Linda Ronstadt foi uma das mais populares cantoras dos anos 70 levando mundo afora a música tipicamente californiana da época com influências de country, folk, rock e pop. Sua carreira começou nos anos 60 e é repleta de histórias interessantes que em breve serão vistas em um documentário.

A artista de 73 anos, que hoje sofre com Mal de Parkinson que a impossibilita de gravar e cantar ao vivo, falou com a revista New Yorker e, durante a longa entrevista, revelou que poderia ter sido uma das vítimas de Charles Manson e sua "família". O criminoso, e seus atos, voltaram a ser lembrados recentemente por estarem no centro de "Era Uma Vez em Hollywood", o novo filme de Quentin Tarantino, e também por eles terem acontecido há 50 anos.

Ronstadt revelou que Gary Hinman - assassinado em algum ponto entre os dias 25 e 27 de julho de 1969 - era seu vizinho de porta e que, por sorte, ela não estava em casa naquele dia. "Eles poderiam ter vindo atrás de mim", relembra. Eu conhecia aquelas garotas, Linda Kasabian e talvez a Leslie Van Houten também", disse ela em referência a algumas das mulheres que cometeram crimes a mando de Manson. "Eu vivia em Topanga Canyon nessa época e elas sempre pediam carona e falavam sobre esse cara chamado Charlie que vivia no Rancho Spahn, mas eu não o conheci pessoalmente. A gente sabia aquela era uma cena ruim, mas quando descobrimos o quão ruim ela era, nós ficamos horrorizados."

O assassinato de Hinman foi o último feito pela "família" antes do crime pelo qual eles ficaram notórios: as mortes da atriz Sharon Tate e de outras quatro pessoas em 9 de agosto, e do casal Leno e Rosemary LaBianca no dia seguinte.