A exatos 35 anos, o mundo do rock ganhava um de seus álbuns mais icônicos e importantes: "Back in Black" do AC/DC.
O trabalho se tornou não só o maior sucesso da banda, como se tornou um dos dez discos mais vendidos de todos os tempos - os números oficiais falam em 26 milhões de cópias, mas estima-se que 40 milhões de pessoas possam tê-lo comprado.
Apesar desses números assombrosos, curiosamente "Back In Black" não chegou ao topo da parada americana.
O sexto lançamento internacional deles saiu depois de um período dificílimo para o grupo. O vocalista Bon Scott havia morrido em fevereiro de 1980, bem quando o grupo atingia seu pico de popularidade e os irmãos Young consideraram seriamente a ideia de encerrar a banda imediatamente. Tais pensamentos foram logo abandonados e eles foram atrás de Brian Johnson - que o próprio Scott lhes havia recomendado de forma assustadoramente profética.
Johnson se encaixou com certa facilidade na estrutura quase militar da banda - onde Malcolm Young era o general - e um bom letrista.
O inglês se mostrou plenamente capaz de escrever as histórias repletas de sacanagens e duplos sentidos que acompanhavam os riffs dos irmãos Young que haviam tornado o AC/DC uma banda bastante popular.
Se o público os abraçou com fervor, o mesmo não pode ser dito da crítica. Algo até compreensível, se lembrarmos que naquele momento eles estavam mais preocupados com os desdobramentos do pós-punk e em uma fase de renegar as bandas de hard rock e metal.
Ainda assim a falha seria retificada posteriormente e hoje em dia é difícil achar uma lista de grandes discos de todos os tempos que não tenha "Back In Black" marcando presença.
O disco acabou se tornando uma grande camisa de força para o AC/DC que nunca mais gravou um álbum tão bem sucedido artística e comercialmente - o que não significa obviamente que desde então eles só tenham lançado fracassos, longe disso.
O fato é que ainda hoje o trabalho forma a espinha dorsal dos shows da banda - na atual turnê eles estão tocando cinco das dez músicas do dele, contra apenas três de "Rock Or Bust" seu mais recente lançamento.
Relembre agora três canções deste verdadeiro clássico:
"Back In Black"
No mundo todo essa era a música que abria o lado B do disco. Quer dizer, no mundo todo menos no Brasil, onde, sabe-se lá a razão, o segundo lado foi trocado com o primeiro, o que fazia de "Back In Black" a faixa de abertura do disco - muitos fãs brasileiros da banda certamente só descobriram esse erro anos depois quando o álbum foi relançado em CD.
"Back In Black" é forte candidata a melhor música da banda e certamente é uma das maiores de todo o rock. Ela também é prova de que um riff simples formado por apenas três acordes pode fazer milagres se tocado com o arranjo instrumental e a potência certa
"You Shook Me All Night Long"
Essa faixa para cima e festeira foi outra que se tornou clássica. "You Shook Me...", outra uma canção de estrutura simples, contém um dos refrãos mais pop já criados pelos australianos - uma boa razão para explicar o seu sucesso também na parada de singles.
Ela chegou no 35° lugar - a segunda melhor posição conseguida pela banda no top 100 da Billboard, perdendo apenas para "Moneytalks" que em 1990 chegou ao 23° posto.
"Hells Bells"
Essa faixa de clima pesado e fúnebre foi a escolhida para abrir o álbum de forma contundente. A música é uma grande homenagem ao vocalista Bon Scott e também mostrou que Brian Johnson seria um substituto à altura do grande e emblemático escocês.
A letra também é uma das mais soturnas já gravadas pelo quinteto e sua temática satânica colocou o grupo na mira dos grupos religiosos conservadores. Tais acusações tendem a divertir a banda - Angus Young disse uma vez que não se lembrava da última missa negra que havia frequentado.
Ainda assim, ao menos uma vez o clima pesou para eles. Foi quando o assassino serial Richard Ramirez foi preso em 1985 com uma camiseta da banda e disse que a faixa "Night Prowler" de 1979 o motivou a cometer os crimes do qual era acusado.
O grupo de imediato rechaçou as acusações e disse que foi Ramirez quem deu uma conotação inexistente para a faixa - que segundo eles falava apenas sobre um cara que invadia o quarto de uma garota enquanto seus pais estavam dormindo.
