O mundo do rock adora criar lendas. O comportamento de muitos artistas contribui bastante para isso. Mas existem alguns artistas que realmente cruzaram certos limites em nome de sua arte. O 5 discos de hoje fala de alguns nomes que deixaram sua marca na história mas pagaram um caro preço por isso.
King of the Delta Blues Singers - Robert Johnson - 1937 - Na música não deve haver mistério maior que o de Robert Johnson. Ainda hoje é difícil separar a verdade da mitologia. Diz-se que ele fez um pacto com o demônio em uma encruzilhada e daí ganhou seu dom incomparável para tocar violão (sozinho ele conseguia soar como dois instrumentistas). O preço a ser pago foi morrer em 1938 com apenas 27 anos a idade mítica pra se morrer no rock vide Jim Morrison, Janis Joplin, Kurt Cobain) envenenado por um marido ciumento. Foi essa história que cativou uma série de jovens músicos que mudariam o mundo posteriormente: Rolling Stones, Led Zepellin, Eric Clapton e basicamente todos roqueiros que se apaixonaram pelo blues a partir dos anos 60. Johnson só deixou 29 canções (16 estão nesse álbum) e duas fotos e deve ser a única pessoa no mundo a ter três túmulos.
Piper at the Gates of Dawn - Pink Floyd - 1967 - Antes de se tornar uma das maiores bandas da história nas maõs de Roger Waters, o Floyd era a banda de Syd Barret. No começo da banda ele dava as cartas compondo os primeiros singles como See Emily Play e a quase totalidade desse primeiro disco. Infelizmente Barret já tinha propensão a desenvolver doenças mentais, algo que o uso indiscriminado de LSD acabou por desencadear. Syd foi assim ficando cada vez mais ausente. Em 1968 ele acabou expulso de sua própria banda. Seus antigos colegas o ajudaram a gravar dois discos solo, mas foi só. Em 1972 Barret sumiu de vista e voltou a morar com sua mãe. Os anos seguintes foram dedicados à pintura (e posterior destriução dos quadro) e aos acessos de fúria. Nunca mais gravou ou compôs e morreu aos 60 anos de câncer no pâncreas.
Trout Mask Replica - Captain Beefheart and His Magic Band - 1969 - Beefheart, ou Dan Van Vliet, nunca vendeu muitos discos, mas se tornou inspiração e influência para todo roqueiro chegado a maluquices em geral. As histórias sobre esse disco são inacreditáveis sobre fome forçada, violência e a tentativa deliberada de destruir a sanidade mental da sua banda durante os ensaios em uma casa isolada. O esquema funcionou já que a banda gravou todas as bases em uma sessão de seis horas. Beefheart então cantou sem usar um fone apenas ouvindo o som que vazava pelo vidro do estúdio. Apesar de influente, obviamente o disco não é pra qualquer um (ele lançou discos mais acessíveis). Em 1982 ele abandonou a música para se dedicar às artes plásticas. Ele morreu em dezembro passado vítima de esclerose múltipla.
Bryter Layter - Nick Drake - 1970 - Outro que nos deixou cedo e novo. Drake morreu em 1974 com 26 anos, deixando apenas três álbuns e um punhado de gravações inéditas. Drake escreveu lindas e delicadas canções folk mas escondia uma personalidade introspectiva e deprimida. Tanto que apesar de muita gente acreditar em seu talento e fazer de tudo para ele estourar ele nunca conseguiu domar seus demônios. Até hoje não se sabe se sua morte foi intencional ou se a overdose de remédios foi uma fatalidade. Felizmente sua obra sobrevive principalmente porque Chris Blackwell o dono da Island (do U2 e Bob Marley) nunca deixou de acreditar no cantor e deixou seus discos sempre em catálogo fazendo com que a música dele angariasse novos fãs com o passar dos anos. Dos discos dessa lista ele é facilmente o de mais fácil assimilação.
There's A Riot Going On - Sly and the Family Stone - 1971 No fim dos anos 60 Sly ganhou o mundo com seu som que desconhecia fronteiras de gênero e raça. Com o sucesso vieram as drogas, especialmente a cocaína e com isso a paranoia. "There's a Riot" um dos clássicos do funk e mostra bem isso. O som festivo ficou mais nervoso e opressivo. Sly praticamente gravou o disco sozinho e preferiu falar sobre a luta do povo negro e outros temas mais sérios. Supreendemte mesmo é que o disco apesar de difícil tenha chegado ao primeiro lugar das paradas e ainda empalcado um compacto, a ótima Family Affair na mesma posição. Mas dali pra frente tudo começou a ruir. Hoje em dia Sly Stone tenta reaver os direitos de suas canções, que eram de propriedade de Michael Jackson. Seus raros shows são sempre embaraçosos e não ajudam em nada a sua lenda.
King of the Delta Blues Singers - Robert Johnson - 1937 - Na música não deve haver mistério maior que o de Robert Johnson. Ainda hoje é difícil separar a verdade da mitologia. Diz-se que ele fez um pacto com o demônio em uma encruzilhada e daí ganhou seu dom incomparável para tocar violão (sozinho ele conseguia soar como dois instrumentistas). O preço a ser pago foi morrer em 1938 com apenas 27 anos a idade mítica pra se morrer no rock vide Jim Morrison, Janis Joplin, Kurt Cobain) envenenado por um marido ciumento. Foi essa história que cativou uma série de jovens músicos que mudariam o mundo posteriormente: Rolling Stones, Led Zepellin, Eric Clapton e basicamente todos roqueiros que se apaixonaram pelo blues a partir dos anos 60. Johnson só deixou 29 canções (16 estão nesse álbum) e duas fotos e deve ser a única pessoa no mundo a ter três túmulos.
Piper at the Gates of Dawn - Pink Floyd - 1967 - Antes de se tornar uma das maiores bandas da história nas maõs de Roger Waters, o Floyd era a banda de Syd Barret. No começo da banda ele dava as cartas compondo os primeiros singles como See Emily Play e a quase totalidade desse primeiro disco. Infelizmente Barret já tinha propensão a desenvolver doenças mentais, algo que o uso indiscriminado de LSD acabou por desencadear. Syd foi assim ficando cada vez mais ausente. Em 1968 ele acabou expulso de sua própria banda. Seus antigos colegas o ajudaram a gravar dois discos solo, mas foi só. Em 1972 Barret sumiu de vista e voltou a morar com sua mãe. Os anos seguintes foram dedicados à pintura (e posterior destriução dos quadro) e aos acessos de fúria. Nunca mais gravou ou compôs e morreu aos 60 anos de câncer no pâncreas.
Trout Mask Replica - Captain Beefheart and His Magic Band - 1969 - Beefheart, ou Dan Van Vliet, nunca vendeu muitos discos, mas se tornou inspiração e influência para todo roqueiro chegado a maluquices em geral. As histórias sobre esse disco são inacreditáveis sobre fome forçada, violência e a tentativa deliberada de destruir a sanidade mental da sua banda durante os ensaios em uma casa isolada. O esquema funcionou já que a banda gravou todas as bases em uma sessão de seis horas. Beefheart então cantou sem usar um fone apenas ouvindo o som que vazava pelo vidro do estúdio. Apesar de influente, obviamente o disco não é pra qualquer um (ele lançou discos mais acessíveis). Em 1982 ele abandonou a música para se dedicar às artes plásticas. Ele morreu em dezembro passado vítima de esclerose múltipla.
Bryter Layter - Nick Drake - 1970 - Outro que nos deixou cedo e novo. Drake morreu em 1974 com 26 anos, deixando apenas três álbuns e um punhado de gravações inéditas. Drake escreveu lindas e delicadas canções folk mas escondia uma personalidade introspectiva e deprimida. Tanto que apesar de muita gente acreditar em seu talento e fazer de tudo para ele estourar ele nunca conseguiu domar seus demônios. Até hoje não se sabe se sua morte foi intencional ou se a overdose de remédios foi uma fatalidade. Felizmente sua obra sobrevive principalmente porque Chris Blackwell o dono da Island (do U2 e Bob Marley) nunca deixou de acreditar no cantor e deixou seus discos sempre em catálogo fazendo com que a música dele angariasse novos fãs com o passar dos anos. Dos discos dessa lista ele é facilmente o de mais fácil assimilação.
There's A Riot Going On - Sly and the Family Stone - 1971 No fim dos anos 60 Sly ganhou o mundo com seu som que desconhecia fronteiras de gênero e raça. Com o sucesso vieram as drogas, especialmente a cocaína e com isso a paranoia. "There's a Riot" um dos clássicos do funk e mostra bem isso. O som festivo ficou mais nervoso e opressivo. Sly praticamente gravou o disco sozinho e preferiu falar sobre a luta do povo negro e outros temas mais sérios. Supreendemte mesmo é que o disco apesar de difícil tenha chegado ao primeiro lugar das paradas e ainda empalcado um compacto, a ótima Family Affair na mesma posição. Mas dali pra frente tudo começou a ruir. Hoje em dia Sly Stone tenta reaver os direitos de suas canções, que eram de propriedade de Michael Jackson. Seus raros shows são sempre embaraçosos e não ajudam em nada a sua lenda.