Para um carnaval radical - Suicide - Suicide - 1977
O som do Suicide é tão estranho que só vai estar em sintonia com os tempos atuais no dia do apocalipse.
A dupla surgiu no início dos anos 70 pelo cantor Alan Vega (com sua voz de Elvis Presley depois de passar uma temporada no inferno) e pelo tecladista Martin Rev pilotando um órgão Farfisa modificado e extremamente barulhento.
Com essa fórmula eles anteciparam os duos de tecnopop dos anos 80, foram pioneiros da música eletrônica e influenciaram muita gente.
O Suicide era tão inclassificável que nem os punks conseguiam entender qual era a deles. Não a toa os shows da dupla vira e mexe terminavam em pancadaria (o CD bônus do disco de estreia traz uma apresentação na íntegra no estilo documento verdade).
Se sua ideia é ter um carnaval bastante radical, vá direto para "Frankie Teardrop", o épico que traz a saga de Frankie, um homem que não tem dinheiro para comprar comida, acaba despejado de seu apartamento e termina se matando com um tiro na cabeça.
Para um carnaval barulhento - Einstuerzende Neubauten - Halber Mensch - 1984
Para que fazer rock só com baixo, guitarra e bateria se é possível usar britadeiras, martelos e um carrinho de supermercado? Era assim que pensavam os alemães do Neubauten, que começaram fazendo a música mais barulhenta do planeta. Se é que podemos chamar exatamente de música os primeiros experimentos do grupo.
Aqui também temos uma banda responsável por shows que terminavam caoticamente (não foram poucas vezes onde eles quase incendiaram as casas onde se apresentavam) e pouco preocupada em agradar as massas.
Em "Halber Mensch" eles se tornaram um pouco mais audíveis, quase dançantes. Ainda assim ele é barulhento o suficiente para assustar qualquer folião que porventura venha a cruzar o seu caminho.
Para um carnaval pesado - Reign in Blood - Slayer - 1986
Falar o que de um disco que já abre com "Auschwitz, o significado da dor/O jeito que eu quero que você morra". Versos como esses levaram a banda a ser acusada de nazista (em defesa eles disseram estar apenas fazendo uma observação e que nenhum diretor é acusado de ser nazista ao fazer um filme sobre o holocausto).
O Slayer chamou a atenção do produtor Rick Rubin, que os contratou para seu selo Def Jam especializado em hip-hop. Rubin via no metal da banda o mesmo radicalismo presente no discurso dos rappers.
A primeira colaboração entre os dois resultou num clássico da barulheira que não dura nem 30 minutos (35 na versão com faixas bônus) e influenciou praticamente toda a música pesada que surgiu nos anos seguintes.
Para um carnaval maníaco-depressivo - Desertshore - Nico - 1970
Mais uma artista da Alemanha para "alegrar" a nossa vida. Nico causou furor com sua beleza gélida nos anos 60. Antes de virar cantora, ela foi modelo e deixou Bob Dylan e Alain Delon (o pai de seu filho) embasbacados. Em 1966 ela entrou para o Velvet Underground com quem gravou o famoso "disco da banana".
A cantora logo deixou a banda (ou foi obrigada a sair, melhor dizendo) e saiu em carreira solo. Depois de lançar um disco solo mais convencional em 1968 ela achou seu som nos trabalhos seguintes.
Esse som era asicamente a voz bem grave da cantora, pairando por um instrumental esparso onde o harmônio tocado por ela se torna o principal elemento. O resultado? Uma série de álbuns, que entram em qualquer lista de "discos mais depressivos" já criados. Nico morreu em 1988 aos 49 anos, depois de sofrer uma hemorragia cerebral ao levar um tombo de bicicleta. "Desertshore" é especialmente indicado para quem quer que o carnaval inteiro tenha cara de quarta-feira de cinzas.
Para um carnaval animado - The B-52's - 1979
Ok, você não tem muita paciência para desfiles, bailes e marchinhas, mas isso não significa que você quer cortar os pulsos, explodir o mundo ou simplesmente torrar o saco dos seus amigos foliões com horas e horas de música radical.
Para o seu caso, uma boa dica de um disco com clima festeiro, e feito com o intuito maior de divertir o ouvinte, é esse álbum de estreia dos B-52's - um dos melhores a surgir durante a New Wave. Aqui eles cantam sem a menor cerimônia sobre lagostas, alienígenas e... uma lua no céu... que se chama lua.
Muitas décadas depois de seu lançamento, este continua sendo um dos melhores discos de festa já criados.
Os Hot Spots do Vagalume também trarão uma série de playlists para quem quer fugir do carnaval. Fique ligado!
