Uma artista de primeira grandeza nos deixou. Ainda que a morte de Whitney Houston não tenha sido mais um caso ao estilo "é só uma questão de tempo", também não dá pra falar que ela foi exatamente uma surpresa. Afinal há alguns anos as imagens dela cada vez mais magra e debilitada se tornaram assustadoramente comuns nos sites e revistas de celebridades. No ano passado mesmo um boato de que ela havia morrido se alastrou rapidamente pela internet.
Tragédias a parte o fato é que a carreira de Whitney foi uma das mais vitoriosas de todos os tempos e de que sua voz era das mais privilegiadas que já se viu. Coisa de berço, afinal ela era filha da diva da música gospel Cissy Houston e prima de Dionne Warwick. Como se não bastasse ela ainda era afilhada de Aretha Franklin a maior entre as maiores.
Sendo assim só nos resta lamentar que ela tenha nos deixado tão cedo e que por muitas vezes tenha colocado sua bela voz a serviço de material que estava aquém de seu talento. O fato é que Whitney Houston deixou um legado não muito extenso - foram apenas seis discos de estúdio, mais algumas trilhas e coletâneas - para uma carreira discográfica de pouco mais de 25 anos.
Nesse especial a gente destrincha essa discografia e conta algumas curiosidades sobre a cantora e seus trabalhos que talvez você não soubesse. Para acompanhar a leitura sugerimos a audição da playlist que criamos para homenageá-la com vinte canções de todas as fases desse grande talento que vai deixar saudade.
Whitney Houston - 1985
Whitney podia estar com apenas 22 anos quando lançou seu primeiro disco, mas nem de longe era uma novata, já que desde os 15 ela vinha fazendo participações em discos de outros artistas - vale muito conhecer a sua primeira gravação oficial como solista, uma bela versão de Memories do grupo de rock progressivo inglês Soft Machine gravada ao lado do Material.
Voltando ao disco de estreia, ele obviamente foi tratado como prioridade pela gravadora. Até porque não é todo dia que uma voz dessas aparece.
Daqui saíram pelo menos dois dos grandes clássicos da cantora e da moderna música negra americana. A suingada How Will I Know? e a balada Greatest Love Of All.
Contando com produtores como Jemaine Jackson (irmão de Michael) e de Narada Michael Walden. O álbum não só cumpriu as suas expectivas como foi ainda além - já foram vendidas mais de 13 milhões de cópias do disco e ele entrou na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos da Rolling Stone americana.
Não que isso tenha acontecido imediatamente. Na verdade na sua semana de lançamento "Whitney Houston" não foi além do 166° lugar da parada.
O álbum só deslanchou após o sucesso do single You Give Good Love e com o forte boca a boca que seguiu-se ao lançamento. O disco finalmente chegou ao topo da parada pop após 50 semanas em uma das mais demoradas escaladas rumo ao número 1 já vistas em toda história da Billboard.
Whitney - 1987
Aqui Whitney já tinha virado superstar e o disco já foi trabalhado não só para manter o sucesso conseguido com o primeiro disco como também ampliá-lo para outros cantos do mundo - no Brasil a campanha para emplacá-lo foi bem agressiva.
Novamente o álbum tem dois grandes destaques bem distintos. A sacolejante I Wanna Dance With Somebody (Who Loves Me) foi o destaque dançante e Didn't We Almost Have It All a balada.
Em retrospecto ele vendeu menos que o primeiro disco (foram "apenas" 9 milhões de cópias) já que com o passar dos anos ele acabou um pouco eclipsado pelo álbum de estreia e pelos lançamentos posteriores. Mas em 1987 o álbum foi um verdadeiro blockbuster chegando ao número um em mais de dez países.
I'm Your Baby Tonight - 1990
Aqui Whitney Houston decidiu tomar as rédeas de sua carreira. Ela parou de aceitar as imposições da gravadora - que nos dois primeiros discos indicaram o que ela deveria gravar - e seguiu os seus impulsos.
Para isso chamou o produtor Babyface, na época um dos nomes mais quentes do R&B, e foi atrás de material mais adulto e contemporâneo.
Ela ainda pôde se dar ao luxo de contar com a presença de duas lendas da música negra para o disco. Luther Vandross compôs e produziu Who do You Love e Stevie Wonder está em sua composição We Didn't Know (feat. Stevie Wonder).