O trabalho se tornou não só o maior sucesso da banda, como se tornou um dos dez discos mais vendidos de todos os tempos - os números oficiais falam em 26 milhões de cópias, mas estima-se que 40 milhões de pessoas possam tê-lo comprado.
Apesar desses números assombrosos, curiosamente "Back In Black" não chegou ao topo da parada americana.
O sexto lançamento internacional deles saiu depois de um período dificílimo para o grupo. O vocalista Bon Scott havia morrido em fevereiro de 1980, bem quando o grupo atingia seu pico de popularidade e os irmãos Young consideraram seriamente a ideia de encerrar a banda imediatamente. Tais pensamentos foram logo abandonados e eles foram atrás de Brian Johnson - que o próprio Scott lhes havia recomendado de forma assustadoramente profética.
Johnson se encaixou com certa facilidade na estrutura quase militar da banda - onde Malcolm Young era o general - e um bom letrista.
O inglês se mostrou plenamente capaz de escrever as histórias repletas de sacanagens e duplos sentidos que acompanhavam os riffs dos irmãos Young que haviam tornado o AC/DC uma banda bastante popular.
Se o público os abraçou com fervor, o mesmo não pode ser dito da crítica. Algo até compreensível, se lembrarmos que naquele momento eles estavam mais preocupados com os desdobramentos do pós-punk e em uma fase de renegar as bandas de hard rock e metal.
Ainda assim a falha seria retificada posteriormente e hoje em dia é difícil achar uma lista de grandes discos de todos os tempos que não tenha "Back In Black" marcando presença.
O disco acabou se tornando uma grande camisa de força para o AC/DC que nunca mais gravou um álbum tão bem sucedido artística e comercialmente - o que não significa obviamente que desde então eles só tenham lançado fracassos, longe disso.
O fato é que ainda hoje o trabalho forma a espinha dorsal dos shows da banda - na atual turnê eles estão tocando cinco das dez músicas do dele, contra apenas três de "Rock Or Bust" seu mais recente lançamento.
Relembre agora três canções deste verdadeiro clássico:
"Back In Black"
No mundo todo essa era a música que abria o lado B do disco. Quer dizer, no mundo todo menos no Brasil, onde, sabe-se lá a razão, o segundo lado foi trocado com o primeiro, o que fazia de "Back In Black" a faixa de abertura do disco - muitos fãs brasileiros da banda certamente só descobriram esse erro anos depois quando o álbum foi relançado em CD.
"Back In Black" é forte candidata a melhor música da banda e certamente é uma das maiores de todo o rock. Ela também é prova de que um riff simples formado por apenas três acordes pode fazer milagres se tocado com o arranjo instrumental e a potência certa
"You Shook Me All Night Long"
Essa faixa para cima e festeira foi outra que se tornou clássica. "You Shook Me...", outra uma canção de estrutura simples, contém um dos refrãos mais pop já criados pelos australianos - uma boa razão para explicar o seu sucesso também na parada de singles.
Ela chegou no 35° lugar - a segunda melhor posição conseguida pela banda no top 100 da Billboard, perdendo apenas para "Moneytalks" que em 1990 chegou ao 23° posto.
"Hells Bells"
Essa faixa de clima pesado e fúnebre foi a escolhida para abrir o álbum de forma contundente. A música é uma grande homenagem ao vocalista Bon Scott e também mostrou que Brian Johnson seria um substituto à altura do grande e emblemático escocês.
A letra também é uma das mais soturnas já gravadas pelo quinteto e sua temática satânica colocou o grupo na mira dos grupos religiosos conservadores. Tais acusações tendem a divertir a banda - Angus Young disse uma vez que não se lembrava da última missa negra que havia frequentado.
Ainda assim, ao menos uma vez o clima pesou para eles. Foi quando o assassino serial Richard Ramirez foi preso em 1985 com uma camiseta da banda e disse que a faixa "Night Prowler" de 1979 o motivou a cometer os crimes do qual era acusado.
O grupo de imediato rechaçou as acusações e disse que foi Ramirez quem deu uma conotação inexistente para a faixa - que segundo eles falava apenas sobre um cara que invadia o quarto de uma garota enquanto seus pais estavam dormindo.