Aqui está a segunda parte do especial com algumas das artistas femininas que fizeram a diferença para o mundo da música, e não só em muitos casos como veremos abaixo. Não deixe de conferir também a primeira parte onde lembramos de Janis Joplin, Aretha Franklin, Rita Lee e mais!
Madonna - 1958 -
É impossível imaginar o pop contemporâneo sem a existência de Madonna. Assim como Debbie Harry, a cantora também soube fazer uso de sua beleza e sensualidade de uma maneira inovadora e inteligente, e colocando em pauta uma série de discussões pertinentes - especialmente em sua fase mais polêmica entre o fim dos anos 80/início dos 90.
Chegando aos 60 anos, Madonna segue como uma figura fundamental dos nosso tempos, tanto pelo que já fez, como pelo que ainda fará - afinal quebrar barreiras e a constante reinvenção é a sua marca maior.
A música fundamental: "Like A Prayer" - Lançada em 1989, foi essa faixa que mostrou não só que a cantora estava em constante evolução, mas também amadurecendo, com uma canção forte e adulta, mas ainda assim inegavelmente pop. O clipe também fez história.
Kate Bush - 1958 -
Kate Bush pode não ser tão conhecida quanto deveria no Brasil, mas sua trajetória é das mais interessantes do pop/rock moderno. Descoberta aos 16 anos por David Gilmour do Pink Floyd que a levou para a EMI, ela desde o começo mostrou que não era uma artista comum.
Bush sempre teve o controle total e absoluto de suas gravações e e só faz o que quer e do seu jeito. Exemplos não faltam, mas relembremos a sua primeira turnê, acontecida em 1979.
A "Tour Of Life" ajudou a dar forma aos show de pop dos dias de hoje - com dança, efeitos especiais e, principalmente, o uso de um microfone preso à cabeça, uma criação de um membro de sua equipe que acabaria se tornando onipresente.
A turnê foi elogiadíssima, mas ela teve apenas 28 shows e foi isso. Apesar de parecer ter nascido para as performances ao vivo, Bush só voltaria aos palcos em 2014 e novamente em uma temporada curta. Dessa vez foram 22 apresentações na Inglaterra, todas obviamente esgotadas e bem sucedidas artisticamente.
Os discos de Bush não são exatamente de fácil audição, mas isso nunca impediu que eles vendessem muito bem especialmente na Europa. Extremamente influente, podemos dizer que sem ela a sonoridade de estrelas contemporâneas como Florence Welch, Bat For Lashes ou Marina and the Diamonds seria bem diferente.
A música definitiva: "Running Up That Hill (A Deal With God)" - A canção mais conhecida de "Hounds Of Love", talvez o seu melhor álbum, é cercada de mistério - na letra ela sugere fazer um pacto com Deus para que ela e seu parceiro mudem de sexo para assim atingirem um novo nível de conhecimento - e inovação com o uso de instrumentos eletrônicos de ponta.
Beyoncé - 1981 -
Talvez a maior pop star do mundo contemporâneo. Beyoncé é daquelas artistas que hoje em dia gozam de importância extramusical. A cantora se tornou não só uma mega-estrela, mas também uma figura de inegável poder de influência.
Beyoncé não tem medo de abordar assuntos controversos - da causa feminista à sempre problemática questão racial - e sabe que está em uma posição onde o que fala ou faz pode ajudar a mudar, nem que só um pouco, certas ordens estabelecidas.
Mais importante, seu lado ativista em anda atrapalha o artístico, vide "LEMONADE", seu mais recente álbum que além de ter vendido muito bem, foi uma das grandes unanimidades entre os críticos do ano passado
A música definitiva: "Crazy In Love (feat. Jay Z)" - Beyoncé sabia que precisava de uma música poderosa para mostrar que agora era uma artista solo de peso e não uma parte das Destiny's Child. Essa necessidade foi mais do que satisfeita com esse single, um dos mais poderosos deste século que também rendeu um clipe que ficará para a história.
Amy Winehouse - 1983 - 2011
Assim como Janis Joplin, a inglesa Winehouse, também era uma branca com voz negra e que trazia uma série de demônios internos que não conseguiram ser domados.
Assim como Janis ela também se foi muito cedo, aos 27 anos, e deixou uma obra ainda menor - foram apenas dois discos de estúdio. É claro que nem tudo são semelhanças, afinal se Janis tinha o blues, Amy trazia em si a paixão pelo jazz, pelos standards, a soul music e a música dos girl groups dos anos 60 e, também pelo hip hop e o R&B moderno.