"I'm Your Baby Tonight" saiu em uma época de mudança de mercado - o rap entrava em sua fase de escalada que segue até hoje - e por isso não foi tão bem sucedido como os dois primeiros álbuns. Ele estreou apenas no 22° lugar da parada, ainda que tenha conseguido chegar ao top 3. Ainda assim ele já vendeu mais de 4 milhões de cópias nos EUA. Prova de que o trabalho acabou sendo reconhecido através dos anos.
The Bodyguard: Original Soundtrack Album - 1992
A trilha-sonora do filme "O Guarda-Costas" tecnicamente não é um álbum de Whitney Houston, afinal ela só está presente em metade das faixas do álbum. Mas sinceramente alguém se lembra de alguma das outras canções que estão no filme ou no disco?
"O Guarda-Costas" marcou a estreia de Whitney no cinema e o sucesso foi tão estrondoso - e inesperado - que durante todo o resto da década ela praticamente só atuou.
Não que essa sua faceta tenha sido uma unanimidade - sua performance lhe valeu uma indicação ao "Framboesa de Ouro" de pior atriz (ela "perdeu" o prêmio para Mellanie Griffith).
Desta trilha saiu a canção que se tornou tema da cantora. regravação de uma antiga composição de Dolly Parton foi uma das canções onipresentes do começo dos anos 90 tendo ficado no topo da parada por 14 semanas e impulsionando a venda do disco mundo afora. O resultado disso? 44 milhões de cópias vendidas ao redor do planeta, que fizeram do álbum a trilha-sonora mais vendida de todos os tempos.
The Preacher's Wife: Original Soundtrack Album - 1996
Entre essa trilha e a de "O Guarda-Costas", Whitney Houston participou de mais um filme. "Waiting To Exhale" ("Falando de Amor" no Brasil) não fez o mesmo sucesso de seu filme anterior, mas foi melhor recebido pela crítica. A trilha contou com três músicas interpretadas por ela incluindo o hit single Exhale (Shoop Shoop).
Voltando a "The Preacher's Wife" ("Um Anjo em Minha Vida" no Brasil). Esse álbum marcou uma espécie de "volta ás raízes" para ela que começou cantando em igrejas (sempre uma ótima escola de canto).
Ainda que não tenha feito o sucesso de seus trabalhos mais voltados ao mercado pop, o álbum vendeu em boas quantidades e veio a se tornar o álbum de gospel mais bem sucedido da história.
Entre os destaques dele estão a regravação de I Believe In You And Me dos Four Tops e Step By Step composta por Annie Lennox.
My Love Is Your Love - 1998
Após anos dedicados ao cinema Whitney finalmente lançou seu quarto disco de estúdio em 1998. "My Love Is Your Love" tinha baladas, R&B e acenos ao rap e reggae e foi o primeiro sinal de que a carreira dela não estava mais tão em alta.
O disco não passou do 13° lugar na parada - um recorde negativo para ela - e foi seu álbum menos vendido. Curiosamente no resto do mundo ele se saiu melhor tornando-se um best-seller em toda a Europa. Um dos motivos deste "fracasso" (e no caso dela essas aspas são sempre necessárias) é o dele ter saído naquela que ficou conhecida como a "super terça" quando dez dos maiores pesos pesados da indústria tiveram seus discos lançados simultaneamente (numa lista que foi de Offspring a Garth Brooks).
Outro dado interessante é saber que os singles do trabalho no geral foram muito bem sucedidos, Heartbreak Hotel (feat. Faith Evans, Kelly Price) e a faixa-título entre eles.
"My Love Is Your Love" também foi um de seus álbuns mais elogiados pela crítica e a sua turnê mostrou-se um grande sucesso artístico e comercial.
Just Whitney... - 2002
Após duas coletâneas e um novo contrato de U$100 milhões o quinto álbum de Whitney Houston saiu em 2002.
"Just Whitney..." não foi muito bem recebido pelos críticos, mas foi abraçado pelo público. Ainda que ele não tenha atingido os picos de sucesso conquistados pelos trabalhos dos anos 80 e início dos 90 ele mostrou que a marca Whitney Houston era forte o bastante.
Muitas das faixas do disco (como Whatchulookinat) também foram percebidas como uma resposta da cantora ao contínuo interesse da mídia em sua vida particular - que nessa época começou a ganhar mais espaço na imprensa do que a sua carreira artística.
