O mês de setembro foi repleto de lançamentos dos mais diversos estilos musicais. Os destaques foram os álbuns da cantora Demi Lovato e da banda blink-182, que acabaram com a ansiedade de seus fãs por músicas inéditas e fizeram bons discos.
Entre os artistas mais populares, ainda tivemos os álbuns da banda Lady Antebellum e da cantora Dev.
Alguns nomes clássicos da música também marcam presença no especial. Mick Jagger e seu supergrupo SuperHeavy também lançaram seu disco de estreia e ainda tivemos o disco "Duets II" da lenda do jazz Tony Bennett.
Veja a seguir os principais lançamentos de setembro:
Demi Lovato - "Unbroken"
Após passar por uma fase de inferno astral, envolvendo episódios de fúria e problemas sérios de bulimia e auto-mutilação, Demi Lovato finalmente mostra sinais de recuperação.
A cantora de apenas 19 anos finalmente pôde voltar às manchetes por causa de seu trabalho. "Unbroken" colocou a garota no top 5 americano e conta com as contribuições valiosas de gente já veterana como Missy Elliott, Timbaland e também de novatos como a de Dev e Jason Derulo.
A crítica também aprovou a escolha de Demi que preferiu abrir mão do pop pegajoso tipicamente feito pelas estrelas da Disney para se aventurar por terrenos musicais mais maduros. Isso sem abrir mão da sonoridade pop que lhe é peculiar.
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blink-182 - "Neighborhoods"
O blink-182 lançou um novo disco de estúdio depois de oito anos sem músicas novas. Depois do grupo se reunir novamente para uma extensa turnê pela Europa e Estados Unidos, Mark, Tom e Travis voltaram ao estúdio e lançaram "Neighborhoods".
Esse é o sexto álbum da carreira dos californianos e mostra a banda fazendo um som que poderá agradar até os mais antigos fãs do grupo, como mostra a faixa "Heart's All Gone". Porém, o disco parece uma continuação do trabalho anterior, "Blink-182".
A banda já lançou duas músicas de trabalho: "Up All Night" (que já ganhou clipe) e "After Midnight". O disco ainda conta com uma versão deluxe com 4 faixas a mais.
A banda foi muito bem nas paradas conseguindo as primeiras colocações em vários países. Nos Estados Unidos, o trio californiano chegou à segunda colocação na parada de discos e no Reino Unido ficou no sexto lugar.
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Lady Antebellum - "Own The Night"
Hoje o grupo mais famoso da música country no mundo, o trio Lady Antebellum lançou seu terceiro disco, "Own The Night". E mesmo não agradando todos os críticos, a banda agradou o público mais uma vez conseguindo as primeiras colocações das paradas mundiais.
O Lady Antebellum já tem duas músicas de trabalho: "Just a Kiss" e "We Owned The Night". As faixas trazem a sonoridade pela qual a banda fez a banda fez sucesso.
O trio de Nashville mostrou sua força nas paradas mundiais com uma ótima estreia. Nos Estados Unidos e Canadá conseguiu a primeira colocação, no Reino Unido a quarta posição e a quinta posição na Austrália.
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Dev - "The Night The Sun Came Up"
A cantora Dev é uma das grandes revelações da música eletrônica. Para quem não a conhece, ela é a voz do refrão do grande sucesso "Like a G6 (feat. The Cataracs, Dev)" do grupo Far East Movement.
Para esse trabalho de estreia, a jovem cantora de 22 anos contou com os seus grandes parceiros, a dupla de produtores The Cataracs. O álbum traz ótimas músicas para embalar as pistas, como "In The Dark" e "Bass Down Low (feat. The Cataracs)".
Porém, se você acha que só vai encontrar músicas para dançar, Dev também mostra que pode fazer baladas muito bem, como mostra em "Perfect Match".
A versão deluxe do álbum ainda traz as participações especiais dos rappers Tinie Tempah e Flo Rida.
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Pearl Jam - "Pearl Jam Twenty"
Comemorando seus vinte anos de carreira, a banda Pearl Jam lançou a trilha sonora para o documentário sobre sua história "Pearl Jam Twenty". O disco traz apresentações ao vivo de alguns de seus maiores sucessos.
Para os fãs que esperavam mais um material inédito, a trilha sonora traz 29 músicas, incluindo shows, demos de estúdio, covers e até faixas instrumentais de algumas de suas músicas. Para quem não conhece o quinteto que é um dos precursores do cenário grunge, o disco mostra canções de todas as fases da banda de Seattle.
"Pearl Jam Twenty" foi muito bem nas paradas dos Estados Unidos. Na lista de discos de trilha sonora chegou ao tipo, enquanto na parada de discos de rock ficou na segunda colocação.
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Jason Derulo - "Future History"
Uma das revelações do R&B e da música pop norte americana, Jason Derulo lançou seu segundo álbum, "Future History". O cantor manteve a sonoridade do disco anterior, o que deve agradar seus fãs.
O disco teve duas músicas de trabalho até agora. A faixa "Don't Wanna Go Home" foi muito bem e conseguiu chegar às primeiras colocações das paradas norte americanas.
Outro destaque, a faixa "Fight For You" tem uma sonoridade mais pop e também teve bom desempenho nas paradas.
Derulo não foi tão bem nas paradas de álbuns. Nos Estados Unidos, chegou à 29ª colocação e seu melhor desempenho foi na Austrália onde chegou ao 11º lugar entre os discos mais vendidos.
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Cody Simpson" - "Coast To Coast (EP)"
O cantor australiano Cody Simpson lançou seu segundo EP, intitulado "Coast To Coast". Ao ouvir a primeira faixa, "Good As It Gets", fica clara a influência de artistas como Justin Timberlake no trabalho do cantor de apenas 14 anos.
Mais um prodígio da música pop, Simpson também começou a ficar conhecido com vídeos gravados pelo Youtube, assim como fez o canadense Justin Bieber. O cantor foi contratado pela Atlantic e se mudou com a família para Los Angeles, onde começou a trabalho com o produtor Shawn Campbell, vencedor do Grammy.
Neste trabalho, Cody Simpson ajudou a compor duas músicas, "All Day" e "Angel".
Apesar de ser um EP, "Coast To Coast" teve um ótimo desempenho na parada de álbuns dos Estados Unidos. Simpson estreou na 12ª colocação, com mais de 25 mil cópias vendidas.
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Bush - "The Sea of Memories"
Lembram do Bush? Aquela banda britânica que fez muito sucesso nos EUA na década de 90 e que por causa deste "pecado" se tornou uma das vítimas favoritas da crítica inglesa?
Pois bem, após dez anos o grupo do "senhor Gwen Stefani" Gavin Rossdale está de volta, ainda que da formação original apenas ele e o baterista Robin Goodridge sigam no barco.
"The Sea of Memories" é o quinto álbum da banda de "pós grunge" e traz de volta o som que embalou tantos adolescentes dos anos 90.
A boa surpresa é descobrir como eles ainda são queridos. "The Sea of Memories" chegou no top 20 americano e os singles foram bem aceitos pelas rádios rock de lá. Até a crítica recebeu o disco com simpatia. O AllMusic Guide por exemplo deu quatro estrelas para o trabalho e disse que esse é provavelmente o melhor álbum de toda a carreira deles.
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SuperHeavy - "SuperHeavy"
Apesar do nome o SuperHeavy (SuperPesado) tá mais para SuperLeve. A megabanda que junta Mick Jagger, Joss Stone, Damian Marley o ex-Eurythmics Dave Stewart e o oscarizado A.R. Rahman entregou um disco onde cada um de seus membros faz exatamente o que se espera deles (Joss canta suas melodias soul/pop, Jagger preenche os espaços com seu sotaque carregado, Damian faz toasts e assim por diante), quando talvez fosse mais divertido vê-los afastados de sua zona de atuação.
Ainda assim o disco de estreia homônimo do grupo é no mínimo divertido com seu clima praiano e para cima, especialmente por conta do forte acento de reggae que permeia boa parte do trabalho.
A dúvida que fica é se esse será um projeto único ou se eles irão sentir a vontade de se juntar para mais uma rodada.
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Hugh Laurie - "Let Them Talk"
E não é que o "Doutor House" se saiu um belo cantor de blues? Para quem não sabe o ator, que começou fazendo humor, é um grande aficionado do gênero o que de cara afasta esse álbum da sina do "disco de ator que no fundo queria ser cantor".
No propriamente intitulado "Let them talk" ("Deixa eles falarem"), Hugh Laurie não cai nas armadilhas tão fáceis nesse tipo de projeto (uma baladinha pra virar clipe, um dueto com alguma estrela do momento, produtor de grife para deixar a música prontinha para as rádios...). Ao invés disso, ele se ateve à sua proposta original de gravar apenas clássicos do blues - boa parte deles bem obscuros até para os mais sérios colecionadores.
Auxiliando o ator/cantor que também toca guitarra e piano, está uma lista de respeito que vai do venerando Tom Jones até a nata da cena de Nova Orleans (Dr. John, Allen Toussaint e Irmas Thomas). Todos eles estão presentes dando um toque de autenticidade e sofisticação para essa bela empreitada.
