Zara Larsson resolveu fazer algumas postagens comentando a carta aberta escrita por Lana Del Rey em suas redes sociais, na qual a voz de "Norman Fucking Rockwell" entra em defesa de sua personalidade musical e de acusações sobre glamorizar relacionamentos abusivos em suas canções.

Em dois stories no instagram, postados neste domingo (24), Larsson diz que "a liberdade artística não deve ser o centro de um debate feminista", mas parece questionar Lana, quando ela entra em defesa de poder agir uma "mulher delicada".

"Pergunta séria para a cultura (risos): as mulheres 'delicadas' não foram sempre celebradas? É literalmente a mulher 'ideal'. Por décadas, as mulheres são vistas como delicadas, além de passivas e submissas. E se uma mulher não se encaixava nesse padrão, ela era desaprovada", escreveu Zara Larsson.

"Eu concordo que as mulheres hoje, porque tivemos que lutar pelo direito de mudar a narrativa e o autoritarismo, de liderar e possuir nossa sexualidade, precisamos colocar uma fachada de 'garota forte' para sermos vistas como uma verdadeira feminista, quando a verdade é que as mulheres (e todos os outros gêneros) às vezes são fortes e às vezes delicadas. E você deve poder se expressar sob a luz que desejar, porque essa é a realidade. As pessoas são multidimensionais. Mas ... lutar pelo direito de ser delicada? Isso é necessário?", continuou ela.

"Quando lancei 'Ruin My Life', fiquei com medo de receber comentários sobre como glamourizei relacionamentos abusivos (e recebi). Eu entendo de onde eles vêm, mas como artista, eu queria expressar os sentimentos que tive em um relacionamento tóxico e deveria poder fazer isso, mesmo sendo feminista! Sentir que você quer arruinar sua vida é insano, mas a certa altura eu queria isso mais do que ficar sem ele. Mas minha liberdade artística não deve ser o centro de um debate feminista, porque acho existem tópicos muito mais importantes, como o verdadeiro abuso doméstico. Vocês entendem?", finalizou Zara.

Em sua carta, Lana Del Rey fala sobre algumas críticas que recebeu pela temática em suas músicas. "Com todos os tópicos que as mulheres finalmente podem explorar, só quero dizer que acho patético que minhas pequenas explorações em minhas letras detalhando meus papéis às vezes submissos ou passivos em meus relacionamentos, muitas vezes façam as pessoas dizerem que eu fiz as mulheres regredirem cem anos (em suas conquistas)", escreveu ela em um trecho da publicação.

Confira aqui mais detalhes sobre a tradução da carta da cantora!