Kanye West voltou a causar polêmica após uma participação no podcast Drink Champs, neste domingo (16), ao declarar que George Floyd, vítima de violência policial nos EUA, não morreu asfixiado.

O caso, que aconteceu em maio de 2020 na cidade Mineápolis, gerou indignação no país, incluindo protestos do movimento Black Lives Matter, após o vídeo da abordagem mostrar o policial branco Derek Chauvin colocando o joelho no pescoço de Floyd, enquanto ele afirmava que não conseguia respirar. Derek Chauvin foi julgado e condenado pelo crime.

No podcast, o rapper afirma que George Floyd morreu devido a uma substância injetada em seu organismo por colegas de quarto, minimizando a ação do policial.

"Eu assisti ao documentário de George Floyd que a Candace Owens lançou. Uma das coisas que seus dois colegas de quarto dizem é que queriam um cara alto como eu e, no dia que ele morreu, ele fez um oração por oito minutos", disse West. "Eles injetaram fentanil nele. Se você olhar, o joelho do cara [policial] nem estava no pescoço dele daquela forma".

De acordo com a CNN, o médico legista afirmou durante o julgamento que a autópsia de Floyd provou que sua morte foi resultado de “parada cardiopulmonar” ocorrida durante a "compressão do pescoço.” O artigo ainda acrescenta que "a doença cardíaca de Floyd e o uso de fentanil foram fatores que contribuíram para sua morte, mas não a causa direta".

O advogado Lee Merritt, que representa a família de Floyd, postou uma mensagem no Twitter sobre a possiblidade de uma ação legal contra Kanye West devido a sua declaração no podcast.

“Embora não se possa difamar os mortos, a família de George Floyd está considerando um processo pelas falsas declarações de Kanye sobre a forma de sua morte”, postou o advogado. "Afirmar que Floyd morreu de fentanil e não pela brutalidade estabelecida criminal e civilmente mina e diminui a luta da família Floyd.”