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Tony Bennett - "Duets II"
A ideia de duetos juntando um nomes surgidos antes da era do rock com astros do pop não é nem de longe uma novidade. O próprio Elvis chegou a aparecer na televisão com Frank Sinatra ainda nos anos 60.
Mas as gravadoras só perceberam que essa era uma área a ser explorada quando a faixa mais bem sucedida artística e comercialmente do álbum de duetos lançado por Frank Sinatra em 1994 foi justamente a união dele com Bono do U2.
Tony Bennett que por anos foi conhecido como a segunda melhor voz do mundo (sendo de Sinatra a maior) lançou o primeiro volume de seu discos de parcerias em 2006 com grande sucesso. Ali ele dividiu o microfone com nomes do universo pop, mas na maioria esses também eram veteranos (Elton John, Paul McCartney, Stevie Wonder...).
Para o segundo volume os produtores tiveram a sacada de colocá-lo também ao lado de vários nomes do momento. E foi assim que Lady Gaga, Amy Winehouse (em sua derradeira gravação) e John Mayer acabaram no disco ao lado de outros artistas mais novos mas que definitivamente têm um pé na tradição da música americana (Michael Bublé, Norah Jones, Kd Lang...).
O público pelo visto aprovou o resultado e fez de Tony Bennett aos 85 anos a pessoa mais velha a chegar ao topo da Billboard.
A crítica costuma reclamar desse tipo de disco, taxando-o de mero caça-níqueis. Mas só o fato dele fazer com que os mais jovens tomem conhecimento com o rico e vasto cancioneiro americano, já deveria ser motivo mais do que suficiente para a existência de álbuns como esse.
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Kasabian - "Velociraptor!"
O Kasabian é mais uma daquelas bandas que são enormes na Inglaterra, Japão e pela Europa mas solenemente ignoradas na América (e por consequência no Brasil). O que é uma pena porque o grupo de Sergio Pizzorno segue melhorando a cada disco e mostrando uma música cada vez mais potente.
Se na Inglaterra "Velociraptor!" estreou direto no número 1 vendendo 90 mil cópias em uma semana, nos EUA a gravadora sequer se preocupou em divulgar o disco, que não entrou nem no top 200 de lá.
Para quem acha que um trabalho para ser bom não precisa do aval das paradas "Velociraptor!" é o disco, que estará certamente presente em boa parte das listas de "melhores de 2011" quando essas começarem a ser divulgadas.
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Alice Cooper - "Welcome 2 My Nightmare"
O pai do rock teatral lança mais um disco. Mas esse não se trata do típico álbum de veterano que apenas coloca mais um trabalho na praça para justificar outra turnê de hits.
Sim, é fato que há tempos Alice Cooper não lança um trabalho de fato digno de seu incomparável passado e o grosso de seu show ainda é formado pelas obras-primas feitas entre 1969 e 1973. Mas se você fã de hard rock vale dar uma chance pro novo álbum da velha tia (como ele era chamado por aqui nos anos 70).
"Welcome 2 My Nightmare" é a sequência de "Welcome to My nightmare", o primeiro álbum solo dele lançado em 1975 (antes o "Alice Cooper" era uma banda que levava o nome de seu líder, assim como em "Bon Jovi" ou "Van Halen").
Alice novamente pensou em um "álbum com historinha" e trouxe de volta o pessoal que trabalhou com ele há 30 anos ou mais. Estão aqui o produtor Bob Ezrin trazendo todo o drama que caracteriza seus trabalhos, os músicos que faziam parte da banda original, além de gente como Rob Zombie e até Ke$ha que faz um dueto em "What Baby Wants (feat. Ke$ha)".
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The Kooks - "Junk of the Heart"
O quarteto indie que causou algum barulho em meados da década passada lança "Junk of The Haert" após três anos longe dos estúdios.
A questão agora é saber se eles não demoraram um pouco demais para voltar a dar as caras, já que hoje em dia o mundo da música pop se move com grande velocidade e não convém ficar muito tempo parado.
"Junk of the Heart" foi recebido com certa frieza pela crítica e também ainda não emplacou com o grande público, mesmo tendo chegado ao décimo lugar na parada inglesa.
Será que ainda há futuro para os Kooks? Só o tempo irá dizer, mas ainda vale a pena dar algum crédito para a banda que segue com grande habilidade na arte de criar boas canções pop.
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Blondie - "Panic of Girls"
Há oito anos sem lançar disco de inéditas o Blondie finalmente gravou mais algumas canções para serem tocadas entre os clássicos sucessos que fizeram deles uma das maiores bandas de toda a história.
