Depois de sete anos, o a-ha voltou a lançar um álbum de inéditas. Entre idas e vindas, "True North" é o 11° disco do trio em 37 anos de carreira discográfica e, certamente, um dos melhores já feitos por eles.
Magne Furuholmen, Paul Waaktaar-Savoy (que dividem igualmente as composições, seis para cada um) e o vocalista Morten Harket apostaram em canções mais climáticas e ambiciosas, que, simultaneamente, não abrem mão do apelo pop, afinal o talento para criar melodias de grande impacto sempre foi uma das grandes forças do trio.
O que aqui foi deixado de lado foi o synthpop dançante e radiofônico que fez a fama deles - e cujos timbres de sintetizadores andam muito em voga na pop contemporâneo. A inspiração aqui, o que não deixa de surpreender, foi o penúltimo disco de Bruce Springsteen, o cinemático "Western Stars", onde o americano criou um álbum com muitas orquestrações e homenageou o pop californiano dos anos 60.
O que o a-ha fez foi transportar esse conceito para a Noruega. Assim como aconteceu com Springsteen, eles também fizeram um filme para acompanhar o lançamento que deve sair em breve. Com letras tratando de temas ambientais e sobre a natureza, Magne descreveu o projeto como "uma carta em forma de música enviada de nosso país natal".
