Há exatos 30 anos boa parte do mundo parou para assistir a transmissão do Live Aid, os dois mega-concertos beneficentes que aconteceram no estádio de Wembley em Londres e no JFK Stadium na Filadélfia. Em cada cidade mais de 20 atrações se apresentaram em dois shows que tiveram grande simbologia e importância.
Além de ter arrecadado milhões de dólares para os famintos na Etiópia e outros países africanos, o festival também serviu para de uma certa forma unir a velha e a nova geração - ajudando a acabar um pouco com o racha que havia se visto no mundo do rock desde o advento do movimento punk.
Os shows foram transmitidos pela televisão para boa parte do planeta - no Brasil a Globo optou por não mostrar o evento ao vivo, e tivemos que nos contentar com dois compactos exibidos posteriormente - e assim ampliaram o alcance de nomes como Dire Straits e U2 - que ali deu seu grande passo rumo ao superestrelato.
Para a "velha guarda", o evento também foi ótimo, especialmente para o Queen que saiu de Wembley devidamente coroados e reerguidos comercialmente.
Bob Geldof, o organizador do Live Aid, chegou a pedir na época para que as emissoras apagassem suas fitas, para que os shows ficassem apenas na memória das pessoas. Obviamente não foi isso o que aconteceu, e anos depois, uma caixa com quatro DVDs com boa parte das performances pôde ser lançada com grande sucesso. Ainda assim, muitas apresentações ou músicas mostradas naquele dia 13 de julho de 1985 sobrevivem apenas em vídeos de baixa resolução postados no YouTube por pessoas que gravaram os shows em seus videocassetes.
O Live Aid marcou tanto que Phil Collins disse que o 13 de julho deveria ser dali por diante considerado "O Dia Mundial do Rock". Curiosamente só no Brasil seus apelos foram ouvidos, já que somos o único país do mundo que de fato celebra a data.
Veja abaixo cinco grandes momentos do Live Aid
Queen
Os 25 minutos da banda de Freddie Mercury no Live Aid londrino tornaram-se de fato históricos. o grupo tinha uma vantagem em relação a boa parte dos outros astros do concerto: a intimidade com estádios e grandes multidões. Dessa forma eles montaram um setlist com sucessos e canções recentes de grande impacto e intensidade - algumas em forma abreviada.
Não demorou muito para todos perceberem que eles estavam basicamente roubando o espetáculo e ainda hoje é difícil não se impressionar com o público acompanhando Mercury em "Radio Ga Ga" e "We Are The Champions"
U2
Não se pode dizer que o U2 era uma banda exatamente desconhecida em 1985. Eles já haviam emplacado dois discos no topo da parada britânica e chegado ao top 20 americano. Mas o impacto da performance deles no festival é difícil de ser mensurado. A banda entrou no palco de Wembley com a clara de missão de deixar a sua marca, e conseguiu.
No dia seguinte era bastante comum ver gente perguntando sobre aquela "banda da Irlanda" e eles certamente foram uma das grandes unanimidade de todo o evento, impressionando tanto os mais jovens como o público de mais idade, que pelo visto encontrou neles uma banda "nova" com a qual também podiam se identificar.
Curiosamente, eles deveriam ter tocado três canções, mas Bono resolveu fazer algo que era tradição nos shows da banda: descer do palco e dançar com uma garota da plateia, o que, obviamente causava um alongamento da música que estava sendo tocada. Dessa forma, "Bad" acabou com mais de dez minutos e o tempo deles se esgotou. Felizmente, as duas músicas que eles mostraram foi mais do que suficiente para que o show nunca mais fosse esquecido.
Led Zeppelin
O Live Aid também tornou alguns reencontros possíveis. O Black Sabbath se apresentou com sua formação original pela primeira vez em sete anos, Paul McCartney voltou ao palco depois de uma longa ausência e Neil Young também se apresentou ao lado de seus antigos companheiros do Crosby Stills and Nash.
Mas obviamente nada chegou perto da reunião do Led Zeppelin pela primeira vez desde o final da banda em 1980. Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones tocaram três clássicos da banda. O lugar do falecido baterista John Bonham foi ocupado por Phil Collins e Tony Thompson (do Chic) e o baixista Paul Martinez também estava com eles no palco.
Apesar da performance ser no mínimo digna, os integrantes da banda não ficaram satisfeitos com ela e proibiram a sua inclusão no DVD do festival.
Phil Collins
Outro nome que sempre estará ligado ao Live Aid é Phil Collins. Não só por suas performances ou por ter participado de outros shows do festival, mas por ele ter conseguido a proeza de ter conseguido tocar tanto em Londres quanto na Filadélfia - graças a uma ajuda do fuso horário e do avião Concorde. A sua viagem se tornou uma parte importante da transmissão televisiva dos shows - em vários momentos um apresentador dizia durante a transmissão quanto tempo faltava para o músico chegar nos Estados Unidos.
The Cars
A performance dos americanos do The Cars nos EUA pode não ter ficado tão marcada. Ainda assim a banda também para sempre terá seu nome associado ao Live Aid. Isso porque foi a balada "Drive" usada para acompanhar o marcante, e sempre triste, vídeo com imagens das crianças famintas que foi mostrado durante a transmissão dos concertos.
