Dusty Hill, o baixista do ZZ Top, morreu aos 72 anos, nesta quarta-feira (28), enquanto dormia. O anúncio foi feito nas redes oficias da banda e assinado pelos seus parceiros de toda uma vida: o guitarrista Billy Gibbons e o baterista Frank Beard.

Diz a nota: "Estamos tristes com a notícia de que nosso compadre, Dusty Hill, faleceu enquanto dormia em sua casa em Houston, Texas. Nós, junto com legiões de fãs do ZZ Top ao redor do mundo, sentiremos falta de sua presença constante, de sua boa natureza e o compromisso duradouro de fornecer aquela base monumental ao 'Top'. Estaremos para sempre conectados a esse 'Shuffle de blues em dó maior'. Você fará muita falta, amigo. Frank & Billy".

Não se sabe se a morte do músico teve alguma relação com um problema no quadril, que forçou-o a abandonar a turnê em celebração aos 50 anos de fundação da banda, uma das maiores e mais importantes do rock americano. Hill subiu no palco pela última vez há dez dias, em 18 de julho, e estava sendo substituído por Elwood Francis, o técnico de guitarra, de longa data, do trio.
ZZ Top

O ZZ Top foi formado em 1969. O hard blues do trio começou a ficar mais conhecido a partir de 1973, com o, hoje clássico, "Tres Hombres". O terceiro disco deles chegou ao oitavo posto da parada da Billboard e trouxe o futuro standard do classic rock "La Grange".

Na década de 70, eles foram aumentando de popularidade, especialmente graças aos seus shows ao vivo - a turnê de 1976 e 1977, onde eles levaram "um pedacinho do Texas" para o público, entrou para a história com o seu palco "decorado" não só com cactos, mas também com um tatu, além de abutres e búfalos e até duas cascavéis, todos vivos.
ZZ Top

O som deles começa a mudar em "Degüello", de 1979, quando o blues rock puro abre espaço para outras influências mais modernas. O trabalho seguinte, "El Loco" (1981), traz, em sua capa, Gibbons e Hill usando as longas barbas e os óculos escuros que os tornaram quase idênticos. O visual, em breve, ajudou a fazer dos três, improváveis astros da primeira geração da MTV, e viraram uma marca registrada que, ainda hoje, os acompanha.

"Eliminator", lançado em 1983, foi o responsável por esse estouro, ao trazer o rock básico mesclado com sintetizadores e uma produção que mesmo moderna e típica da época, não descaracterizou-os. Dele saíram os hits singles "Gimme All Your Lovin'", "Legs" e "Sharp Dressed Man", que renderam clipes inesquecíveis em cima da trinca garotas, carros e rock and roll.
ZZ Top

O álbum os tornou mais famosos no resto do mundo, e nos EUA atingiu a marca de diamante, por vendas superiores a 10 milhões de cópias. O sucesso seguiu com "Afterburner" (1986), este o trabalho mais pop deles, que, nos EUA, ganhou cinco discos de platina.

A partir dos anos 90 eles voltaram, gradualmente, a fazer um som mais cru que seguiu bastante popular, mesmo que eles nunca mais tenham tido o mesmo pico de sucesso dos anos 80.

No século 21, os lançamentos diminuíram. Foram apenas dois álbuns: "Mescalero" (2003) e "La Futura", de 2012, com produção de Rick Rubin, que os levou de volta ao top 10, após mais de duas décadas.

Segundo Gibbons, que lançou um álbum solo recentemente, eles gravaram muito material desde então com planos para lançar um novo trabalho de estúdio.

Veja uma das últimas performances de Dusty Hill:



Curta também o clipe de "Legs"



Ouça também uma compilação com os grandes momentos do trio: