Continuamos com mais uma parte da nossa série sobre os grandes discos do pop. Hoje seguimos falando dos anos 80. Semana passada lembramos de algumas bandas de rock fundamentais da época e hoje lembraremos de cinco discos que arrebentaram vendendo milhões e milhões de cópias. Antes que vocês percebma algumas ausências, lembramos que Michael Jackson e Prince serão comentados semana que vem quando fechamos mais essa etapa e que Madonna estará presente em um especial posterior englobando as melhores coletâneas já lançadas.
Back in Black - AC/DC - 1980 - Em 1979 o AC/DC lançou "Highway To Hell", seu maior sucesso até então e estava prestes a ganhar o mercado americano. Foi quando o vocalista Bon Scott participou de sua derradeira noitada e acabou morto. Os irmãos Young (Angus e Malcom, ambos guitarristas e os líderes desde o começo) cogitaram acabar com tudo, mas foram demovidos da ideia pelos pais de Bon. Rapidamente eles contataram Brian Johnson, que Scott admirava, e sem esperar muito foram pro estúdio. A capa, a faixa título e Hells Bells trazima sinais de luto; mas o choro parou por aí, porque no resto do disco a banda seguiu fazendo que sabia melhor: rock sujo, pesado, farreado e politicamente incorreto. O público adorou e fez desse o segundo disco mais vendido de todos os tempos, com 49 milhões de cópias, 22 milhões delas nos EUA.
Synchronicity - The Police - 1983 - Se na Inglaterra eles eram vistos com certa desconfiança pela imprensa, no resto do mundo Sting, Andy Summers e Stewart Copeland eram sinônimos de frescor. O trio, tecnicamente impecável, criou um som único que agradava ouvintes de rádio e os roqueiros fossem eles mais antenados ou da velha guarda. "Synchronicity "foi o último disco do grupo e o que mais vendeu (foram mais de 8 milhões de cópias nos EUA). Críticos e fãs se dividem em relação a ele, com alguns achando que a simplicidade dos três primeiros álbuns se perdeu e outros achando que essa era a evolução natural da banda. O fato é que mesmo com suas derrapadas (Mother) o disco ainda sobrevive por conta de seus singles inesquecíveis Synchronicity II, King Of Pain, Wrapped Around Your Finger e, claro, Every Breath You Take.
Born in the U.S.A. - Bruce Springsteen - 1984 - Em 1984 Springsteen já era um músico de sucesso. Desde 1975 quando seu terceiro disco "Born to Run" o revelou ele era sinônimo de autenticidade e entrega em um rock que se mostrava cada vez mais descaracterizado. "Born in The U.S.A." elevou Bruce a um novo patamar, o de mega-estrela, e, mais para frente, mito. Ele também o tornou conhecido em outros países, Brasil incluso. É difícil entender porque esse disco cativou tantas pessoas - 30 milhões de cópias pelo mundo, já que Born in The U.S.A. é composto por rocks e baladas convencionais. O segredo está mais embaixo, na produção esmerada e de acordo com a época e segundo nos temas tratados, todos caros ao americano comum: a ressaca do Vietnã, a inocência perdida e a tristeza de perceber que sua vida não é aquela que um dia se sonhou.
The Joshua Tree - U2 - 1987 - A banda irlandesa começou sua subida rumo ao megaestrelato em 1984 com "The Unforgettable Fire". No ano seguinte, a perfomance do grupo foi uma das mais marcantes do Live Aid e em 1986 eles já estavam encabeçando uma turnê beneficente para a Anistia Internacional. Esses shows foram marcados pela volta do Police e foram vistos como uma "troca da guarda", com a tocha de maior banda do mundo sendo trocada de mãos. O passo final nessa corrente de eventos foi "The Joshua Tree", que vendeu 25 milhões de cópias pelo mundo. Joshua Tree marca o auge do interesse da banda pela América, tanto a mítica quanto a real e pega a banda sabendo dosar o experimentalismo do guitarrista The Edge e dos produtores Brian Eno e Daniel Lanois com as inclinações políticas e messiânicas de Bono.
Appetite For Destruction - Guns N' Roses - O grupo de Los Angeles, parecia pensar que ainda estava nos anos 70 com seus cabelões, jaquetas e vida desregrada. Essa atitude acabou indo de encontro aos anseios de milhões de jovens que não se conformavam com o pop e rock sem sal que então tocava nos rádios e na MTV. Tudo que eles queriam era uma banda com a selvageria e atitude certas mas que não caísse nos radicalismos de som de gueto. Foi assim que o Guns foi se tornando um dos maiores sucessos da história, ao atualizar o rock da década passada (Rolling Stones, Alice Cooper e AC/DC eram algumas referências) para a nova geração. Appetite For Destruction tão logo saiu foi parar as cabeças e até hoje continua vendendo. Ele é o maior disco de estreia de todos os tempos tendo vendido 29 milhões de cópias mundo afora.
