Na tarde de 19 de agosto de 1977, Elvis Presley morreu em sua mansão em Memphis, aos 42 anos. Nessas quatro décadas e meia, ele nunca perdeu o título de Rei do Rock, nem os fãs que o acompanharam desde os anos 50. Com as novas gerações, ele teve épocas de pico e outras de calmaria . Neste momento, graças à elogiada cinebiografia, chamada simplesmente "Elvis", o que se vê é a ocorrência do primeiro caso, com as músicas do cantor sendo descobertas, ou redescobertas, em todo o mundo.

O filme de Baz Luhrmann, em cartaz nos cinemas desde junho, já faturou mais do que o triplo de seu orçamento segundo os boletins divulgados nesta semana. São quase 262 milhões de dólares de bilheteria para um custo de 80 milhões. Ou seja, um sucesso indiscutível, que também foi bem recebido pelos críticos, que não costumam ser muito generosos para com a obra do diretor.

Elvis Presley


Para se ter uma ideia, "Elvis", o sexto trabalho do cineasta para o cinema, tem média 78 no Metacritic, nota maior do que os seus quatro filmes anteriores ("Romeu e Julieta", "Moulin Rouge", "Austrália" e "O Grande Gatsby") e inferior apenas ao número de "Vem Dançar Comigo", sua estreia no cinema de 1992 (com 89%).

Isso significa que a biografia em ritmo de espetáculo já surge com boas chances de disputar algumas estatuetas na chamada "temporada do Ouro" de 2022, que culmina com a entrega dos Oscars, em março de 2023. Austin Butler foi muito elogiado por seu trabalho como ator e já desponta como um dos favoritos para levar a estatueta para casa. Visualmente, o filme também impressiona, o que deve garantir também algumas indicações nas categorias técnicas.

Os acessos à pagina de Presley aqui no Vagalume também refletem o aumento de interesse em sua obra. Basta dizer que, na primeira metade deste mês, ela já foi vista o mesmo número de vezes verificado durante os 30 dias de junho, que já tinha registrado um aumento visível em relação a maio. Ou seja, estamos vivendo em uma nova "Elvismania" que deve perdurar por mais um bom tempo.