Assim, ela criou uma música que soava moderna, mas tributária do passado que eram completadas por sua poesia que vinha com total entrega.
Amy viveu pouco, mas abriu o caminho para que mais cantoras com bagagem semelhante à sua chegassem ao mercado e se tornou uma figura icônica deste século, também influenciando a moda e o estilo do século 21.
A música definitiva - "Back To Black" - A mais bem humorada (em termos) "Rehab" também define muito bem Amy, mas essa balada doída que dá título ao seu segundo álbum vai mais fundo em sua psique e nas suas influências - aqui o soul-pop das Ronettes e outros grupos femininos que Phil Spector produziu nos anos 60 e as "torch songs".
Marisa Monte - 1967 -
Marisa surgiu na música brasileira no final dos anos 80, em uma época em que a MPB se encontrava em uma de suas fases mais complicadas. Logo ela conquistou o apoio da imprensa e chamou a atenção do público com o seu ecletismo (que não muito tempo depois começaria a ser usado de forma pejorativa, dada a quantidade de cantoras "ecléticas" que começaram a chegar ao mercado).
Depois de lançar um disco só com versões - que iam deTitãs e Tim Maia a Kurt Weill e Candeia - a artista achou um caminho onde o pop e a música brasileira tradicional se encontram de maneira harmoniosa.
Os álbuns de marisa agora trazem composições próprias, escritas em parceria com uma série de colaboradores, músicas feitas especialmente para ela e versões de canções quase sempre injustamente obscuras ou esquecidas.
Mais importante é o seu jeito de lidar com a sua carreira - ela tem o total controle sobre todos os seus aspectos e nunca faz nada que não tenha vontade - basta lembrar que ela recusou verdadeiras fortunas para excursionar com os Tribalistas no início da década passada porque desde o princípio essa não era a intenção deles.
A música definitiva - "Segue o Seco" - O maior hit de "Cor de Rosa e Carvão" - tido como o seu melhor disco - é um dos símbolos da década de 90, também por causa de seu clipe que foi exibido centenas e centenas de vezes na televisão. A composição é de Carlinhos Brown, mas não se pode negar que Marisa se apossou da música, graças à emoção que trouxe para a letra com a sua interpretação.
Madonna - 1958 -
É impossível imaginar o pop contemporâneo sem a existência de Madonna. Assim como Debbie Harry, a cantora também soube fazer uso de sua beleza e sensualidade de uma maneira inovadora e inteligente, e colocando em pauta uma série de discussões pertinentes - especialmente em sua fase mais polêmica entre o fim dos anos 80/início dos 90.
Chegando aos 60 anos, Madonna segue como uma figura fundamental dos nosso tempos, tanto pelo que já fez, como pelo que ainda fará - afinal quebrar barreiras e a constante reinvenção é a sua marca maior.
A música fundamental: "Like A Prayer" - Lançada em 1989, foi essa faixa que mostrou não só que a cantora estava em constante evolução, mas também amadurecendo, com uma canção forte e adulta, mas ainda assim inegavelmente pop. O clipe também fez história.
Kate Bush - 1958 -
Kate Bush pode não ser tão conhecida quanto deveria no Brasil, mas sua trajetória é das mais interessantes do pop/rock moderno. Descoberta aos 16 anos por David Gilmour do Pink Floyd que a levou para a EMI, ela desde o começo mostrou que não era uma artista comum.
Bush sempre teve o controle total e absoluto de suas gravações e e só faz o que quer e do seu jeito. Exemplos não faltam, mas relembremos a sua primeira turnê, acontecida em 1979.
A "Tour Of Life" ajudou a dar forma aos show de pop dos dias de hoje - com dança, efeitos especiais e, principalmente, o uso de um microfone preso à cabeça, uma criação de um membro de sua equipe que acabaria se tornando onipresente.
A turnê foi elogiadíssima, mas ela teve apenas 28 shows e foi isso. Apesar de parecer ter nascido para as performances ao vivo, Bush só voltaria aos palcos em 2014 e novamente em uma temporada curta. Dessa vez foram 22 apresentações na Inglaterra, todas obviamente esgotadas e bem sucedidas artisticamente.
