Queen - Queen Forever
Lançar uma coletânea quando você já tem várias no mercado é sempre complicado. Ainda mais no caso do Queen que além de já ter várias lançadas ainda conta me seu catálogo com um dos melhores "Greatest Hits" de todos os tempos - a primeira compilação deles de 1981.
A solução encontrada aqui foi então a de desenterrar algumas gravações inéditas que estavam nos arquivos e dar nova vida a elas. Das três músicas que estão aqui, a maior curiosidade fica para o muito falado encontro entre Freddie Mercury (morto em 1991) e Michael Jackson (1958-2009).
![Michael Jackson](https://www.vagalume.com.br/michael-jackson/images/106533.jpg)
Ou seja, ouvir aquelas vozes que parecem saídas de uma fita cassete pra lá de empoeirada, com um instrumental gravado em 2014, acaba soando estranho. O que não diminui a importância do registro que há muito os fãs pediam para que fosse lançado oficialmente.
Estranho também foi ver que uma segunda faixa gravada pelos dois, e que o guitarrista Brian May havia prometido que iria estar no disco, acabou ficando de fora sem maiores explicações.
As outras duas faixas inéditas já eram mais ou menos conhecidas pelos fãs. "Love Kills" já havia sido lançada em uma versão dançante por Mercury em 1984, mas é inegável que ela funciona melhor como a balada ouvida aqui. Já "Let Me In (Your Heart Again)", outra faixa lenta, foi composta por Brian May e, assim como "Love Kills" ficou de fora do álbum "The Works" de 1984 e foi retrabalhada agora.
![Queen](https://www.vagalume.com.br/queen/images/105553.jpg)
Desse jeito fica difícil saber a quem esse disco se destina. Por um lado o ouvinte casual tem à disposição compilações mais completas baseadas apenas nos grandes hits enquanto o fã mais fiel certamente já tem em casa toda a discografia da banda.
Olhando por esse lado, talvez "Queen Forever" acabe servindo para quem não está em nenhum desses polos. Ou seja, se você é daquelas pessoas que tem os dois "Greatest Hits" da banda e mais um ou dois discos de carreira na coleção, esse álbum cobrirá mais algumas lacunas sem que se precise ir atrás de outros trabalhos deles.
Ouça "Love Kills" uma das faixas inéditas presente em "Queen Forever"
The Who - The Who Hits 50!
![The Who](https://www.vagalume.com.br/the-who/images/106531.jpg)
Ao mesmo tempo, o grupo de Pete Townshend lançou muitas músicas apenas em singles e eles também contam com alguns discos irregulares, o que torna as coletâneas do grupo sempre atrativas para os mais diversos tipos de fãs.
![The Who](https://www.vagalume.com.br/the-who/images/93474.jpg)
Estão aqui tanto os singles luminosos lançados nos anos 60 - "My Generation", "Substitute", "Pictures of Lily", entre outros, quanto amostras dos trabalhos mais complexos como "Tommy", "Who's Next" e "Quadrofenia" . A compilação também dá uma geral nas faixas mais interessantes de discos menos celebrados.
Para completar, o pacote também traz faixas mais raras - como a cover deles para "(This Could Be) The Last Time" dos Rolling Stones ou "Zoot Suit", o primeiro compacto do quarteto quando eles ainda eram os "The High Numbers".
"The Who Hits 50!" faz um resumo de uma das maiores e melhores bandas que o mundo já viu e de quebra ainda traz uma música inédita, a simpática "Be Lucky" com suas citações ao Daft Punk e AC/DC. É ouvir e torcer para que finalmente a metade do grupo que sobreviveu- o vocalista Roger Daltrey e o guitarrista e compositor Pete Townshend - traga a turnê comemorativa pelos 50 anos para o Brasil.
Ouça "Substitute" lançada em 1965 e uma das faixas que estão em "The Who Hits 50!"
David Bowie - Nothing Has Changed
![David Bowie](https://www.vagalume.com.br/david-bowie/images/106534.jpg)
Sendo assim, a edição de luxo do álbum em três CDs é a melhor maneira de apreciá-la. O grande lance de "Nothing Has Changed" está em jogar luz sobre os períodos menos celebrados do cantor e compositor. É fato que foi na década de 70 em que ele realmente brilhou - e não é exagero recomendar tudo gravado por ele entre 1971 e 1980.
![David Bowie](https://www.vagalume.com.br/david-bowie/images/89764.jpg)
A coletânea também mostra que o Bowie que retornou ao mundo da música depois de um afastamento de quase dez anos, segue revigorado, vide a faixa inédita "Sue (Or In a Season Of Crime)" com sua sonoridade jazzística.
A maneira que "Nothing Has Changed" foi montada também é interessantes, já que ela começa nas faixas mais recentes e termina nos primórdios da carreira do músico. Para quem quiser saber exatamente por que David Bowie é uma das dez figuras mais importantes da história do pop, esse disco - especialmente as faixas que estão no final do segundo CD e no começo do terceiro - é fundamental.
Ouça "Starman" (1972) com David Bowie presente na coletânea "Nothing Has Changed"
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