Debbie Harry e seus companheiros bolaram todo um esquema para o lançamento de "Panic of Girls", incluindo uma edição toda especial acompanhada de revista, bottons e mais outros mimos.
Infelizmente a estratégia não se refletiu nas vendas. O disco não passou do número 75 na parada inglesa e sequer pontuou na parada americana. Algo complicado de qualquer forma para um disco lançado sem o apoio de uma gravadora de porte.
A crítica também não se entusiasmou muito. A maioria as resenhas foram neutras ou mesmo negativas. "Panic of Girls" obviamente não é um clássico como "Parallel Lines" de 1978 mas certamente tem seus momentos que os fãs da boa música pop saberão garimpar.
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Switchfoot - "Vice Verses"
Caso raro de banda que começa no mercado de música religiosa e consegue penetrar no mainstream, o Switchfoot chega ao seu oitavo álbum.
"Vice Verses" gira em torno de um tema bastante comum na literatura, nos textos sagrados e também nas histórias em quadrinhos, a de que toda bênção carrega em si também uma maldição. A partir desta ideia a banda compôs uma série de canções onde boa parte da ênfase foi colocada na sessão rítmica da banda.
"Vice Verses" é mais um álbum bem sucedido da banda e se mostrou um sucesso tanto no mercado cristão onde disco ficou em primeiro lugar na parada religiosa quanto no secular, onde eles emplacaram um respeitoso oitavo lugar no top 200 da Billboard.
Como esse álbum o Switchfoot prova novamente que é possível sim unir esses dois meios aparentemente inconciliáveis se sua música é forte o bastante.
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Laura Marling - "A Creature I Don't Know"
Deve ter alguma coisa na água da Inglaterra que anda causando o desenvolvimento precoce de certas cantoras. Tome o exemplo de Laura Marling que nasceu em 1990 e já está em seu terceiro álbum.
A maior surpresa é ver que Marling não faz nem pop radiofônico teen e muito menos se enveredou pela soul music, as duas áreas em que as cantoras de hoje mais se destacam.
A onda de Laura Marling é outra e passa pela música folk com tinturas de jazz e influências de Tori Amos, Leonard Cohen e Fiona Apple.
"A Creature I Don't know" ainda não foi lançado nos EUA e muito menos no Brasil, apesar de Marling já ter se apresentado por aqui. Mas na Inglaterra ela está com tudo. Por lá o álbum chegou no top 5 e já ganhou disco de prata. Nada mal para um trabalho tão peculiar que não compactua em nada com as fórmulas do sucesso das rádios e paradas de sucesso.
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O Teatro Mágico - "A Sociedade do Espetáculo"
"A Sociedade do Espetáculo" é o mais novo trabalho da trupe de Fernando Anitelli que conquistou um público fiel e fanático graças à sua mistura de pop, rock, mpb e folk com letras poéticas.
O fato é que o Teatro Mágico só mostra seu real sentido em cima do palco, onde as canções ganham forte apelo visual e cênico. Desse jeito a melhor maneira de tratar esse álbum é como uma espécie de trilha-sonora para o show da banda onde a plateia é parte fundamental do espetáculo.
A essa altura é certo falar que os fãs já ouviram bastante esse álbum, até porque ele foi disponibilizado para download gratuito (ele também saiu em formato físico, incluindo uma edição de luxo). Logo também podemos afirmar que eles já estão com todas essas músicas na ponta da língua para serem entoadas no próximo show deles.
Para os que ainda não estão entre os "raros" - como os fãs do Teatro são chamados - vale a pena ouvir algumas músicas desse álbum. Se gostar é bem provável que logo você também esteja engrossando o coro nas próximas apresentações da banda.
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Wilco - "The Whole Love"
Nesse álbum Jeff Tweedy, a mente por trás do Wilco, parece ter encontrado um jeito de acomodar seu lado de compositor de baladas pop de grande sensibilidade e força melódica com a do fã de rock experimental.
Talvez essa "união das tribos" fosse mesmo necessária, já que agora o Wilco decidiu lançar seus discos por conta própria. Ou seja, o ideal seria fazer um disco que fosse agradar o maior número possível de fãs.
Pelo visto a estratégia funcionou, já que muitos críticos saudaram o álbum como um "retorno à velha forma", o que é uma bobagem já que o grupo jamais lançou nenhum disco sem um padrão mínimo de qualidade.
"The Whole Love" mostra mais uma vez que se existe uma banda confiável nos dias de hoje ela se chama Wilco. Se você nunca os ouviu pode começar por aqui. Se gostar pode ir atrás de toda a discografia da banda que o prazer está mais do que garantido.
