Em suas três edições o Rock in Rio já foi responsável por vários shows antológicos. Artistas no auge, carreiras que deslancharam, outras que renasceram, lendas que nunca tinham tocado no país - e também alguns erros de percurso, claro - tudo isso foi conferido por milhões de pessoas ao vivo ou pela televisão.
Faltando menos de um mês para a quarta edição do festival o Vagalume começa a publicar uma série de matérias especias relembrando alguns dos maiores momentos - e outros nem tanto - do festival.
Começamos lembrando cinco dos shows internacionais que mais marcaram o evento.
Claro que muitas apresentações ótimas ficaram de fora (Iron Maiden e AC/DC em 1985, Prince e George Michael em 1991 ou Neil Young e Foo Fighters em 2001 por exemplo). Mas esses cinco vídeos com certeza matarão as saudades dos mais velhos e irão aguçar a curiosidade dos novatos.
Divirtam-se e não deixem de dizer qual artista que irá se apresentar no Rock in Rio 2011 que tem tudo pra fazer um show digno de entrar para essa galeria.
Queen - Rock in Rio 1 - 1985
Provavelmente o show mais inesquecível entre todos os que já aconteceram no festival", o Queen foi a maior atração do primeiro Rock in Rio em 1985. Foi a presença da banda e Freddie Mercury que garantiu a realização do festival. Segundo Roberto Medina quase ninguém estava topando se apresentar por causa da péssima fama que o Brasil gozava no exterior com histórias de equipamento roubado e cachês não pagos. O aval de uma banda como o Queen fez com os outros artistas também topassem se apresentar. Quem foi não se esquece da emoção de ouvir We Are The Champions e Love Of My Life ao vivo.
James Taylor - Rock in Rio 1 - 1985
Outro show muito lembrado do primeiro Rock in Rio foi o de James Taylor. Com a carreira em baixa ele até pensava em abandonar a vida artística quando aceitou se apresentar no Rio. Curiosamente ele nem foi o headliner da "noite romântica" do festival (a honra coube ao jazzista pop George Benson). Ao entrar no palco Taylor foi surpreendido por uma multidão ávida por sua música que transformou o show em uma grande celebração ainda que tardia do espírito hippie. Na semana seguinte George Benson pediu para que ele fechasse a noite. James Taylor logo recuperou sua auto-estima e no ano seguinte compôs Only a Dream In Rio.
Faith No More - Rock in Rio 2 - 1991
Domingo 20 de janeiro de 1991. Uma data que ainda está na cabeça de milhares de brasileiros e também dos cinco americanos do Faith No More. A banda internacional que recebeu o menor cachê deixou o país consagrada. Os especialistas já apontavam que o grupo tinha tudo para fazer um dos melhores shows do segundo Rock in Rio com sua mistura de metal, punk, funk, pop e progressivo. Tocando na data mais aguardada do festival, junto com o Guns n' Roses, o FNM chegou sem maiores pretensões, mas foi ganhando o público. Quando chegou a hora do sucesso Epic o Maracanã, com o perdão do clichê, veio abaixo.
Guns 'N Roses - Rock in Rio 2 - 1991
Em 1991 os palcos do Brasil já recebiam artistas internacionais com certa frequência, mas os nomes de primeiríssimo escalão ainda eram raros. Por isso a vinda do Guns 'N Roses causou uma fissura enorme. Ainda mais quando os shows (foram dois) marcariam a volta de Axl, Slash e cia. aos palcos após um bom tempo longe deles e com a promessa de tocarem faixas do ainda inédito Use Your Illusion. O Maracanã ficou tão lotado que até gente com ingresso na mão ficou de fora. Quem entrou pôde ver uma banda no auge tocando sucessos, futuros hits (como You Could Be Mine) e canções que se tornaram clássicas.
R.E.M. - Rock in Rio 3 - 2001
Em 2001 o Rock in Rio era só mais um festival com grandes nomes no nosso calendário. Ainda que menos revolucionário que as edições anteriores ele também teve uma das melhores escalações com Foo Fighters, Neil Young, Oasis, Britney Spears e Iron Maiden garantindo alguma coisa interessante para quase todos os públicos. Os sábados por tradição costumam ser os dias com os maiores públicos (tirando esse ano quando todos os dias estão com lotação máxima) e naquele dia 13 de janeiro uma multidão soube que o que o R.E.M. tinha muito mais a oferecer que apenas Losing My Religion.