Woodstock foi ao mesmo tempo um fim e um início. O Festival, que completa 40 anos, entrou para a história como o primeiro mega-evento da era do rock e mostrou que os jovens tinha força e poder. Porém, ele marcou o fim de uma era onde se acreditava que a paz e amor reinariam e que todos viveríamos em um mundo anti-materialista e solidário. Assim, o que era pra ser o pontapé inicial para uma nova ordem não se concretizou. Não a toa quando meses depois outro grande evento, Altamont, criado pelos Rolling Stones terminou em brigas, desordens e uma morte, o fim do "paz e amor foi decretado".
Mas Woodstock foi muito mais que isso. Os "três dias de paz e música", ainda perduram. Quando em 1970 o filme documentário foi lançado, jovens de inúmeros países que não recebiam grandes shows - incluindo o Brasil - tiveram um gostinho da coisa. Assim cenas "hippies" locais foram surgindo, quando nos Estados Unidos o clima já estava bem mais paranóico com a cocaína e a heroína tomando o lugar do que antes era LSD e maconha.
Do ponto de vista musical Woodstock também deixou sua marca. Quem viu o filme (que tinha um ainda desconhecido Martin Scorsese na equipe técnica) não se esquece de The Who, Ten years After, Jimi Hendrix e Joe Cocker.
Enfim, se alguma vez na vida você já se viu em um descampado lotado, cheio de lama, gente bêbada e um palco com diversas atrações já sabe a quem deve agradecer (ou culpar): um evento acontecido há 40 anos na cidade de Bethel (sim, apesar do nome o festival não ocorreu na cidade de Woodstock, que na época tinha virado refúgio para Bob Dylan e outros nomes de ponta do rock).
1º Dia - 15 de Agosto de 1969
O primeiro a subir ao palco foi Richie Havens e seu jeito peculiar de tocar violão usando o polegar da mão esquerda.
Richie recheou seu set com covers dos Beatles, mas o momento que ficou imortalizado , foi a canção Freedom que segundo ele foi composta no ato, ali mesmo.
O resto do dia teve ainda o filho da lenda maior do folk Woody Guthrie, Arlo Guthrie, o indiano Ravi Shankar e Joan Baez que subiu ao palco grávida de seis meses e supriu, um pouco, a ausência de Bob Dylan.
Ainda durante o dia artistas bastante influentes, ainda que pouco conhecidos, também se apresentaram, como Tim Hardin e Bert Sommer cujas performances ficaram de fora do filme do evento (no caso do primeiro aparentemente porque o show foi um desastre graças ao elevado grau de intoxicação do músico).
2° Dia - 16 de Agosto de 1969
O dia mais roqueiro do festival teve The Who tocando sua ópera-rock Tommy e o guitarrista Pete Towshend quebrando sua guitarra na cabeça do agitador político Abbie Hoffman, Sly and the Family Stone mostrando que negros e brancos podiam curtir o mesmo som com sua mistura poderosa de rock, soul, funk e psicodelia, Santana apresentando ao mundo seu rock com influência latina e, às seis da manhã, os reis do rock psicodélico Jefferson Airplane deixando todo mundo ainda mais acordado.
Houve também momentos mais calmos como John Sebastian que sequer estava escalado pra tocar (ele subiu ao palco enquanto a equipe resolvia um problema técnico)e dedicou uma canção para uma criança que acabara de nascer ali mesmo.
Outro momento que entrou para a história foi Country Joe McDonald entoando o clássico anti-guerra Feel Like I'm Fixing To Die Rag e levando as 500 mil pessoas ao êxtase.
E isso porque nem falamos de Janis Joplin, Creedence Clearwater Revival e Grateful Dead cujos shows ficaram de fora do filme original - em vários casos porque os empresários não deixaram ou porque as bandas não ficaram satisfeitas com suas performances.
Pelo menos a performance do Canned Heat ficou registrada e assim podemos ver a banda com o guitarrista Alan "Blind Owl" Wilson, que um ano depois morreu vítima de uma overdose.
