Capa e matéria principal da edição deste mês da edição brasileira da revista Rolling Stone, Pabllo Vittar falou sobre música, religião e sobre como vem contornando o preconceito enfrentado por ela.

A cantora relembrou um caso vivido por sua mãe, Verônica, durante um culto na igreja frequentada por ela no passado. "O pastor começou a pregar sobre pessoas 'doentes' e rezar pela 'cura' dos gays. Quando ele começou a falar isso, minha mãe saiu correndo na hora. Com esse tipo de gente que até hoje é racista, misógina, homofóbica, transfóbica, eu fico: 'Mano, para'. Fico muito triste. Deus fez os humanos para eles se odiarem desse jeito? Ele deve virar e pensar assim: 'Que vergonha'", lamentou a voz do hit "K.O.".

Na entrevista, Pabllo salientou que, atualmente, não se abala mais com o preconceito vindo de outras pessoas justamente por se orgulhar de si mesma. "Hoje eu tiro de letra, porque tenho muito orgulho do que eu sou. O pior é o ódio que dá quando eu não fiz nada para a pessoa, nada para ninguém me olhar torto, e elas apontam ou dão risada de mim. Cada vez mais eu perco a esperança em certas pessoas. Tem gente que já desacreditei, tipo: 'Você não vai mudar mais'", disse.

Assumindo-se uma pessoa religiosa, Pabllo contou à publicação que reza todos os dias ao acordar, dormir e antes de subir ao palco. "Eu oro antes de entrar no palco, antes de dormir, quando eu acordo. Acredito Nele [Deus], acho que Ele sempre vai estar comigo", comentou a artista.

Pabllo Vittar


Música

Pensando em reduzir a agenda de shows para dar mais foco à produção do novo álbum, a cantora comenta que tem ouvido diferentes artistas, entre elas SZA e Kali Uchis. Apesar do interesse em usar guitarras, a própria Pabllo deseja manter o trabalho que está sendo desenvolvido neste momento, "porque está gostoso demais", diz ela.

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