Além de ter arrecadado milhões de dólares para os famintos na Etiópia e outros países africanos, o festival também serviu para de uma certa forma unir a velha e a nova geração - ajudando a acabar um pouco com o racha que havia se visto no mundo do rock desde o advento do movimento punk.
Os shows foram transmitidos pela televisão para boa parte do planeta - no Brasil a Globo optou por não mostrar o evento ao vivo, e tivemos que nos contentar com dois compactos exibidos posteriormente - e assim ampliaram o alcance de nomes como Dire Straits e U2 - que ali deu seu grande passo rumo ao superestrelato.
Para a "velha guarda", o evento também foi ótimo, especialmente para o Queen que saiu de Wembley devidamente coroados e reerguidos comercialmente.
Bob Geldof, o organizador do Live Aid, chegou a pedir na época para que as emissoras apagassem suas fitas, para que os shows ficassem apenas na memória das pessoas. Obviamente não foi isso o que aconteceu, e anos depois, uma caixa com quatro DVDs com boa parte das performances pôde ser lançada com grande sucesso. Ainda assim, muitas apresentações ou músicas mostradas naquele dia 13 de julho de 1985 sobrevivem apenas em vídeos de baixa resolução postados no YouTube por pessoas que gravaram os shows em seus videocassetes.
O Live Aid marcou tanto que Phil Collins disse que o 13 de julho deveria ser dali por diante considerado "O Dia Mundial do Rock". Curiosamente só no Brasil seus apelos foram ouvidos, já que somos o único país do mundo que de fato celebra a data.
Veja abaixo cinco grandes momentos do Live Aid
Queen
Os 25 minutos da banda de Freddie Mercury no Live Aid londrino tornaram-se de fato históricos. o grupo tinha uma vantagem em relação a boa parte dos outros astros do concerto: a intimidade com estádios e grandes multidões. Dessa forma eles montaram um setlist com sucessos e canções recentes de grande impacto e intensidade - algumas em forma abreviada.
Não demorou muito para todos perceberem que eles estavam basicamente roubando o espetáculo e ainda hoje é difícil não se impressionar com o público acompanhando Mercury em "Radio Ga Ga" e "We Are The Champions"
U2
Não se pode dizer que o U2 era uma banda exatamente desconhecida em 1985. Eles já haviam emplacado dois discos no topo da parada britânica e chegado ao top 20 americano. Mas o impacto da performance deles no festival é difícil de ser mensurado. A banda entrou no palco de Wembley com a clara de missão de deixar a sua marca, e conseguiu.
No dia seguinte era bastante comum ver gente perguntando sobre aquela "banda da Irlanda" e eles certamente foram uma das grandes unanimidade de todo o evento, impressionando tanto os mais jovens como o público de mais idade, que pelo visto encontrou neles uma banda "nova" com a qual também podiam se identificar.
Curiosamente, eles deveriam ter tocado três canções, mas Bono resolveu fazer algo que era tradição nos shows da banda: descer do palco e dançar com uma garota da plateia, o que, obviamente causava um alongamento da música que estava sendo tocada. Dessa forma, "Bad" acabou com mais de dez minutos e o tempo deles se esgotou. Felizmente, as duas músicas que eles mostraram foi mais do que suficiente para que o show nunca mais fosse esquecido.
Led Zeppelin
O Live Aid também tornou alguns reencontros possíveis. O Black Sabbath se apresentou com sua formação original pela primeira vez em sete anos, Paul McCartney voltou ao palco depois de uma longa ausência e Neil Young também se apresentou ao lado de seus antigos companheiros do Crosby Stills and Nash.
Mas obviamente nada chegou perto da reunião do Led Zeppelin pela primeira vez desde o final da banda em 1980. Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones tocaram três clássicos da banda. O lugar do falecido baterista John Bonham foi ocupado por Phil Collins e Tony Thompson (do Chic) e o baixista Paul Martinez também estava com eles no palco.
Apesar da performance ser no mínimo digna, os integrantes da banda não ficaram satisfeitos com ela e proibiram a sua inclusão no DVD do festival.
Phil Collins
Outro nome que sempre estará ligado ao Live Aid é Phil Collins. Não só por suas performances ou por ter participado de outros shows do festival, mas por ele ter conseguido a proeza de ter conseguido tocar tanto em Londres quanto na Filadélfia - graças a uma ajuda do fuso horário e do avião Concorde. A sua viagem se tornou uma parte importante da transmissão televisiva dos shows - em vários momentos um apresentador dizia durante a transmissão quanto tempo faltava para o músico chegar nos Estados Unidos.
The Cars
A performance dos americanos do The Cars nos EUA pode não ter ficado tão marcada. Ainda assim a banda também para sempre terá seu nome associado ao Live Aid. Isso porque foi a balada "Drive" usada para acompanhar o marcante, e sempre triste, vídeo com imagens das crianças famintas que foi mostrado durante a transmissão dos concertos.