O NME, que por várias décadas foi um jornal que chegava semanalmente às bancas e hoje sobrevive online, divulgou a sua tradicional lista com os 50 melhores álbuns do ano. Para a publicação inglesa, os Arctic Monkeys fizeram o grande disco de 2022 com "The Car". A escolha não deixa de ir um pouco na contramão dos outros veículos. Apesar de ter sido bastante elogiado quando saiu, o LP não apareceu em muitas outras enquetes do tipo que estão sendo publicadas por outros sites e revistas, e certamente não em primeiro lugar.
O resultado, de qualquer forma, não surpreende. Este é o sétimo álbum da banda e o terceiro a encabeçar o Top 50 do agora site, depois de disco de estreia ("Whatever People Say I Am,..", de 2006) e de "AM" de 2013. Em quase 50 anos, nenhum artista, ou banda, conseguiu tal feito - Bob Dylan, Public Enemy e o The 1975 tiveram dois "álbuns do ano" cada.
Para o time do New Musical Express, como ele foi conhecido por décadas, Alex Turner e cia. fizeram "uma obra-prima de tirar o fôlego que traz a marca da curiosidade sem limites de seus criadores".
O NME também colocou algumas das grandes unanimidades do ano no top 10. "O álbum homônimo do Wet Leg, que trouxe "vida e diversão de volta ao indie", ficou em segundo lugar, "Renaissance", de Beyoncé" (mais um notável disco acrescentado ao seu reperório") em terceiro, "Mr. Morale...", de Kendrick Lamar ("o disco de rap que chocou o mundo") em quinto e "MOTOMAMI", de Rosalía (onde a artista "seguiu inovando destemidamente").
Eles ainda celebraram alguns discos que foram basicamente ignorados em outros rankings de melhores de 2022, caso dos álbuns de Liam Gallagher ("C'mon You Know" em 49°), Foals ("Life Is Yours", 20°), J-Hope ("Jack In The Box", 42°) e Red Hot Chili Peppers ("Unlimited Love", 41°)
