"O relógio do juízo final aponta que faltam 100 segundos para a a meia-noite, o mais próximo que a humanidade já esteve de uma catástrofe nuclear", com essa mensagem nada otimista, Roger Waters iniciou o vídeo para mais uma performance em que reuniu, de forma remota, a sua banda. Depois de ter feito, há algumas semanas, uma versão para "Mother", o baixista agora relembrou uma canção mais obscura de seus tempos de Pink Floyd: "Two Suns In The Sunset".

Lançada em 1983, a música é a que encerra de um dos discos menos lembrados, e dos mais polêmicos, da banda. "The Final Cut" foi o último álbum que ele gravou com o grupo, e, para muitos fãs e especialistas, é praticamente um trabalho solo do baixista feito com a participação do guitarrista David Gilmour e do baterista Nick Mason (o tecladista Rick Wright já estava fora há quatro anos). De clima fúnebre, a canção narra o último dia da humanidade antes de sua aniquilação por uma bomba nuclear.

Por muito tempo, "The Final Cut" o foi visto como um dos piores trabalhos não só da banda, mas de um grande nome do rock, em uma opinião que passou a ser revista na década passada. Foi quando, percebeu-se que muitos dos temas tratados por Waters no álbum, seguiam fazendo sentido no século 21, ainda que os líderes mundiais e as ameaças ao nosso futuro fossem outros.

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