O cantor Serguei morreu na manhã de hoje (7) aos 85 anos. Um dos mais antigos roqueiros do país, o artista estava internado desde 29 de maio sofrendo pneumonia e uma infecção urinária. Ele também estava com mal de Alzheimer desde 2013.

Sérgio Augusto Bustamante era uma figura folclórica e engraçada, daquelas que costumava divertir bastante o público quando aparecia em programa de auditório ou entrevistas. Graças ao seu visual extravagante, o bom humor e as ótimas histórias, a mais famosa sendo a de que ele teria sido amigo, e tido um caso, com Janis Joplin, o cantor se tornou nacionalmente conhecido.

Mas Serguei também deixou uma obra que mesmo pequena tem momentos de grande interesse. O problema é que esse material saiu apenas em compactos e por selos pequenos, ou seja sempre foram muito raros, o que dificultou o acesso a essas músicas por um público mais amplo.

Os discos acabaram sendo descobertos pelos fãs de música psicodélica e de raridades da nossa música que reposicionaram o cantor como um nome importante do nosso rock. Esses compactos posteriormente foram compilados no álbum "Psicodélico 1966-1975", que mostram um artista antenado com o rock que era feito nos EUA e Reino Unido, mas que não se limitava a simplesmente copiar as bandas de fora.

Serguei também não se limitava ao rock mais ortodoxo. Ele gravou canções com influências de samba-rock à la Jorge Ben Jor, da música nordestina e até um EP chamado "Samba Salsa" com quatro músicas que fundem ritmos brasileiros e cubanos.

Conheça mais a música de Serguei, esse verdadeiro pioneiro do nosso rock: