O cantor e ator Meat Loaf morreu nesta quinta-feira (20) aos 74 anos. Michael Lee Aday teve sucesso em ambas carreiras, mas será sempre lembrado por ter gravado um dos discos mais bem-sucedidos de todos os tempos. "Bat out of Hell", que no Brasil nunca teve a mesma penetração, saiu em 1977 e vendeu estimadas 43 milhões de cópias em todo o mundo, incluindo 14 milhões nos EUA.
No cinema ele também teve partes memoráveis. Em "The Rocky Horror Picture Show" de 1975, Loaf foi Eddie, papel que ele já tinha feito na montagem original do musical em Los Angeles. 24 anos depois, em "Clube da Luta", ele foi Robert Paulson, o personagem câncer nos testículos que, graças ao aumento de estrogênio no organismo causado pelas injeções de testosterona, desenvolve seios.
"Bat Out Of Hell" era aquele disco que ninguém achava que podia fazer tanto sucesso. Afinal um trabalho conceitual baseado em um musical inspirado em Peter Pan, cantado por um artista que em nada lembrava um rock star com as músicas mais bombásticas possíveis não parecia mesmo uma boa aposta. Mas a mistura deu certo.
As canções de Jim Steinman (morto no ano passado) inspiradas nas sinfonias de Wagner, o pop sessentista de Phil Spector, The Who e Bruce Springsteen (não a toa alguns membros da E Street Band estão no álbum) foram amplificadas pela produção de Todd Rundgren e encontraram um público gigantesco, graças aos vocais derramados, quase operísticos, do cantor.
Como todo músico que explode com seu primeiro trabalho, e ainda nessa proporção, Aday sempre manteve um público fiel, mas nunca mais conseguiu fazer algo com o mesmo nível de sucesso, ainda que tenha feito outros discos bem sucedidos, especialmente no Reino Unido onde dez, de onze, discos subsequentes, entraram no top 10.
O cantor só voltaria a experimentar popularidade semelhante em 1993, justamente com a segunda parte de "Bat Out Of Hell". O disco reuniu o mesmo time do original, ou seja Steiman compôs as músicas, e aqui também as produziu, mas Rundgren trabalhou nos arranjos vocais, e chegou ao primeiro lugar nos mercados mais importantes do planeta, incluindo o norte-americano, onde ele vendeu mais de cinco milhões de cópias.
Foi dessa segunda parte também que saiu o seu single de maior sucesso: a balada dramática "I'd do Anything For Love (But I Won't do That)", seu único número 1 nos EUA, e também no Reino Unido.
A saga de "Bat Out Of Hell" se encerrou com a terceira parte, essa feita sem Steinman e uma contribuição mínima. Lançado em 2006 ele não repetiu o sucesso dos volumes 1 e 2.
Os dois ainda voltariam a se reencontrar e é difícil não ver um ciclo se fechando ao se ver que o último disco de Loaf, "Braver Than We Are", de 2016, foi também o derradeiro em que Steinman compôs todas as músicas.
Ouça "Bat Out Of Hell":
No cinema ele também teve partes memoráveis. Em "The Rocky Horror Picture Show" de 1975, Loaf foi Eddie, papel que ele já tinha feito na montagem original do musical em Los Angeles. 24 anos depois, em "Clube da Luta", ele foi Robert Paulson, o personagem câncer nos testículos que, graças ao aumento de estrogênio no organismo causado pelas injeções de testosterona, desenvolve seios.
"Bat Out Of Hell" era aquele disco que ninguém achava que podia fazer tanto sucesso. Afinal um trabalho conceitual baseado em um musical inspirado em Peter Pan, cantado por um artista que em nada lembrava um rock star com as músicas mais bombásticas possíveis não parecia mesmo uma boa aposta. Mas a mistura deu certo.
As canções de Jim Steinman (morto no ano passado) inspiradas nas sinfonias de Wagner, o pop sessentista de Phil Spector, The Who e Bruce Springsteen (não a toa alguns membros da E Street Band estão no álbum) foram amplificadas pela produção de Todd Rundgren e encontraram um público gigantesco, graças aos vocais derramados, quase operísticos, do cantor.
Como todo músico que explode com seu primeiro trabalho, e ainda nessa proporção, Aday sempre manteve um público fiel, mas nunca mais conseguiu fazer algo com o mesmo nível de sucesso, ainda que tenha feito outros discos bem sucedidos, especialmente no Reino Unido onde dez, de onze, discos subsequentes, entraram no top 10.
O cantor só voltaria a experimentar popularidade semelhante em 1993, justamente com a segunda parte de "Bat Out Of Hell". O disco reuniu o mesmo time do original, ou seja Steiman compôs as músicas, e aqui também as produziu, mas Rundgren trabalhou nos arranjos vocais, e chegou ao primeiro lugar nos mercados mais importantes do planeta, incluindo o norte-americano, onde ele vendeu mais de cinco milhões de cópias.
Foi dessa segunda parte também que saiu o seu single de maior sucesso: a balada dramática "I'd do Anything For Love (But I Won't do That)", seu único número 1 nos EUA, e também no Reino Unido.
A saga de "Bat Out Of Hell" se encerrou com a terceira parte, essa feita sem Steinman e uma contribuição mínima. Lançado em 2006 ele não repetiu o sucesso dos volumes 1 e 2.
Os dois ainda voltariam a se reencontrar e é difícil não ver um ciclo se fechando ao se ver que o último disco de Loaf, "Braver Than We Are", de 2016, foi também o derradeiro em que Steinman compôs todas as músicas.
Ouça "Bat Out Of Hell":