O release divulgado pela NFL para a imprensa confirmando o Maroon 5 como a banda que fará o show do intervalo do Super Bowl deste ano está chamando a atenção por um pequeno detalhe. O comunicado, depois de anunciar a presença da banda de Adam Levine e as participações especiais de Travis Scott e Big Boi, cita uma longa relação de performers que se apresentaram no evento.

A lista relembra de Katy Perry ao The Who, de Justin Timberlake ao U2 e de Lady Gaga a Bruce Springsteen, mas, estranhamente ignora o nome de Beyoncé que fez uma apresentação comentadíssima em 2013, além de ter tirado boa parte da atenção que deveria ter sido do Coldplay com sua participação especial no show da banda britânica em 2016.

O fato é que a não citação da cantora pode ter sido uma forma da NFL dizer que ela, e também seu marido Jay Z, se tornaram personas non gratas pela entidade. No caso de Beyoncé por ela ter politizado a sua performance há três anos, algo que sempre causa divisão de opiniões, com referências aos Panteras Negras.

O rapper, por sua vez, recusou-se a participar do show do ano passado como convidado de Justin Timberlake por se solidarizar com o jogador Colin Kaepernick, banido da Liga por ter se ajoelhado durante a execução do Hino Nacional em protesto pela forma como a polícia dos EUA trata a população afro-americana do país.

A entidade também pode ter ficado incomodada com um verso provocador de "Apeshit", lançada no ano passado pelo casal, que lançou um disco em conjunto como The Carters, que diz "diga à NFL que nós estamos em estádios também".

Alheios a essa polêmica o Maroon 5 segue na expectativa para subir ao palco que será montado em Atlanta no dia 3 de fevereiro no Mercedes-Benz Stadium.