One Wish: The Holiday Album - 2003
Como quase toda estrela de primeira (e de segunda, terceira...) grandeza. Whitney Houston também gravou um disco natalino. "One Wish" tem uma série de canções tradicionais na boa voz da cantora e traz de curioso a participação de sua filha Bobbi Kristina em Little Drummer Boy (feat. Bobbi Kristina Brown).
Seguramente o álbum menos conhecido da cantora (ele não vendeu nem 500 mil cópias) ele não traz grandes sucessos, ainda que One Wish (for Christmas) tenha pontuado na parada de música "adulta contemporânea", o álbum natalino de Houston acaba sendo aquele disco mais indicado para os fãs mais ardorosos do que para os admiradores casuais.
Para quem gosta de compilar músicas natalinas para embalar a noite de 24 para 25 de dezembro fica a dica: pode colocar sem medo umas três ou quatro canções deste álbum na playlist que ela só tem a melhorar com isso.
I Look to You - 2009
O último disco lançado em vida pela cantora chegou em 2009. A primeira coisa que chamou a atenção em " I Look To You" foi a foto da capa trazendo uma cantora muito diferente daquela que havíamos nos acostumado a ver.
Foi quando mundo percebeu que as histórias de vício em drogas pesadíssimas e de uma vida particular cheia de turbulências não era exatamente exagero da imprensa.
Ao mesmo tempo o álbum marcou o retorno dela ao topo da parada - algo que desde a trilha de "O Guarda-Costas" não acontecia e foi bem recebido pela crítica. Para completar o que parecia o grande renascimento artístico e comercial da cantora, o trabalho ajudou Whitney a se tornar a artista feminina que mais tempo esteve no topo da parada.
A faixa título tornou-se o último grande sucesso dela em vida, também aqui no Brasil onde foi usada na novela "Viver a Vida".
Infelizmente o "comeback" não foi completo. Ao lançamento do disco seguiu-se uma turnê repleta de shows irregulares, marcados por problemas de voz e uma certa displicência da cantora no palco. Algo surpreendente para quem sempre mostrou-se extremamente profissional e com um gogó abençoado pelos deuses.
A tour só teve cinquenta apresentações e sequer chegou aos EUA que tiveram os shows da turnê de 1999 como os derradeiros da cantora em sua terra natal.
Tragédias a parte o fato é que a carreira de Whitney foi uma das mais vitoriosas de todos os tempos e de que sua voz era das mais privilegiadas que já se viu. Coisa de berço, afinal ela era filha da diva da música gospel Cissy Houston e prima de Dionne Warwick. Como se não bastasse ela ainda era afilhada de Aretha Franklin a maior entre as maiores.
Sendo assim só nos resta lamentar que ela tenha nos deixado tão cedo e que por muitas vezes tenha colocado sua bela voz a serviço de material que estava aquém de seu talento. O fato é que Whitney Houston deixou um legado não muito extenso - foram apenas seis discos de estúdio, mais algumas trilhas e coletâneas - para uma carreira discográfica de pouco mais de 25 anos.
Nesse especial a gente destrincha essa discografia e conta algumas curiosidades sobre a cantora e seus trabalhos que talvez você não soubesse. Para acompanhar a leitura sugerimos a audição da playlist que criamos para homenageá-la com vinte canções de todas as fases desse grande talento que vai deixar saudade.
Whitney Houston - 1985
Whitney podia estar com apenas 22 anos quando lançou seu primeiro disco, mas nem de longe era uma novata, já que desde os 15 ela vinha fazendo participações em discos de outros artistas - vale muito conhecer a sua primeira gravação oficial como solista, uma bela versão de Memories do grupo de rock progressivo inglês Soft Machine gravada ao lado do Material.
Voltando ao disco de estreia, ele obviamente foi tratado como prioridade pela gravadora. Até porque não é todo dia que uma voz dessas aparece.
Daqui saíram pelo menos dois dos grandes clássicos da cantora e da moderna música negra americana. A suingada How Will I Know? e a balada Greatest Love Of All.
Contando com produtores como Jemaine Jackson (irmão de Michael) e de Narada Michael Walden. O álbum não só cumpriu as suas expectivas como foi ainda além - já foram vendidas mais de 13 milhões de cópias do disco e ele entrou na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos da Rolling Stone americana.
Não que isso tenha acontecido imediatamente. Na verdade na sua semana de lançamento "Whitney Houston" não foi além do 166° lugar da parada.
O álbum só deslanchou após o sucesso do single You Give Good Love e com o forte boca a boca que seguiu-se ao lançamento. O disco finalmente chegou ao topo da parada pop após 50 semanas em uma das mais demoradas escaladas rumo ao número 1 já vistas em toda história da Billboard.
Whitney - 1987
Aqui Whitney já tinha virado superstar e o disco já foi trabalhado não só para manter o sucesso conseguido com o primeiro disco como também ampliá-lo para outros cantos do mundo - no Brasil a campanha para emplacá-lo foi bem agressiva.
Novamente o álbum tem dois grandes destaques bem distintos. A sacolejante I Wanna Dance With Somebody (Who Loves Me) foi o destaque dançante e Didn't We Almost Have It All a balada.
Em retrospecto ele vendeu menos que o primeiro disco (foram "apenas" 9 milhões de cópias) já que com o passar dos anos ele acabou um pouco eclipsado pelo álbum de estreia e pelos lançamentos posteriores. Mas em 1987 o álbum foi um verdadeiro blockbuster chegando ao número um em mais de dez países.
I'm Your Baby Tonight - 1990
Aqui Whitney Houston decidiu tomar as rédeas de sua carreira. Ela parou de aceitar as imposições da gravadora - que nos dois primeiros discos indicaram o que ela deveria gravar - e seguiu os seus impulsos.
Para isso chamou o produtor Babyface, na época um dos nomes mais quentes do R&B, e foi atrás de material mais adulto e contemporâneo.
Ela ainda pôde se dar ao luxo de contar com a presença de duas lendas da música negra para o disco. Luther Vandross compôs e produziu Who do You Love e Stevie Wonder está em sua composição We Didn't Know (feat. Stevie Wonder).
"I'm Your Baby Tonight" saiu em uma época de mudança de mercado - o rap entrava em sua fase de escalada que segue até hoje - e por isso não foi tão bem sucedido como os dois primeiros álbuns. Ele estreou apenas no 22° lugar da parada, ainda que tenha conseguido chegar ao top 3. Ainda assim ele já vendeu mais de 4 milhões de cópias nos EUA. Prova de que o trabalho acabou sendo reconhecido através dos anos.
The Bodyguard: Original Soundtrack Album - 1992
A trilha-sonora do filme "O Guarda-Costas" tecnicamente não é um álbum de Whitney Houston, afinal ela só está presente em metade das faixas do álbum. Mas sinceramente alguém se lembra de alguma das outras canções que estão no filme ou no disco?
"O Guarda-Costas" marcou a estreia de Whitney no cinema e o sucesso foi tão estrondoso - e inesperado - que durante todo o resto da década ela praticamente só atuou.
Não que essa sua faceta tenha sido uma unanimidade - sua performance lhe valeu uma indicação ao "Framboesa de Ouro" de pior atriz (ela "perdeu" o prêmio para Mellanie Griffith).
Desta trilha saiu a canção que se tornou tema da cantora. regravação de uma antiga composição de Dolly Parton foi uma das canções onipresentes do começo dos anos 90 tendo ficado no topo da parada por 14 semanas e impulsionando a venda do disco mundo afora. O resultado disso? 44 milhões de cópias vendidas ao redor do planeta, que fizeram do álbum a trilha-sonora mais vendida de todos os tempos.
The Preacher's Wife: Original Soundtrack Album - 1996
Entre essa trilha e a de "O Guarda-Costas", Whitney Houston participou de mais um filme. "Waiting To Exhale" ("Falando de Amor" no Brasil) não fez o mesmo sucesso de seu filme anterior, mas foi melhor recebido pela crítica. A trilha contou com três músicas interpretadas por ela incluindo o hit single Exhale (Shoop Shoop).
Voltando a "The Preacher's Wife" ("Um Anjo em Minha Vida" no Brasil). Esse álbum marcou uma espécie de "volta ás raízes" para ela que começou cantando em igrejas (sempre uma ótima escola de canto).
Ainda que não tenha feito o sucesso de seus trabalhos mais voltados ao mercado pop, o álbum vendeu em boas quantidades e veio a se tornar o álbum de gospel mais bem sucedido da história.
Entre os destaques dele estão a regravação de I Believe In You And Me dos Four Tops e Step By Step composta por Annie Lennox.
My Love Is Your Love - 1998
Após anos dedicados ao cinema Whitney finalmente lançou seu quarto disco de estúdio em 1998. "My Love Is Your Love" tinha baladas, R&B e acenos ao rap e reggae e foi o primeiro sinal de que a carreira dela não estava mais tão em alta.
O disco não passou do 13° lugar na parada - um recorde negativo para ela - e foi seu álbum menos vendido. Curiosamente no resto do mundo ele se saiu melhor tornando-se um best-seller em toda a Europa. Um dos motivos deste "fracasso" (e no caso dela essas aspas são sempre necessárias) é o dele ter saído naquela que ficou conhecida como a "super terça" quando dez dos maiores pesos pesados da indústria tiveram seus discos lançados simultaneamente (numa lista que foi de Offspring a Garth Brooks).
Outro dado interessante é saber que os singles do trabalho no geral foram muito bem sucedidos, Heartbreak Hotel (feat. Faith Evans, Kelly Price) e a faixa-título entre eles.
"My Love Is Your Love" também foi um de seus álbuns mais elogiados pela crítica e a sua turnê mostrou-se um grande sucesso artístico e comercial.
Just Whitney... - 2002
Após duas coletâneas e um novo contrato de U$100 milhões o quinto álbum de Whitney Houston saiu em 2002.
"Just Whitney..." não foi muito bem recebido pelos críticos, mas foi abraçado pelo público. Ainda que ele não tenha atingido os picos de sucesso conquistados pelos trabalhos dos anos 80 e início dos 90 ele mostrou que a marca Whitney Houston era forte o bastante.
Muitas das faixas do disco (como Whatchulookinat) também foram percebidas como uma resposta da cantora ao contínuo interesse da mídia em sua vida particular - que nessa época começou a ganhar mais espaço na imprensa do que a sua carreira artística.
One Wish: The Holiday Album - 2003
Como quase toda estrela de primeira (e de segunda, terceira...) grandeza. Whitney Houston também gravou um disco natalino. "One Wish" tem uma série de canções tradicionais na boa voz da cantora e traz de curioso a participação de sua filha Bobbi Kristina em Little Drummer Boy (feat. Bobbi Kristina Brown).
Seguramente o álbum menos conhecido da cantora (ele não vendeu nem 500 mil cópias) ele não traz grandes sucessos, ainda que One Wish (for Christmas) tenha pontuado na parada de música "adulta contemporânea", o álbum natalino de Houston acaba sendo aquele disco mais indicado para os fãs mais ardorosos do que para os admiradores casuais.
Para quem gosta de compilar músicas natalinas para embalar a noite de 24 para 25 de dezembro fica a dica: pode colocar sem medo umas três ou quatro canções deste álbum na playlist que ela só tem a melhorar com isso.
I Look to You - 2009
O último disco lançado em vida pela cantora chegou em 2009. A primeira coisa que chamou a atenção em " I Look To You" foi a foto da capa trazendo uma cantora muito diferente daquela que havíamos nos acostumado a ver.
Foi quando mundo percebeu que as histórias de vício em drogas pesadíssimas e de uma vida particular cheia de turbulências não era exatamente exagero da imprensa.
Ao mesmo tempo o álbum marcou o retorno dela ao topo da parada - algo que desde a trilha de "O Guarda-Costas" não acontecia e foi bem recebido pela crítica. Para completar o que parecia o grande renascimento artístico e comercial da cantora, o trabalho ajudou Whitney a se tornar a artista feminina que mais tempo esteve no topo da parada.
A faixa título tornou-se o último grande sucesso dela em vida, também aqui no Brasil onde foi usada na novela "Viver a Vida".
Infelizmente o "comeback" não foi completo. Ao lançamento do disco seguiu-se uma turnê repleta de shows irregulares, marcados por problemas de voz e uma certa displicência da cantora no palco. Algo surpreendente para quem sempre mostrou-se extremamente profissional e com um gogó abençoado pelos deuses.
A tour só teve cinquenta apresentações e sequer chegou aos EUA que tiveram os shows da turnê de 1999 como os derradeiros da cantora em sua terra natal.