, no Distrito Federal, suspeito de divulgar fotos do corpo de Marília Mendonça utilizadas no inquérito policial que investigou a morte da cantora, ocorrida em novembro de 2021, após um acidente de avião.

Em uma nota oficial divulgada à imprensa, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que as investigações foram realizadas pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos e fazem parte da Operação Fenrir, que tem "objetivo de reprimir crimes praticados na internet" e "visou identificar administradores de perfis em redes sociais" que compartilharam e divulgaram fotos e vídeos de corpos de artistas do laudo pericial no Instituto de Medicina Legal (IML).

Além das fotos de Marília Mendonça, que foram divulgadas na semana passada, imagens dos corpos de Cristiano Araújo e Gabriel Diniz também vazaram na internet.

"As imagens foram obtidas de forma ilegal e distribuídas de forma indiscriminada na internet", diz o comunicado da PCDF.

"Nesta etapa da operação, foi cumprido, por determinação judicial, um mandado de busca e apreensão, resultando na prisão em flagrante de um homem, de 22 anos, que utilizou o Twitter para difundir as imagens dos artistas. No Brasil, a pena para quem pratica o crime de vilipêndio de cadáver pode ser de detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e pagamento de multa, prevista no art. 212 do Código Penal", acrescenta o texto.

Em uma entrevista ao Balanço Geral SP, o advogado da família de Marília Mendonça, Robson Cunha, mostrou sua revolta sobre as imagens vazadas e contou que quem o avisou sobre o fato foi Murilo Huff, pai do filho da cantora.

"Quem me passou essa informação foi o próprio Murilo, ele me liga, muito abalado, de não acreditar. Tanto ele, quanto eu, a gente não conseguiu ver as imagens. As pessoas próximas que viram [as fotos] confirmaram se tratar do documento oficial, inclusive, com logomarca da Polícia Civil do Estado de Minas", disse ele.

"Meu sentimento é muito semelhante ao da família, até pela relação de proximidade, dá até uma certa revolta, inacreditável. Quando você acredita que todo esse conteúdo está sob a tutela do estado e está sob segurança, resguardado, uma situação dessa ocorre", completou.