Por Leandro Saueia
Demorou mas finalmente John Fogerty chegou ao Brasil. Curiosamente o público brasileiro (que viabiliza um grande número de "Creedences cover" e até acolhe o tal "Creedence Revisited" formado pelos ex-membros "menos nobres" da banda) não correu alucinadamente atrás dos ingressos.
Será que faltou fazer mais propaganda que deixasse bem claro que Fogerty era o produtor, compositor, cantor e a alma do Creedence? Mas aos poucos o Credicard Hall foi enchendo e se não chegou a abarrotar ficou com uma lotação aceitável.
A plateia estava bastante eclética e variada, com jovens, algumas crianças, vários "roqueiros das antigas" e uma saudável presença de gente da terceira idade, com uma grande presença de sessentões e até setentões circulando pelo público.
20 minutos após o horário previsto John Fogerty subiu ao palco e com Hey, Tonight deu início a uma sequência de cerca de vinte e cinco músicas tocadas com peso e paixão que quem viu não vai se esquecer tão cedo.
Fogerty celebra no palco não só a força do rock 'n' roll puro e sem firulas, mas mostra que quando se tem um grande repertório, carisma e bons músicos todo o resto - telões, coreografias, cenário - é dispensável. e como deu gosto vê-lo ali com quase 66 anos todo alegre indo de lá pra cá, cumprimentando o público e cantando com a voz intacta todos aqueles clássicos criados quando ele tinha pouco mais de 20 anos e resolveu fazer rock como se fazia "antigamente".
Depois disso o bis com Rockin' All Over the World e, claro, Proud Mary chegou a ser covardia. O público urrou por mais uma volta e Fogerty entregou Travelin' Band em versão gritada e urgente.
Ausências? Talvez Effigy ou Wrote A Song For Everyone, mas nada que possa ter tirado o brilho dessa noite, uma verdadeira celebração a um dos maiores picos de criatividade que já se viu (basicamente tudo o que se ouviu no show foi gravado em dois anos e meio época em que o Creedence lançou seis discos e emplacou cerca de uma dezena de compactos no top 10 americano.
John Fogerty se apresenta pela última vez no Brasil nessa terça no mesmo Credicard Hall. Se rock'n'roll é a sua praia não deve pintar outro show melhor por aqui em 2011.
Rafael Koch Rossi
Demorou mas finalmente John Fogerty chegou ao Brasil. Curiosamente o público brasileiro (que viabiliza um grande número de "Creedences cover" e até acolhe o tal "Creedence Revisited" formado pelos ex-membros "menos nobres" da banda) não correu alucinadamente atrás dos ingressos.
Será que faltou fazer mais propaganda que deixasse bem claro que Fogerty era o produtor, compositor, cantor e a alma do Creedence? Mas aos poucos o Credicard Hall foi enchendo e se não chegou a abarrotar ficou com uma lotação aceitável.
A plateia estava bastante eclética e variada, com jovens, algumas crianças, vários "roqueiros das antigas" e uma saudável presença de gente da terceira idade, com uma grande presença de sessentões e até setentões circulando pelo público.
20 minutos após o horário previsto John Fogerty subiu ao palco e com Hey, Tonight deu início a uma sequência de cerca de vinte e cinco músicas tocadas com peso e paixão que quem viu não vai se esquecer tão cedo.
Rafael Koch Rossi
Com sua camisa de flanela xadrez e cinco músicos de apoio John saiu tocando clássico atrás de clássico de sua ex-banda, entre originais e covers celebrizadas pelo grupo como Susie Q ou I Put A Spell On You. Aqui e acolá entraram algumas canções de sua carreira solo (incluindo o hit dos anos 80 The Old Man Down the Road que levou-lhe a ser porcessado por se "auto-plagiar")Fogerty celebra no palco não só a força do rock 'n' roll puro e sem firulas, mas mostra que quando se tem um grande repertório, carisma e bons músicos todo o resto - telões, coreografias, cenário - é dispensável. e como deu gosto vê-lo ali com quase 66 anos todo alegre indo de lá pra cá, cumprimentando o público e cantando com a voz intacta todos aqueles clássicos criados quando ele tinha pouco mais de 20 anos e resolveu fazer rock como se fazia "antigamente".
Rafael Koch Rossi
Destaques? Difícil dizer, mas Who'll Stop The Rain que ele contou ter sido composta depois do show da banda em Woodstock (que ficou de fora do filme), Lodi e Born On The Bayou foram das que mais arrepiram, assim como a passagem instrumental de . Have You Ever Seen The Rain? foi dedicada para as mães, já que era o dia delas, e levou muita gente às lágrimas e o que dizer do final com Fortunate Son? Que ali naquele momento soou como a maior canção já escrita?Depois disso o bis com Rockin' All Over the World e, claro, Proud Mary chegou a ser covardia. O público urrou por mais uma volta e Fogerty entregou Travelin' Band em versão gritada e urgente.
Ausências? Talvez Effigy ou Wrote A Song For Everyone, mas nada que possa ter tirado o brilho dessa noite, uma verdadeira celebração a um dos maiores picos de criatividade que já se viu (basicamente tudo o que se ouviu no show foi gravado em dois anos e meio época em que o Creedence lançou seis discos e emplacou cerca de uma dezena de compactos no top 10 americano.
John Fogerty se apresenta pela última vez no Brasil nessa terça no mesmo Credicard Hall. Se rock'n'roll é a sua praia não deve pintar outro show melhor por aqui em 2011.