Os discos de Bush não são exatamente de fácil audição, mas isso nunca impediu que eles vendessem muito bem especialmente na Europa. Extremamente influente, podemos dizer que sem ela a sonoridade de estrelas contemporâneas como Florence Welch, Bat For Lashes ou Marina and the Diamonds seria bem diferente.
A música definitiva: "Running Up That Hill (A Deal With God)" - A canção mais conhecida de "Hounds Of Love", talvez o seu melhor álbum, é cercada de mistério - na letra ela sugere fazer um pacto com Deus para que ela e seu parceiro mudem de sexo para assim atingirem um novo nível de conhecimento - e inovação com o uso de instrumentos eletrônicos de ponta.
Beyoncé - 1981 -
Talvez a maior pop star do mundo contemporâneo. Beyoncé é daquelas artistas que hoje em dia gozam de importância extramusical. A cantora se tornou não só uma mega-estrela, mas também uma figura de inegável poder de influência.
Beyoncé não tem medo de abordar assuntos controversos - da causa feminista à sempre problemática questão racial - e sabe que está em uma posição onde o que fala ou faz pode ajudar a mudar, nem que só um pouco, certas ordens estabelecidas.
Mais importante, seu lado ativista em anda atrapalha o artístico, vide "LEMONADE", seu mais recente álbum que além de ter vendido muito bem, foi uma das grandes unanimidades entre os críticos do ano passado
A música definitiva: "Crazy In Love (feat. Jay Z)" - Beyoncé sabia que precisava de uma música poderosa para mostrar que agora era uma artista solo de peso e não uma parte das Destiny's Child. Essa necessidade foi mais do que satisfeita com esse single, um dos mais poderosos deste século que também rendeu um clipe que ficará para a história.
Amy Winehouse - 1983 - 2011
Assim como Janis Joplin, a inglesa Winehouse, também era uma branca com voz negra e que trazia uma série de demônios internos que não conseguiram ser domados.
Assim como Janis ela também se foi muito cedo, aos 27 anos, e deixou uma obra ainda menor - foram apenas dois discos de estúdio. É claro que nem tudo são semelhanças, afinal se Janis tinha o blues, Amy trazia em si a paixão pelo jazz, pelos standards, a soul music e a música dos girl groups dos anos 60 e, também pelo hip hop e o R&B moderno.
Assim, ela criou uma música que soava moderna, mas tributária do passado que eram completadas por sua poesia que vinha com total entrega.
Amy viveu pouco, mas abriu o caminho para que mais cantoras com bagagem semelhante à sua chegassem ao mercado e se tornou uma figura icônica deste século, também influenciando a moda e o estilo do século 21.
A música definitiva - "Back To Black" - A mais bem humorada (em termos) "Rehab" também define muito bem Amy, mas essa balada doída que dá título ao seu segundo álbum vai mais fundo em sua psique e nas suas influências - aqui o soul-pop das Ronettes e outros grupos femininos que Phil Spector produziu nos anos 60 e as "torch songs".
Marisa Monte - 1967 -
Marisa surgiu na música brasileira no final dos anos 80, em uma época em que a MPB se encontrava em uma de suas fases mais complicadas. Logo ela conquistou o apoio da imprensa e chamou a atenção do público com o seu ecletismo (que não muito tempo depois começaria a ser usado de forma pejorativa, dada a quantidade de cantoras "ecléticas" que começaram a chegar ao mercado).
Depois de lançar um disco só com versões - que iam deTitãs e Tim Maia a Kurt Weill e Candeia - a artista achou um caminho onde o pop e a música brasileira tradicional se encontram de maneira harmoniosa.
Os álbuns de marisa agora trazem composições próprias, escritas em parceria com uma série de colaboradores, músicas feitas especialmente para ela e versões de canções quase sempre injustamente obscuras ou esquecidas.
Mais importante é o seu jeito de lidar com a sua carreira - ela tem o total controle sobre todos os seus aspectos e nunca faz nada que não tenha vontade - basta lembrar que ela recusou verdadeiras fortunas para excursionar com os Tribalistas no início da década passada porque desde o princípio essa não era a intenção deles.
A música definitiva - "Segue o Seco" - O maior hit de "Cor de Rosa e Carvão" - tido como o seu melhor disco - é um dos símbolos da década de 90, também por causa de seu clipe que foi exibido centenas e centenas de vezes na televisão. A composição é de Carlinhos Brown, mas não se pode negar que Marisa se apossou da música, graças à emoção que trouxe para a letra com a sua interpretação.