Entre os artistas mais populares, ainda tivemos os álbuns da banda Lady Antebellum e da cantora Dev.
Alguns nomes clássicos da música também marcam presença no especial. Mick Jagger e seu supergrupo SuperHeavy também lançaram seu disco de estreia e ainda tivemos o disco "Duets II" da lenda do jazz Tony Bennett.
Veja a seguir os principais lançamentos de setembro:
Demi Lovato - "Unbroken"
Após passar por uma fase de inferno astral, envolvendo episódios de fúria e problemas sérios de bulimia e auto-mutilação, Demi Lovato finalmente mostra sinais de recuperação.
A cantora de apenas 19 anos finalmente pôde voltar às manchetes por causa de seu trabalho. "Unbroken" colocou a garota no top 5 americano e conta com as contribuições valiosas de gente já veterana como Missy Elliott, Timbaland e também de novatos como a de Dev e Jason Derulo.
A crítica também aprovou a escolha de Demi que preferiu abrir mão do pop pegajoso tipicamente feito pelas estrelas da Disney para se aventurar por terrenos musicais mais maduros. Isso sem abrir mão da sonoridade pop que lhe é peculiar.
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blink-182 - "Neighborhoods"
O blink-182 lançou um novo disco de estúdio depois de oito anos sem músicas novas. Depois do grupo se reunir novamente para uma extensa turnê pela Europa e Estados Unidos, Mark, Tom e Travis voltaram ao estúdio e lançaram "Neighborhoods".
Esse é o sexto álbum da carreira dos californianos e mostra a banda fazendo um som que poderá agradar até os mais antigos fãs do grupo, como mostra a faixa "Heart's All Gone". Porém, o disco parece uma continuação do trabalho anterior, "Blink-182".
A banda já lançou duas músicas de trabalho: "Up All Night" (que já ganhou clipe) e "After Midnight". O disco ainda conta com uma versão deluxe com 4 faixas a mais.
A banda foi muito bem nas paradas conseguindo as primeiras colocações em vários países. Nos Estados Unidos, o trio californiano chegou à segunda colocação na parada de discos e no Reino Unido ficou no sexto lugar.
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Lady Antebellum - "Own The Night"
Hoje o grupo mais famoso da música country no mundo, o trio Lady Antebellum lançou seu terceiro disco, "Own The Night". E mesmo não agradando todos os críticos, a banda agradou o público mais uma vez conseguindo as primeiras colocações das paradas mundiais.
O Lady Antebellum já tem duas músicas de trabalho: "Just a Kiss" e "We Owned The Night". As faixas trazem a sonoridade pela qual a banda fez a banda fez sucesso.
O trio de Nashville mostrou sua força nas paradas mundiais com uma ótima estreia. Nos Estados Unidos e Canadá conseguiu a primeira colocação, no Reino Unido a quarta posição e a quinta posição na Austrália.
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Dev - "The Night The Sun Came Up"
A cantora Dev é uma das grandes revelações da música eletrônica. Para quem não a conhece, ela é a voz do refrão do grande sucesso "Like a G6 (feat. The Cataracs, Dev)" do grupo Far East Movement.
Para esse trabalho de estreia, a jovem cantora de 22 anos contou com os seus grandes parceiros, a dupla de produtores The Cataracs. O álbum traz ótimas músicas para embalar as pistas, como "In The Dark" e "Bass Down Low (feat. The Cataracs)".
Porém, se você acha que só vai encontrar músicas para dançar, Dev também mostra que pode fazer baladas muito bem, como mostra em "Perfect Match".
A versão deluxe do álbum ainda traz as participações especiais dos rappers Tinie Tempah e Flo Rida.
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Pearl Jam - "Pearl Jam Twenty"
Comemorando seus vinte anos de carreira, a banda Pearl Jam lançou a trilha sonora para o documentário sobre sua história "Pearl Jam Twenty". O disco traz apresentações ao vivo de alguns de seus maiores sucessos.
Para os fãs que esperavam mais um material inédito, a trilha sonora traz 29 músicas, incluindo shows, demos de estúdio, covers e até faixas instrumentais de algumas de suas músicas. Para quem não conhece o quinteto que é um dos precursores do cenário grunge, o disco mostra canções de todas as fases da banda de Seattle.
"Pearl Jam Twenty" foi muito bem nas paradas dos Estados Unidos. Na lista de discos de trilha sonora chegou ao tipo, enquanto na parada de discos de rock ficou na segunda colocação.