O som do Suicide é tão estranho que só vai estar em sintonia com os tempos atuais no dia do apocalipse.
A dupla surgiu no início dos anos 70 pelo cantor Alan Vega (com sua voz de Elvis Presley depois de passar uma temporada no inferno) e pelo tecladista Martin Rev pilotando um órgão Farfisa modificado e extremamente barulhento.
Com essa fórmula eles anteciparam os duos de tecnopop dos anos 80, foram pioneiros da música eletrônica e influenciaram muita gente.
O Suicide era tão inclassificável que nem os punks conseguiam entender qual era a deles. Não a toa os shows da dupla vira e mexe terminavam em pancadaria (o CD bônus do disco de estreia traz uma apresentação na íntegra no estilo documento verdade).
Se sua ideia é ter um carnaval bastante radical, vá direto para "Frankie Teardrop", o épico que traz a saga de Frankie, um homem que não tem dinheiro para comprar comida, acaba despejado de seu apartamento e termina se matando com um tiro na cabeça.
Para um carnaval barulhento - Einstuerzende Neubauten - Halber Mensch - 1984
Para que fazer rock só com baixo, guitarra e bateria se é possível usar britadeiras, martelos e um carrinho de supermercado? Era assim que pensavam os alemães do Neubauten, que começaram fazendo a música mais barulhenta do planeta. Se é que podemos chamar exatamente de música os primeiros experimentos do grupo.
Aqui também temos uma banda responsável por shows que terminavam caoticamente (não foram poucas vezes onde eles quase incendiaram as casas onde se apresentavam) e pouco preocupada em agradar as massas.
Em "Halber Mensch" eles se tornaram um pouco mais audíveis, quase dançantes. Ainda assim ele é barulhento o suficiente para assustar qualquer folião que porventura venha a cruzar o seu caminho.
Para um carnaval pesado - Reign in Blood - Slayer - 1986
Falar o que de um disco que já abre com "Auschwitz, o significado da dor/O jeito que eu quero que você morra". Versos como esses levaram a banda a ser acusada de nazista (em defesa eles disseram estar apenas fazendo uma observação e que nenhum diretor é acusado de ser nazista ao fazer um filme sobre o holocausto).
O Slayer chamou a atenção do produtor Rick Rubin, que os contratou para seu selo Def Jam especializado em hip-hop. Rubin via no metal da banda o mesmo radicalismo presente no discurso dos rappers.
A primeira colaboração entre os dois resultou num clássico da barulheira que não dura nem 30 minutos (35 na versão com faixas bônus) e influenciou praticamente toda a música pesada que surgiu nos anos seguintes.
Para um carnaval maníaco-depressivo - Desertshore - Nico - 1970
Mais uma artista da Alemanha para "alegrar" a nossa vida. Nico causou furor com sua beleza gélida nos anos 60. Antes de virar cantora, ela foi modelo e deixou Bob Dylan e Alain Delon (o pai de seu filho) embasbacados. Em 1966 ela entrou para o Velvet Underground com quem gravou o famoso "disco da banana".
A cantora logo deixou a banda (ou foi obrigada a sair, melhor dizendo) e saiu em carreira solo. Depois de lançar um disco solo mais convencional em 1968 ela achou seu som nos trabalhos seguintes.
Esse som era asicamente a voz bem grave da cantora, pairando por um instrumental esparso onde o harmônio tocado por ela se torna o principal elemento. O resultado? Uma série de álbuns, que entram em qualquer lista de "discos mais depressivos" já criados. Nico morreu em 1988 aos 49 anos, depois de sofrer uma hemorragia cerebral ao levar um tombo de bicicleta. "Desertshore" é especialmente indicado para quem quer que o carnaval inteiro tenha cara de quarta-feira de cinzas.
Para um carnaval animado - The B-52's - 1979
Ok, você não tem muita paciência para desfiles, bailes e marchinhas, mas isso não significa que você quer cortar os pulsos, explodir o mundo ou simplesmente torrar o saco dos seus amigos foliões com horas e horas de música radical.
Para o seu caso, uma boa dica de um disco com clima festeiro, e feito com o intuito maior de divertir o ouvinte, é esse álbum de estreia dos B-52's - um dos melhores a surgir durante a New Wave. Aqui eles cantam sem a menor cerimônia sobre lagostas, alienígenas e... uma lua no céu... que se chama lua.
Muitas décadas depois de seu lançamento, este continua sendo um dos melhores discos de festa já criados.
Os Hot Spots do Vagalume também trarão uma série de playlists para quem quer fugir do carnaval. Fique ligado!