Depois de um adiamento caudado pela pandemia da Covid-19, finalmente o novo álbum dos Foo Fighters chegou ao mercado. "Medicine At Midnight" acaba de sair e tem tudo para surpreender os fãs e até mesmo agradar quem não tem muita paciência para o som da banda.

Dave Grohl apostou em um trabalho que vai direto ao ponto. Com nove faixas em 36 minutos, este é o álbum mais curto já lançado por eles ("Sonic Highways" tinha apenas oito músicas, mas durava 42). O líder inegável da banda também trouxe novos elementos para o som do sexteto, em canções com mais groove e potencial dançante, os backing vocals femininos aparecem constantemente. Mas não se assustem, as influências do som dos anos 70 e a pegada de "rock alternativo para multidões" que ele ajudou a forjar, estão sempre presentes. Ou seja, este é um trabalho diferente dentro da discografia deles, mas não de ruptura.

Assim, há muito aqui a se apreciar. A ótima faixa de abertura, "Making a Fire", já mostra que esse não vai ser só "mais um" álbum dos Foo Fighters, e os bons momentos vão se sucedendo, vide as interessantes "Medicine At Midnight" e "No Son of Mine" e "Holding Poison", além da reflexiva "Waiting On a War"que culminam com a surpreendente balada com influência da soul music "Chasing Birds" e a animada "Love Dies Young", um power pop com ritmo insistente, quase disco, e forte concorrente à música mais animada já composta por Ghohl em sua longa carreira. Em resumo, um trabalho que tem tudo para agradar os seguidores da banda, mas não só a eles.

Ouça:



"Medicine At Midnight" tem as seguintes faixas:

1 - "Making a Fire"
2 -"Shame Shame"
3 - "Cloudspotter"
4 - "Waiting On a War"
5 - "Medicine At Midnight"
6 - "No Son of Mine"
7 - "Holding Poison"
8 - "Chasing Birds"
9 - "Love Dies Young"