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Jason Derulo - "Future History"
Uma das revelações do R&B e da música pop norte americana, Jason Derulo lançou seu segundo álbum, "Future History". O cantor manteve a sonoridade do disco anterior, o que deve agradar seus fãs.
O disco teve duas músicas de trabalho até agora. A faixa "Don't Wanna Go Home" foi muito bem e conseguiu chegar às primeiras colocações das paradas norte americanas.
Outro destaque, a faixa "Fight For You" tem uma sonoridade mais pop e também teve bom desempenho nas paradas.
Derulo não foi tão bem nas paradas de álbuns. Nos Estados Unidos, chegou à 29ª colocação e seu melhor desempenho foi na Austrália onde chegou ao 11º lugar entre os discos mais vendidos.
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Cody Simpson" - "Coast To Coast (EP)"
O cantor australiano Cody Simpson lançou seu segundo EP, intitulado "Coast To Coast". Ao ouvir a primeira faixa, "Good As It Gets", fica clara a influência de artistas como Justin Timberlake no trabalho do cantor de apenas 14 anos.
Mais um prodígio da música pop, Simpson também começou a ficar conhecido com vídeos gravados pelo Youtube, assim como fez o canadense Justin Bieber. O cantor foi contratado pela Atlantic e se mudou com a família para Los Angeles, onde começou a trabalho com o produtor Shawn Campbell, vencedor do Grammy.
Neste trabalho, Cody Simpson ajudou a compor duas músicas, "All Day" e "Angel".
Apesar de ser um EP, "Coast To Coast" teve um ótimo desempenho na parada de álbuns dos Estados Unidos. Simpson estreou na 12ª colocação, com mais de 25 mil cópias vendidas.
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Bush - "The Sea of Memories"
Lembram do Bush? Aquela banda britânica que fez muito sucesso nos EUA na década de 90 e que por causa deste "pecado" se tornou uma das vítimas favoritas da crítica inglesa?
Pois bem, após dez anos o grupo do "senhor Gwen Stefani" Gavin Rossdale está de volta, ainda que da formação original apenas ele e o baterista Robin Goodridge sigam no barco.
"The Sea of Memories" é o quinto álbum da banda de "pós grunge" e traz de volta o som que embalou tantos adolescentes dos anos 90.
A boa surpresa é descobrir como eles ainda são queridos. "The Sea of Memories" chegou no top 20 americano e os singles foram bem aceitos pelas rádios rock de lá. Até a crítica recebeu o disco com simpatia. O AllMusic Guide por exemplo deu quatro estrelas para o trabalho e disse que esse é provavelmente o melhor álbum de toda a carreira deles.
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SuperHeavy - "SuperHeavy"
Apesar do nome o SuperHeavy (SuperPesado) tá mais para SuperLeve. A megabanda que junta Mick Jagger, Joss Stone, Damian Marley o ex-Eurythmics Dave Stewart e o oscarizado A.R. Rahman entregou um disco onde cada um de seus membros faz exatamente o que se espera deles (Joss canta suas melodias soul/pop, Jagger preenche os espaços com seu sotaque carregado, Damian faz toasts e assim por diante), quando talvez fosse mais divertido vê-los afastados de sua zona de atuação.
Ainda assim o disco de estreia homônimo do grupo é no mínimo divertido com seu clima praiano e para cima, especialmente por conta do forte acento de reggae que permeia boa parte do trabalho.
A dúvida que fica é se esse será um projeto único ou se eles irão sentir a vontade de se juntar para mais uma rodada.
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Hugh Laurie - "Let Them Talk"
E não é que o "Doutor House" se saiu um belo cantor de blues? Para quem não sabe o ator, que começou fazendo humor, é um grande aficionado do gênero o que de cara afasta esse álbum da sina do "disco de ator que no fundo queria ser cantor".
No propriamente intitulado "Let them talk" ("Deixa eles falarem"), Hugh Laurie não cai nas armadilhas tão fáceis nesse tipo de projeto (uma baladinha pra virar clipe, um dueto com alguma estrela do momento, produtor de grife para deixar a música prontinha para as rádios...). Ao invés disso, ele se ateve à sua proposta original de gravar apenas clássicos do blues - boa parte deles bem obscuros até para os mais sérios colecionadores.
Auxiliando o ator/cantor que também toca guitarra e piano, está uma lista de respeito que vai do venerando Tom Jones até a nata da cena de Nova Orleans (Dr. John, Allen Toussaint e Irmas Thomas). Todos eles estão presentes dando um toque de autenticidade e sofisticação para essa bela empreitada.
