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Trey Songz - Trigga
Já não é de hoje que Trey Songz é um dos nomes mais importantes do moderno R&B norte-americano. Apesar de relativamente jovem - ele completa 30 anos em novembro - ele já tem uma discografia longa e sólida, e "Trigga", o sexto disco de estúdio, mostra-se uma boa adição a a essa obra já volumosa.

O disco traz o que mais se espera nesse tipo de trabalho: boa produção, um equilíbrio entre faixas mais balançadas e outras mais lentas ou de apelo mais pop e um cantor com pleno domínio sobre sua voz.

Nos Estados Unidos, Trey goza de uma boa popularidade. É spio ver que esse álbum está no primeiro lugar da parada americana desta semana - a segunda vez consecutiva que ele consegue tal feito. Por outro lado, esse sucesso conseguido em sua terra natal não se reflete em outros mercados, mesmo que ele não seja um daqueles artistas "que só os americanos entendem".

A expectativa então nesse momento é para ver se ele finalmente consegue quebrar essa barreira. Ao menos "Trigga" se mostra um bom veículo para isso. O álbum conta com uma série de participações especiais de peso - Nicki Minaj e Justin Bieber entre eles - e também foi bem recebido pela crítica. Ou seja, é um disco imperdível para quem gosta de R&B e black music em geral.

Ouça "Foreign" com Trey Songz presente no álbum "Trigga"

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Manic Street Preachers - Futurology
É quase inacreditável ver que de todas as bandas britânicas que despontaram nos anos 90, os Manic Street Preachers, são dos únicos que conseguiram manter a carreira da melhor forma possível. Ou seja, sem brigas entre os integrantes e lançando periodicamente discos que são bem recebidos por público e crítica - todos eles pela mesma, e grande gravadora.

Mas foi exatamente isso o que aconteceu. "Futurology" já é o décimo-segundo álbum dos galeses e mostra que eles ainda têm muito a oferecer.

Para quem não os conhece vale um rápido resumo de sua história. Os Manics chamaram a atenção da imprensa inglesa no começo dos anos 90, menos pela música e mais pela língua ferina de Richey Edwards e Nicky Wire - que na época eram os "porta-vozes" do grupo. Na época, entre outras coisas, eles falavam que tinham como grande ambição lançar apenas um disco duplo, que venderia mais de 15 milhões de cópias e se tornaria um clássico indiscutível do rock. Assim que essa meta fosse conquistada a banda iria se separar.

Obviamente não foi isso o que aconteceu. E mesmo lançando discos com forte influência do hard rock e do rock de arena, a banda nunca conseguiu atingir o público americano, e mesmo na Inglaterra e Europa nunca conseguiram ir muito longe nas paradas. Mais triste ainda foi o fato de Edwards ter literalmente desaparecido em 1995 - ele muito provavelmente se suicidou, mas o corpo jamais foi encontrado.

Os três membros remanescentes decidiram seguir adiante e começava aí a segunda fase do grupo, com um som não tanto opressivo, mais palatável, mas ainda contundente. A banda então se tornou imensamente popular no Reino Unido e conquistou de vez o respeito da crítica.

Voltemos então a "Futurology", um disco mais roqueiro do que o eminentemente acústico "Rewind The Film" do ano passado. O álbum traz a banda em ótima forma desfilando suas letras intelectualizadas e repletas de slogans. A música segue épica e expansiva, e volta a trazer a influência do pós punk - os primeiros álbuns do Simple Minds são uma influência confessa.

Muito elogiado pela crítica, o álbum mais uma vez deverá colocá-los em boa parte das listas de melhores do ano e tem tudo para agradar os fãs de longa data. Se você ainda não os conhece, vale a pena ouvir. Caso gostem, não deixem de conhecer outros álbuns deles como o pesado (em todos os sentidos) "The Holy Bible" (1994) ou "Everything Must Go" (1996), este mais pop e esperançoso.

Esse vídeo traz amostras de todas as faixas de "Futurology" dos Manic Street Preachers

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Crosby Stills Nash And Young - CSNY 1974
No início dos anos 70 a popularidade de Crosby Stills Nash And Young era tão grande que até de "os Beatles da América" eles foram chamados. O grande problema, e ao mesmo tempo diferencial, deles era que mais do que uma banda no sentido convencional do termo, eles sempre eram vistos como quatro artistas solo que de tempos em tempos se reuniam.

Essa turnê de 1974 sempre trouxe sentimentos ambíguos para o quarteto. Stephen Stills chegou a dizer que o dinheiro foi a única motivação por traz desta turnê que, de fato, arrecadou milhões.

Neil Young também já disse que não se sentiu bem tocando ao ar livre para uma multidão com um equipamento que ainda não era o ideal para esse tipo de empreitada - lembrando que essa aqui foi provavelmente a primeira grande turnê a acontecer exclusivamente em estádios.

Enfim, 40 anos depois finalmente é possível ouvir, com som cristalino, como foram aqueles shows, graças a esse lançamento há muito aguardado. E o veredito a se tirar é um só: a se julgar
pelo que se ouve aqui, os shows foram excelentes e se eles "só estavam nessa pela grana", souberam disfarçar muito bem.

"CSNY 1974" compila os melhores momentos das dez apresentações da turnê que foram gravadas profissionalmente. Todo o trabalho foi feito com a colaboração de Graham Nash, que passou cinco anos envolvido no projeto. A versão para se correr atrás é a de luxo que tem três CDs e mais um DVD no formato físico ou 40 faixas em um livreto nos formatos digitais . Nessa configuração é possível se ter realmente uma ideia de como foram essas verdadeiras maratonas musicais- a cada noite mais de 30 músicas eram tocadas.

Estão aqui hits de todas as configurações do quarteto - lembrando que Neil Young não era um dos membros originais - e também de seus álbuns solo. Para completar temos também algumas canções que jamais haviam sido lançadas em disco. "CSNY 1974" é então fundamental para fãs de rock clássico, e por quem tem interesse em conhecer melhor a história da música pop.

Vejam o trailer de "CSNY 1974" apresentado pelo próprio Graham Nash