Neste 14 de setembro, Amy Winehouse completaria 38 anos e admiradores ao redor do mundo fazem homenagens à britânica nas redes sociais. A cantora morreu com apenas 27 anos, vítima de sua dependência química. Um problema que lhe acompanhou por vários de seus poucos anos de vida e que ela nunca escondeu de seu público, vide a clássica "Rehab".

A medida que os anos se passam, fica mais clara a sua influência e importância no cenário da música pop. O álbum "Back To Black" segue como um dos mais relevantes do século e sua personalidade e carisma como um daqueles que captou o carinho de diferentes estilos de fãs.

O Vagalume homenageia neste texto todo o talento dessa enorme artista, que nunca será esquecida pela sua legião de admiradores. Relembre 5 motivos que tornaram Amy Winehouse em um dos ícones da história da música:

1. O talento como compositora

Em uma época que cantores e compositores perdem espaço nas paradas de sucesso para grupos de até dez pessoas como autores de uma mesma faixa, Amy certamente deixa saudades com seu talento. Cada música composta por ela revelava uma face pessoal de sua obra, que hoje se torna cada vez mais rara.

A cantora derramava o seu coração em diversas composições, fosse o tema amor, fim de relacionamento e até problemas com seus vícios. O disco "Back To Black" se tornou memorável justamente por esse motivo, com letras que fizeram com que muitos fãs pudessem se relacionar e assim se sentirem mais próximos dela.

"Rehab" é um das faixas que mostra todo esse poder. Por trás da faixa capaz de animar qualquer festa com seu ritmo e até bom humor, está uma letra reflexiva sobre uma batalha enfrentada por milhares de pessoas ao redor do mundo:



2. A presença em cima do palco

Não se tratava apenas da voz. Amy chamava a atenção de todos assim que subia ao palco.

Seu estilo, com o penteado retrô, tatuagens e piercings a tornaram única quando foi ao estrelato. A qualidade de seus vocais aliada à incrível banda que a acompanhava, tornavam os shows de Amy bastante especiais.

Em anos onde a tecnologia tomava cada vez mais espaço dos grandes concertos, a cantora ia no caminho oposto: shows que não eram ancorados em grandes efeitos cênicos e visuais, mas, como "nos velhos tempos", no poder da estrela principal e a força dos músicos, trazendo um ar fresco para a sua audiência. Nos últimos tempos, estava ficando claro que Winehouse já não se sentia tão à vontade em cima do palco e, hoje fica claro, que os concertos em que ela parecia estar conscientemente se autossabotando eram um grito de socorro. Mas quando ela estava disposta a dar de tudo de si para o público a experiência era, sempre, inesquecível.

3. Os prêmios

Os reconhecimentos que Amy recebeu durante a sua carreira não foram poucos e inegavelmente merecidos. Em uma lista longa, ela ganhou o prestigioso Ivor Novello, principal prêmio para compositores britânicos, em duas ocasiões: com "Stronger Than Me", do álbum de estreia "Frank", e a já citada "Rehab", de "Back To Black".

Com este último disco, o último que lançou em vida, ela também faria história no Grammy. Em 2008, ela venceria cinco categorias com o trabalho, incluindo três das quatro principais categorias: "Gravação do Ano" e "Canção do Ano", ambos com "Rehab", mais o de artista novo, álbum do ano e álbum pop com vocal.

4. Sua influência e inspiração para as próximas gerações

"Eu sinto como se devesse tanto da minha carreira a ela". Essas foram palavras do fenômeno Adele sobre Amy Winehouse em um show, em Boston, em 2016. Quando era uma adolescente, a voz de "Rolling In The Deep" via Amy como a cantora mais estilosa e legal que existia.

Sem dúvida, Amy pavimentou um caminho para que uma série de artistas, a própria Adele e Lana Del Rey entre elas, mostrassem o seu estilo próprio, sem medo e necessidade de se enquadrar ao que a indústria da música e do entretenimento consideram o mais popular e apresentável visualmente no momento.

5. Os sucessos atemporais

Em outubro deste ano, o disco "Back To Black" completará 15 anos e suas músicas soam novas, como se tivessem sido lançadas hoje. A forma, como ao lado do produtor Mark Ronson, Amy conseguiu aliar estilos clássicos, como a soul music e o R&B dos anos 60, além das chamadas torch songs ("canções de fossa) ao pop atual, tornam esse trabalho um dos mais bem sucedidos do século.

Não é à toa que "Rehab" ou "You Know I'm No Good" seguem sendo tocadas e têm presença garantida nas playlists de pessoas das mais diferentes idades. Assim como as românticas "Back To Black" e "Tears Dry On Their Own", perfeitas para serem ouvidas quando se sofre por amor.

Esses são exemplos de como Amy Winehouse segue viva com a sua música entre os fãs e admiradores ao redor do mundo.