As listas de melhores discos do ano são uma tradição da imprensa musical e todos os grandes veículos reúnem a sua redação e colaboradores a cada 12 meses para chegarem a um veredito. Em 2018 não foi diferente e como sempre, o Vagalume se debruçou sobre as principais delas para, depois de uma análise, chegar a um veredito das grandes unanimidades críticas do ano.
Bom, a conclusão a que se chega é que esse não foi um período de grandes unanimidades, como se viu no ano passado, com "DAMN." de Kendrick Lamar e "Melodrama" de Lorde aparecendo sempre nos primeiros lugares. Em 2018 apenas "Golden Hour" de Kacey Musgraves (abaixo) apareceu em todas 16 enquetes, Ainda assim, a sua colocação variou. Se o site Stereogum o colocou como o número 1, na lista do NME ele surge na 65ª posição.
Os primeiros lugares também foram bem diversos. Basta dizer que foram 13 trabalhos diferentes em 15 listas (o Allmusic Guide é o único que não faz um ranking, divulgando apenas a lista em ordem alfabética): "Be The Cowboy" da nipo-americana Mitski - o favorito dos site norte-americanos Pitchfork e Consequence of Sound - e "A Brief Inquiry..." do The 1975 (que ganhou nos tradicionais NME e Spin).
O ano também se mostrou bem diversificado, com álbuns dos mais diversos gêneros sendo lembrados: há country, jazz, rock experimental, música eletrônica, pop, hip hop, R&B e mais entre os favoritos. A preferência também foi para artistas mais novos. A maioria deles despontou nessa década, ou na passada. A única exceção foi o trio Low surgido nos anos 90 e que surpreendeu agora com o experimental "Double Negative", e que desde 1994 vem lançando discos.
Foi assim que chegamos a um total de 21 álbuns que formam uma espécie de panorama de 2018. Para entrar nesse ranking o álbum precisou aparecer em pelo menos 10 relações ou ter sido escolhido em primeiro lugar. Os veículos pesquisados foram os seguintes: dos EUA - Rolling Stone, Billboard, Spin, Pitchfork, Consequence Of Sound, Paste, Stereogum, NPR, Slant, Popmatters e o Allmusic Guide e do Reino Unido as revistas Uncut, Mojo, Q, o diário The Guardian e o NME (que agora só existe digitalmente).
