Muitos fãs de Taylor Swift devem se lembrar da confusão que envolveu os direitos musicais de álbuns da cantora, quando o empresário Scooter Braun adquiriu a gravadora Big Machine Records no ano passado, e, com ela, os primeiros discos que Taylor gravou em sua carreira pelo selo.

Na época, a artista escreveu uma carta aberta aos fãs falando sobre seu histórico ruim com o empresário e o quanto se sentiu "triste e enojada" por ele ter adquirido os direitos de seus álbuns. Na carta, a estrela também revelou que há anos ela tentava comprar seus próprios trabalhos e que essa oportunidade sempre lhe foi negada.

Nesta segunda-feira (16), a história ganhou um novo capítulo. De acordo com a revista Variety, Scooter Braun vendeu os direitos musicais dos álbuns de Swift, que ainda pertenciam à gravadora Big Machine Records, para um fundo de investimentos.

Segundo o periódico, o acordo teria sido feito nas duas últimas semanas pelo valor de U$ 300 milhões (mais de 1,5 bilhão de reais). Este mês, inclusive, Taylor já estaria livre, por contrato, para regravar as músicas dos seus cinco primeiros discos lançado pela antiga gravadora, algo que ela já havia demonstrado intenção de fazer.

Taylor Swift fala sobre a atual venda de suas músicas
Taylor Swift


Em seu Twitter, Taylor Swift fez uma publicação falando sobre essa atual negociação de suas músicas, contando que seguiu na tentativa de adquirir seu catálogo e revelando os termos exigidos pela equipe de Scooter Braun para que uma oferta chegasse a ser feita, algo que nunca aconteceu. Leia o texto na íntegra:

"Como vocês sabem, desde o ano passado eu venho tentando recuperar os direitos das minhas gravações originais. Com esse objetivo em mente, minha equipe tentou negociar com Scooter Braun.

A equipe de Scooter queria que eu assinasse uma cláusula extremamente confidencial afirmando que eu nunca mais diria uma palavra sobre ele que não fosse positiva, antes mesmo que pudéssemos olhar os registros financeiros da Big Machine Records (o que é sempre o primeiro passo em uma negociação dessa natureza). Então, eu teria que assinar um documento que iria me silenciar para sempre antes mesmo que eu pudesse receber a oferta sobre meu próprio trabalho.

Minha equipe jurídica disse que isso não é NADA normal, e que eles nunca viram uma cláusula como essa a não ser que fosse para pagar para silenciar um acusador de agressão. Ele nunca chegou a citar um valor para minha equipe. Essas gravações originais não estavam à venda para mim.

Há algumas semanas, minha equipe recebeu uma carta de uma empresa de capital privado, chamada Shamrock Holdings, nos informando que eles haviam comprado 100 por cento das minhas músicas, vídeos e artes de álbuns que pertenciam a Scooter Braun. Esta foi a segunda vez que minha música foi vendida sem meu conhecimento. A carta dizia que eles queriam entrar em contato comigo antes da compra, mas que Scooter havia exigido que eles não fizessem contato comigo ou com a minha equipe, ou o acordo não seria fechado.

Assim que começamos a conversar com a Shamrock, eu compreendi que, sob os termos, Scooter ainda continuaria a lucrar com meus antigos catálogos por muitos anos. Eu estava esperançosa e aberta para a possibilidade de uma parceria com a Shamrock, mas a participação de Scooter é inviável para mim.

Eu comecei a regravar minhas antigas músicas recentemente e isso já se mostrou ser emocionante e criativamente gratificante. Eu tenho muitas surpresas guardadas. Eu quero agradecer vocês por me apoiarem nessa saga sem fim, e mal posso esperar para que vocês ouçam o que eu tenho sonhado", escreveu a cantora.

Veja:
Taylor Swift