A morte de Jack Bruce no último sábado (25) foi lamentada por Eric Clapton e Ginger Baker, seus ex-colegas no Cream. Além deles, Ringo Starr, Slash, entre vários outros nomes, também publicaram mensagens de pesar pela perda do baixista, cantor e compositor.
"Ele foi um grande cantor e compositor e uma grande inspiração para mim", escreveu Clapton no Facebook. O baterista Ginger Baker mandou uma mensagem também através da rede social.
"Estou muito triste por saber da morte de um homem muito bom... Jack Bruce. Meu sentimentos e pesares estão com sua família nesse momento difícil", escreveu o músico.
Ringo Starr usou o Twitter para falar de seu amigo. "Perdemos Jack Bruce hoje. Um incrível músico, compositor e bom amigo. Paz e amor para toda a sua família", escreveu o ex-Beatle que pôde contar com Bruce em sua banda entre os anos de 1997 e 2000.
Também no Twitter, Slash disse que o músico foi "um ícone de sua geração, da minha geração e das gerações que estão por vir."
Jack Bruce entrou para a história como baixista, compositor e vocalista do Cream. Apesar de ter durado pouco mais de dois anos - entre 1966 e 1968 - e lançado apenas quatro álbuns o trio deixou sua marca como poucos no mundo do rock.
Mas foi graças a discos como "Disraeli Gears" (1967) e, principalmente, seus shows que eles fizeram história. Ao vivo, o trio foi pioneiro na arte de tocar muito alto - sendo inspiração direta para todo o hard rock que surgiria a partir do final dos anos 60.
Em suas apresentações eles também deixavam todas a amarras de lado e estendiam as músicas por vários e vários minutos, com direito a muitos improvisos e solos. A mistura de rock, pop, psicodelia, jazz e blues feita por eles, ainda hoje impressiona.
Curiosamente, foi essa faceta do trio que causou seu fim precoce. Aos poucos as apresentações do Cream acabaram se tornando uma verdadeira batalha, com cada um dos membros querendo mostrar mais do que o outro. Não deixa de ser sintomático que logo depois do fim do grupo, Eric Clapton preferiu tocar uma música mais relaxada, onde a exibição virtuosística foi deixada de lado.
O Cream se reuniu apenas em duas ocasiões: em 1993, para celebrar sua entrada no Rock And Roll Hall Of Fame e em 2005, para shows em Londres e Nova York. Já Bruce e Baker se uniram ao guitarrista Gary Moore em 1993 no trio BBM que lançou apenas um álbum e acabou depois de pouco mais de um ano de formação.
Enquanto o guitarrista se tornava uma das maiores estrelas dos anos 70, Jack Bruce acabou por se tornar um nome cult, ainda que tenha lançado álbuns elogiados como "Songs for a Tailor" (1969) e o instrumental "Things We Like" (1970, mas gravado dois anos antes), considerado um dos primeiros álbuns a fundir jazz e rock da história.
Jack Bruce tinha 71 anos e morreu vítima de câncer no fígado. Ele se apresentou uma única vez no Brasil. Foi em outubro de 2012, quando fez shows em São Paulo e Porto Alegre.
Ouça "Sunshine Of Your Love" gravada no show de despedida do Cream em novembro de 1968:
"Ele foi um grande cantor e compositor e uma grande inspiração para mim", escreveu Clapton no Facebook. O baterista Ginger Baker mandou uma mensagem também através da rede social.
"Estou muito triste por saber da morte de um homem muito bom... Jack Bruce. Meu sentimentos e pesares estão com sua família nesse momento difícil", escreveu o músico.
Ringo Starr usou o Twitter para falar de seu amigo. "Perdemos Jack Bruce hoje. Um incrível músico, compositor e bom amigo. Paz e amor para toda a sua família", escreveu o ex-Beatle que pôde contar com Bruce em sua banda entre os anos de 1997 e 2000.
Também no Twitter, Slash disse que o músico foi "um ícone de sua geração, da minha geração e das gerações que estão por vir."
Jack Bruce entrou para a história como baixista, compositor e vocalista do Cream. Apesar de ter durado pouco mais de dois anos - entre 1966 e 1968 - e lançado apenas quatro álbuns o trio deixou sua marca como poucos no mundo do rock.
O Cream com Jack Bruce, Ginger Baker e Eric Clapton
O Cream revolucionou a música de seu tempo, de várias formas. os singles da banda - como "I Feel Free", "Sunshine Of Your Love" ou "Strange Brew" estão entre os melhores e mais duradouros dos anos 60.Mas foi graças a discos como "Disraeli Gears" (1967) e, principalmente, seus shows que eles fizeram história. Ao vivo, o trio foi pioneiro na arte de tocar muito alto - sendo inspiração direta para todo o hard rock que surgiria a partir do final dos anos 60.
Em suas apresentações eles também deixavam todas a amarras de lado e estendiam as músicas por vários e vários minutos, com direito a muitos improvisos e solos. A mistura de rock, pop, psicodelia, jazz e blues feita por eles, ainda hoje impressiona.
Curiosamente, foi essa faceta do trio que causou seu fim precoce. Aos poucos as apresentações do Cream acabaram se tornando uma verdadeira batalha, com cada um dos membros querendo mostrar mais do que o outro. Não deixa de ser sintomático que logo depois do fim do grupo, Eric Clapton preferiu tocar uma música mais relaxada, onde a exibição virtuosística foi deixada de lado.
O Cream se reuniu apenas em duas ocasiões: em 1993, para celebrar sua entrada no Rock And Roll Hall Of Fame e em 2005, para shows em Londres e Nova York. Já Bruce e Baker se uniram ao guitarrista Gary Moore em 1993 no trio BBM que lançou apenas um álbum e acabou depois de pouco mais de um ano de formação.
Enquanto o guitarrista se tornava uma das maiores estrelas dos anos 70, Jack Bruce acabou por se tornar um nome cult, ainda que tenha lançado álbuns elogiados como "Songs for a Tailor" (1969) e o instrumental "Things We Like" (1970, mas gravado dois anos antes), considerado um dos primeiros álbuns a fundir jazz e rock da história.
Jack Bruce tinha 71 anos e morreu vítima de câncer no fígado. Ele se apresentou uma única vez no Brasil. Foi em outubro de 2012, quando fez shows em São Paulo e Porto Alegre.
Ouça "Sunshine Of Your Love" gravada no show de despedida do Cream em novembro de 1968: