Mais um ano de Virada Cultural em São Paulo. Como sempre acontece é preciso fôlego para se deslocar entre os palcos e saber de antemão que muita coisa boa terá de ser perdida em detrimento de outras. Há também aqueles que parecem que só vão ao Centro para arrumar confusão ou beber, mas é preciso deixar claro que esses são minoria ainda mais em um evento dessas proporções. Ou seja, a Virada continua sendo um dos melhores eventos do país para quem gosta de música. Dito isso aqui vai um diário de bordo do que conseguimos, e não conseguimos, ver.
Logo às 18 horas Guilherme Arantes abriu o Palco do Arouche (o tal "popular"). Acompanhado de um trio - inlcuindo o lendário baixista Willy Verdaguer - ele mostrou porque é um dos maiores hitmakers que esse país já viu nascer. Afinal quantos podem fazer um show com mais de 20 sucessos e ainda deixar coisa de fora?
O cantor aproveitou para fazer coro ao "Veta Dilma", pedindo para que a presidente votasse contra o Novo Código Florestal antes de cantar Planeta Água e ainda se mostra um tanto ressentido por ter sido deixado de fora da história oficial do rock brasileiro - várias vezes ele lembrou que por fazer canções românticas foi taxado de brega. Felizmente isso está mudando e pelo menos o melhor de sua obra vai sendo reavaliada por uma nova geração de críticos, público e músicos. Antes tarde...
Findo o show de Guilherme ainda deu para pegar o finzinho da apresentação do brilhante McCoy Tyner, um dos maiores pianistas da história do jazz e o único ainda vivo do quarteto que gravou o fundamental "A Love Supreme" de John Coltrane. Foram pouco mais de dez minutos - para o nosso azar o show foi bem curto - mas que valeram por várias apresentações completas.
Na sequência as opções ficavam entre os veteranos roqueiros da Bolha ou o niteroiense Dalto que estourou nos anos 80 com seu pop com pegada country e um pouco de MPB. Ficamos com a segunda opção e a escolha se mostrou acertada. O cantor mostrou vários hits - muitos deles gravados por outros intérpretes - e se mostrou extremamente feliz com a recepção calorosa do público. o final como não poderia deixar de ser, foi com uma versão alongada de Muito Estranho. A se destacar também a ótima banda de pegada rock que o acompanhou.
Após uma pausa para a janta - não, não tentamos provar os tais pratos que estavam sendo feitos pelos grandes chefs que acabaram recebendo boa parte da atenção da imprensa, após os problemas enfrentados por quem foi até lá, ainda deu para evr um pouquinho do show de Tyto y Tarantula, o chicano que é adorado pelos diretores Quentin Tarantino e Robert rodriguez. Tito faz um som sem muita firula baseado no blues, rockabilly e rock'n'roll com inegável tempero mexicano. Nada de outro mundo, mas diverte.
Diversão também é a palavra de ordem dos americanos do Man or Astro-man que estão de volta após terem feito uma pausa na década passada.
O grupo segue fazendo sua surf music quase sempre instrumental e com forte influência do cinema de ficção científica dos anos 50 e 60. A se lamentar apneas o som um tanto quanto embolado que prejudicou um pouco a apresentação. A performance continua ensandencida com direito a passeios dos músicos pela plateia e um teremim incendiado ao final.
Dali foi correr para ver o vibrafonista Roy Ayers com seu bom show de funk e jazz e curtir o visionário, e grande maluco, Daevid Allen e sua mais nova encarnação do Gong - grupo que desde os anos 70 faz uma mistura única de psicodelia, jazz e rock progressivo. Agora contando com dois brasileiros em sua formação, incluindo Fábio Golfetti do Violeta de Outono, há anos um grande admirador, Allen entregou um show inacreditavelmente barulhento e intenso mais ainda para alguém com 74 anos.
A madrugada ainda teria shows de Sean Kuti e dos membros sobreviventes do Morphine, mas a essa altura faltavam pernas e o dia seguinte ainda tinha muita coisa pela frente. Para saber como foram esses shows clique aqui para ler a segunda parte de nosso especial sobre a Virada Cultural 2012.
Logo às 18 horas Guilherme Arantes abriu o Palco do Arouche (o tal "popular"). Acompanhado de um trio - inlcuindo o lendário baixista Willy Verdaguer - ele mostrou porque é um dos maiores hitmakers que esse país já viu nascer. Afinal quantos podem fazer um show com mais de 20 sucessos e ainda deixar coisa de fora?
O cantor aproveitou para fazer coro ao "Veta Dilma", pedindo para que a presidente votasse contra o Novo Código Florestal antes de cantar Planeta Água e ainda se mostra um tanto ressentido por ter sido deixado de fora da história oficial do rock brasileiro - várias vezes ele lembrou que por fazer canções românticas foi taxado de brega. Felizmente isso está mudando e pelo menos o melhor de sua obra vai sendo reavaliada por uma nova geração de críticos, público e músicos. Antes tarde...
Findo o show de Guilherme ainda deu para pegar o finzinho da apresentação do brilhante McCoy Tyner, um dos maiores pianistas da história do jazz e o único ainda vivo do quarteto que gravou o fundamental "A Love Supreme" de John Coltrane. Foram pouco mais de dez minutos - para o nosso azar o show foi bem curto - mas que valeram por várias apresentações completas.
Na sequência as opções ficavam entre os veteranos roqueiros da Bolha ou o niteroiense Dalto que estourou nos anos 80 com seu pop com pegada country e um pouco de MPB. Ficamos com a segunda opção e a escolha se mostrou acertada. O cantor mostrou vários hits - muitos deles gravados por outros intérpretes - e se mostrou extremamente feliz com a recepção calorosa do público. o final como não poderia deixar de ser, foi com uma versão alongada de Muito Estranho. A se destacar também a ótima banda de pegada rock que o acompanhou.
Após uma pausa para a janta - não, não tentamos provar os tais pratos que estavam sendo feitos pelos grandes chefs que acabaram recebendo boa parte da atenção da imprensa, após os problemas enfrentados por quem foi até lá, ainda deu para evr um pouquinho do show de Tyto y Tarantula, o chicano que é adorado pelos diretores Quentin Tarantino e Robert rodriguez. Tito faz um som sem muita firula baseado no blues, rockabilly e rock'n'roll com inegável tempero mexicano. Nada de outro mundo, mas diverte.
Diversão também é a palavra de ordem dos americanos do Man or Astro-man que estão de volta após terem feito uma pausa na década passada.
O grupo segue fazendo sua surf music quase sempre instrumental e com forte influência do cinema de ficção científica dos anos 50 e 60. A se lamentar apneas o som um tanto quanto embolado que prejudicou um pouco a apresentação. A performance continua ensandencida com direito a passeios dos músicos pela plateia e um teremim incendiado ao final.
Dali foi correr para ver o vibrafonista Roy Ayers com seu bom show de funk e jazz e curtir o visionário, e grande maluco, Daevid Allen e sua mais nova encarnação do Gong - grupo que desde os anos 70 faz uma mistura única de psicodelia, jazz e rock progressivo. Agora contando com dois brasileiros em sua formação, incluindo Fábio Golfetti do Violeta de Outono, há anos um grande admirador, Allen entregou um show inacreditavelmente barulhento e intenso mais ainda para alguém com 74 anos.
A madrugada ainda teria shows de Sean Kuti e dos membros sobreviventes do Morphine, mas a essa altura faltavam pernas e o dia seguinte ainda tinha muita coisa pela frente. Para saber como foram esses shows clique aqui para ler a segunda parte de nosso especial sobre a Virada Cultural 2012.