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Tony Bennett - "Duets II"
A ideia de duetos juntando um nomes surgidos antes da era do rock com astros do pop não é nem de longe uma novidade. O próprio Elvis chegou a aparecer na televisão com Frank Sinatra ainda nos anos 60.
Mas as gravadoras só perceberam que essa era uma área a ser explorada quando a faixa mais bem sucedida artística e comercialmente do álbum de duetos lançado por Frank Sinatra em 1994 foi justamente a união dele com Bono do U2.
Tony Bennett que por anos foi conhecido como a segunda melhor voz do mundo (sendo de Sinatra a maior) lançou o primeiro volume de seu discos de parcerias em 2006 com grande sucesso. Ali ele dividiu o microfone com nomes do universo pop, mas na maioria esses também eram veteranos (Elton John, Paul McCartney, Stevie Wonder...).
Para o segundo volume os produtores tiveram a sacada de colocá-lo também ao lado de vários nomes do momento. E foi assim que Lady Gaga, Amy Winehouse (em sua derradeira gravação) e John Mayer acabaram no disco ao lado de outros artistas mais novos mas que definitivamente têm um pé na tradição da música americana (Michael Bublé, Norah Jones, Kd Lang...).
O público pelo visto aprovou o resultado e fez de Tony Bennett aos 85 anos a pessoa mais velha a chegar ao topo da Billboard.
A crítica costuma reclamar desse tipo de disco, taxando-o de mero caça-níqueis. Mas só o fato dele fazer com que os mais jovens tomem conhecimento com o rico e vasto cancioneiro americano, já deveria ser motivo mais do que suficiente para a existência de álbuns como esse.
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Kasabian - "Velociraptor!"
O Kasabian é mais uma daquelas bandas que são enormes na Inglaterra, Japão e pela Europa mas solenemente ignoradas na América (e por consequência no Brasil). O que é uma pena porque o grupo de Sergio Pizzorno segue melhorando a cada disco e mostrando uma música cada vez mais potente.
Se na Inglaterra "Velociraptor!" estreou direto no número 1 vendendo 90 mil cópias em uma semana, nos EUA a gravadora sequer se preocupou em divulgar o disco, que não entrou nem no top 200 de lá.
Para quem acha que um trabalho para ser bom não precisa do aval das paradas "Velociraptor!" é o disco, que estará certamente presente em boa parte das listas de "melhores de 2011" quando essas começarem a ser divulgadas.
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Alice Cooper - "Welcome 2 My Nightmare"
O pai do rock teatral lança mais um disco. Mas esse não se trata do típico álbum de veterano que apenas coloca mais um trabalho na praça para justificar outra turnê de hits.
Sim, é fato que há tempos Alice Cooper não lança um trabalho de fato digno de seu incomparável passado e o grosso de seu show ainda é formado pelas obras-primas feitas entre 1969 e 1973. Mas se você fã de hard rock vale dar uma chance pro novo álbum da velha tia (como ele era chamado por aqui nos anos 70).
"Welcome 2 My Nightmare" é a sequência de "Welcome to My nightmare", o primeiro álbum solo dele lançado em 1975 (antes o "Alice Cooper" era uma banda que levava o nome de seu líder, assim como em "Bon Jovi" ou "Van Halen").
Alice novamente pensou em um "álbum com historinha" e trouxe de volta o pessoal que trabalhou com ele há 30 anos ou mais. Estão aqui o produtor Bob Ezrin trazendo todo o drama que caracteriza seus trabalhos, os músicos que faziam parte da banda original, além de gente como Rob Zombie e até Ke$ha que faz um dueto em "What Baby Wants (feat. Ke$ha)".
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The Kooks - "Junk of the Heart"
O quarteto indie que causou algum barulho em meados da década passada lança "Junk of The Haert" após três anos longe dos estúdios.
A questão agora é saber se eles não demoraram um pouco demais para voltar a dar as caras, já que hoje em dia o mundo da música pop se move com grande velocidade e não convém ficar muito tempo parado.
"Junk of the Heart" foi recebido com certa frieza pela crítica e também ainda não emplacou com o grande público, mesmo tendo chegado ao décimo lugar na parada inglesa.
Será que ainda há futuro para os Kooks? Só o tempo irá dizer, mas ainda vale a pena dar algum crédito para a banda que segue com grande habilidade na arte de criar boas canções pop.
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Blondie - "Panic of Girls"
Há oito anos sem lançar disco de inéditas o Blondie finalmente gravou mais algumas canções para serem tocadas entre os clássicos sucessos que fizeram deles uma das maiores bandas de toda a história.
