"Toy", o álbum que David Bowie gravou no ano 2000 mas que só ganhou uma edição oficial no ano passado, acaba de sair em sua edição definitiva. O disco chega na semana em que o astro é relembrado duplamente - ele nasceu em 8 de janeiro de 1947 e morreu dois dias depois de celebrar seu 69° aniversário.
Em "Toy", o cantor fez uma volta ao seu passado musical. Antes de estourar, primeiro em 1969 com o single "Space Oddity", e depois, definitivamente, em 1972 com o álbum "Ziggy Stardust", Bowie lançou uma série de compactos e um álbum de estreia que tiveram pouca, ou nenhuma, repercussão. Foram canções desta época que ele revisitou em "Toy".
As músicas foram tratadas como se fossem novas, ou seja, não se tentou copiar literalmente os originais e nem dar uma cara retrô para elas, ainda que o clima nostálgico esteja presente.
Bowie decidiu engavetar o trabalho depois que trocou a Virgin pela Sony, acreditando, com razão, que seria melhor iniciar a sua trajetória na nova gravadora com um álbum efetivamente inédito, ou seja, "Heathen", de 2002. Uma versão pirata vazou na Internet na década passada, mas, oficialmente, ele só foi ouvido no final do ano passado, como parte do box "Brilliant Adventure", que reuniu o material dele lançado nos anos 90.
Agora, ao disco original foram acrescidos mais dois CDs. Um tem mixagens alternativas e outras duas faixas: releituras de "Liza Jane", o primeiríssimo single que ele lançou (em 1964, como "Dave Jones with the King Bees", e a única música presente que ele não compôs) e "In The Heat Of The Morning". gravada em 1968 como um potencial single que acabou não sendo lançado.
O "disco 3" tem as músicas (com exceção de "Liza Jane") em outra mixagem, chamada de "Unplugged & Somewhat Slightly Electric".
