O recado é bem dado logo no início: o palco se ilumina e mostra o nome Anitta escrito com a mesma fonte da equipe de funk Furacão 2000 sob um paredão de alto-falantes (que depois e abriria para revelar os músicos acompanhantes). Foi assim que, logo depois de um aquecimento com presença de MC Andinho, a carioca adentrou o Rock in Rio nesse sábado (5) como o maior nome do pop brasileiro surgido nesta década, como alguém que deixa claro que não esqueceu as suas origens. A artista afirma que se não fosse o funk carioca onde ela encontrou a sua primeira fonte de expressão, ela não teria chegado tão longe. Não a toa ele fez um discurso emotivo quase no fim do espetáculo lembrando que precisou ralar muito e enfrentar, e seguir enfrentando, uma série de barreiras até poder atingir o atual patamar de popularidade.

Anitta preparou um show especial para o Rock in Rio que se mostrou bem eficiente. Ela optou por enfileirar mais de duas dezenas de músicas, geralmente em versões encurtadas, e as exibiu praticamente sem intervalos entre elas, fazendo do show uma grande festa dançante,com diversos climas.

A entrada foi mais pesada com "Show Das Poderosas", depois houve um momento mais intimista e outro também de pegada mais pop/sertaneja e uma nova subida de ritmo no final. Apesar de ter cantado várias canções gravadas com participações especiais de outros artistas (onde onde ela foi a convidada) a cantora não chamou ninguém para cantar ao seu lado, de forma que as vozes de Wesley Safadão, Leo Santana, Pabllo Vittar e vários outros foram ouvidos em playback mesmo.

Anitta mostrou que, ao contrário do que muita gente apregoava, há espaço para ela e sua música no Rock in Rio, e que ela provavelmente ainda vai pisar nesse palco mais vezes no futuro.

Veja trechos do show



"Loka"



O discurso