Debbie Harry e seus companheiros bolaram todo um esquema para o lançamento de "Panic of Girls", incluindo uma edição toda especial acompanhada de revista, bottons e mais outros mimos.
Infelizmente a estratégia não se refletiu nas vendas. O disco não passou do número 75 na parada inglesa e sequer pontuou na parada americana. Algo complicado de qualquer forma para um disco lançado sem o apoio de uma gravadora de porte.
A crítica também não se entusiasmou muito. A maioria as resenhas foram neutras ou mesmo negativas. "Panic of Girls" obviamente não é um clássico como "Parallel Lines" de 1978 mas certamente tem seus momentos que os fãs da boa música pop saberão garimpar.
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Switchfoot - "Vice Verses"
Caso raro de banda que começa no mercado de música religiosa e consegue penetrar no mainstream, o Switchfoot chega ao seu oitavo álbum.
"Vice Verses" gira em torno de um tema bastante comum na literatura, nos textos sagrados e também nas histórias em quadrinhos, a de que toda bênção carrega em si também uma maldição. A partir desta ideia a banda compôs uma série de canções onde boa parte da ênfase foi colocada na sessão rítmica da banda.
"Vice Verses" é mais um álbum bem sucedido da banda e se mostrou um sucesso tanto no mercado cristão onde disco ficou em primeiro lugar na parada religiosa quanto no secular, onde eles emplacaram um respeitoso oitavo lugar no top 200 da Billboard.
Como esse álbum o Switchfoot prova novamente que é possível sim unir esses dois meios aparentemente inconciliáveis se sua música é forte o bastante.
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Laura Marling - "A Creature I Don't Know"
Deve ter alguma coisa na água da Inglaterra que anda causando o desenvolvimento precoce de certas cantoras. Tome o exemplo de Laura Marling que nasceu em 1990 e já está em seu terceiro álbum.
A maior surpresa é ver que Marling não faz nem pop radiofônico teen e muito menos se enveredou pela soul music, as duas áreas em que as cantoras de hoje mais se destacam.
A onda de Laura Marling é outra e passa pela música folk com tinturas de jazz e influências de Tori Amos, Leonard Cohen e Fiona Apple.
"A Creature I Don't know" ainda não foi lançado nos EUA e muito menos no Brasil, apesar de Marling já ter se apresentado por aqui. Mas na Inglaterra ela está com tudo. Por lá o álbum chegou no top 5 e já ganhou disco de prata. Nada mal para um trabalho tão peculiar que não compactua em nada com as fórmulas do sucesso das rádios e paradas de sucesso.
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O Teatro Mágico - "A Sociedade do Espetáculo"
"A Sociedade do Espetáculo" é o mais novo trabalho da trupe de Fernando Anitelli que conquistou um público fiel e fanático graças à sua mistura de pop, rock, mpb e folk com letras poéticas.
O fato é que o Teatro Mágico só mostra seu real sentido em cima do palco, onde as canções ganham forte apelo visual e cênico. Desse jeito a melhor maneira de tratar esse álbum é como uma espécie de trilha-sonora para o show da banda onde a plateia é parte fundamental do espetáculo.
A essa altura é certo falar que os fãs já ouviram bastante esse álbum, até porque ele foi disponibilizado para download gratuito (ele também saiu em formato físico, incluindo uma edição de luxo). Logo também podemos afirmar que eles já estão com todas essas músicas na ponta da língua para serem entoadas no próximo show deles.
Para os que ainda não estão entre os "raros" - como os fãs do Teatro são chamados - vale a pena ouvir algumas músicas desse álbum. Se gostar é bem provável que logo você também esteja engrossando o coro nas próximas apresentações da banda.
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Wilco - "The Whole Love"
Nesse álbum Jeff Tweedy, a mente por trás do Wilco, parece ter encontrado um jeito de acomodar seu lado de compositor de baladas pop de grande sensibilidade e força melódica com a do fã de rock experimental.
Talvez essa "união das tribos" fosse mesmo necessária, já que agora o Wilco decidiu lançar seus discos por conta própria. Ou seja, o ideal seria fazer um disco que fosse agradar o maior número possível de fãs.
Pelo visto a estratégia funcionou, já que muitos críticos saudaram o álbum como um "retorno à velha forma", o que é uma bobagem já que o grupo jamais lançou nenhum disco sem um padrão mínimo de qualidade.
"The Whole Love" mostra mais uma vez que se existe uma banda confiável nos dias de hoje ela se chama Wilco. Se você nunca os ouviu pode começar por aqui. Se gostar pode ir atrás de toda a discografia da banda que o prazer está mais do que garantido.