Back in Black - AC/DC - 1980 - Em 1979 o AC/DC lançou "Highway To Hell", seu maior sucesso até então e estava prestes a ganhar o mercado americano. Foi quando o vocalista Bon Scott participou de sua derradeira noitada e acabou morto. Os irmãos Young (Angus e Malcom, ambos guitarristas e os líderes desde o começo) cogitaram acabar com tudo, mas foram demovidos da ideia pelos pais de Bon. Rapidamente eles contataram Brian Johnson, que Scott admirava, e sem esperar muito foram pro estúdio. A capa, a faixa título e Hells Bells trazima sinais de luto; mas o choro parou por aí, porque no resto do disco a banda seguiu fazendo que sabia melhor: rock sujo, pesado, farreado e politicamente incorreto. O público adorou e fez desse o segundo disco mais vendido de todos os tempos, com 49 milhões de cópias, 22 milhões delas nos EUA.
Synchronicity - The Police - 1983 - Se na Inglaterra eles eram vistos com certa desconfiança pela imprensa, no resto do mundo Sting, Andy Summers e Stewart Copeland eram sinônimos de frescor. O trio, tecnicamente impecável, criou um som único que agradava ouvintes de rádio e os roqueiros fossem eles mais antenados ou da velha guarda. "Synchronicity "foi o último disco do grupo e o que mais vendeu (foram mais de 8 milhões de cópias nos EUA). Críticos e fãs se dividem em relação a ele, com alguns achando que a simplicidade dos três primeiros álbuns se perdeu e outros achando que essa era a evolução natural da banda. O fato é que mesmo com suas derrapadas (Mother) o disco ainda sobrevive por conta de seus singles inesquecíveis Synchronicity II, King Of Pain, Wrapped Around Your Finger e, claro, Every Breath You Take.
Born in the U.S.A. - Bruce Springsteen - 1984 - Em 1984 Springsteen já era um músico de sucesso. Desde 1975 quando seu terceiro disco "Born to Run" o revelou ele era sinônimo de autenticidade e entrega em um rock que se mostrava cada vez mais descaracterizado. "Born in The U.S.A." elevou Bruce a um novo patamar, o de mega-estrela, e, mais para frente, mito. Ele também o tornou conhecido em outros países, Brasil incluso. É difícil entender porque esse disco cativou tantas pessoas - 30 milhões de cópias pelo mundo, já que Born in The U.S.A. é composto por rocks e baladas convencionais. O segredo está mais embaixo, na produção esmerada e de acordo com a época e segundo nos temas tratados, todos caros ao americano comum: a ressaca do Vietnã, a inocência perdida e a tristeza de perceber que sua vida não é aquela que um dia se sonhou.
The Joshua Tree - U2 - 1987 - A banda irlandesa começou sua subida rumo ao megaestrelato em 1984 com "The Unforgettable Fire". No ano seguinte, a perfomance do grupo foi uma das mais marcantes do Live Aid e em 1986 eles já estavam encabeçando uma turnê beneficente para a Anistia Internacional. Esses shows foram marcados pela volta do Police e foram vistos como uma "troca da guarda", com a tocha de maior banda do mundo sendo trocada de mãos. O passo final nessa corrente de eventos foi "The Joshua Tree", que vendeu 25 milhões de cópias pelo mundo. Joshua Tree marca o auge do interesse da banda pela América, tanto a mítica quanto a real e pega a banda sabendo dosar o experimentalismo do guitarrista The Edge e dos produtores Brian Eno e Daniel Lanois com as inclinações políticas e messiânicas de Bono.
Appetite For Destruction - Guns N' Roses - O grupo de Los Angeles, parecia pensar que ainda estava nos anos 70 com seus cabelões, jaquetas e vida desregrada. Essa atitude acabou indo de encontro aos anseios de milhões de jovens que não se conformavam com o pop e rock sem sal que então tocava nos rádios e na MTV. Tudo que eles queriam era uma banda com a selvageria e atitude certas mas que não caísse nos radicalismos de som de gueto. Foi assim que o Guns foi se tornando um dos maiores sucessos da história, ao atualizar o rock da década passada (Rolling Stones, Alice Cooper e AC/DC eram algumas referências) para a nova geração. Appetite For Destruction tão logo saiu foi parar as cabeças e até hoje continua vendendo. Ele é o maior disco de estreia de todos os tempos tendo vendido 29 milhões de cópias mundo afora.