3° Dia - 17 de Agosto de 1969
O último dia de Woodstock foi prejudicado pela chuva torrencial que parou a festa por quase toda a tarde. Por conta disso os shows rolaram durante toda a manhã de segunda-feira.
Os momentos mais marcantes se deram curiosamente logo no começo e no fim da maratona. Joe Cocker foi o primeiro a subir ao palco. Sua versão de With A Little Help From My Friends dos Beatles foi um dos pontos altos de Woodstock. Na verdade podemos até dizer que a imagem do cantor se esgoelando e mexendo os braços é uma das imagens mais marcantes do século 20. Na ponta final do festival estava Jimi Hendrix, que subiu ao palco quando quase todo mundo já tinha ido (ou tentado ir) embora. Esses devem estar entre as pessoas mais arrependidas do planeta, já que perderam a chance de contar pros netos que viram o guitarrista (outro que também morreria no ano seguinte) fazendo a sua emblemática execução do Hino Nacional Americano (com direito a simulação de bombas e tiros).
Entre Cocker e Hendrix o público ainda curtiu muito blues rock com Ten Years After, Paul Butterfield Blues Band e Johnny Winter, psicodelia com Country Joe and the Fish e a música inclassificável de Crosby, Stills, Nash and Young e The Band.
Mas Woodstock foi muito mais que isso. Os "três dias de paz e música", ainda perduram. Quando em 1970 o filme documentário foi lançado, jovens de inúmeros países que não recebiam grandes shows - incluindo o Brasil - tiveram um gostinho da coisa. Assim cenas "hippies" locais foram surgindo, quando nos Estados Unidos o clima já estava bem mais paranóico com a cocaína e a heroína tomando o lugar do que antes era LSD e maconha.
Do ponto de vista musical Woodstock também deixou sua marca. Quem viu o filme (que tinha um ainda desconhecido Martin Scorsese na equipe técnica) não se esquece de The Who, Ten years After, Jimi Hendrix e Joe Cocker.
Enfim, se alguma vez na vida você já se viu em um descampado lotado, cheio de lama, gente bêbada e um palco com diversas atrações já sabe a quem deve agradecer (ou culpar): um evento acontecido há 40 anos na cidade de Bethel (sim, apesar do nome o festival não ocorreu na cidade de Woodstock, que na época tinha virado refúgio para Bob Dylan e outros nomes de ponta do rock).
1º Dia - 15 de Agosto de 1969
O primeiro a subir ao palco foi Richie Havens e seu jeito peculiar de tocar violão usando o polegar da mão esquerda.
Richie recheou seu set com covers dos Beatles, mas o momento que ficou imortalizado , foi a canção Freedom que segundo ele foi composta no ato, ali mesmo.
O resto do dia teve ainda o filho da lenda maior do folk Woody Guthrie, Arlo Guthrie, o indiano Ravi Shankar e Joan Baez que subiu ao palco grávida de seis meses e supriu, um pouco, a ausência de Bob Dylan.
Ainda durante o dia artistas bastante influentes, ainda que pouco conhecidos, também se apresentaram, como Tim Hardin e Bert Sommer cujas performances ficaram de fora do filme do evento (no caso do primeiro aparentemente porque o show foi um desastre graças ao elevado grau de intoxicação do músico).
2° Dia - 16 de Agosto de 1969
O dia mais roqueiro do festival teve The Who tocando sua ópera-rock Tommy e o guitarrista Pete Towshend quebrando sua guitarra na cabeça do agitador político Abbie Hoffman, Sly and the Family Stone mostrando que negros e brancos podiam curtir o mesmo som com sua mistura poderosa de rock, soul, funk e psicodelia, Santana apresentando ao mundo seu rock com influência latina e, às seis da manhã, os reis do rock psicodélico Jefferson Airplane deixando todo mundo ainda mais acordado.
Houve também momentos mais calmos como John Sebastian que sequer estava escalado pra tocar (ele subiu ao palco enquanto a equipe resolvia um problema técnico)e dedicou uma canção para uma criança que acabara de nascer ali mesmo.
Outro momento que entrou para a história foi Country Joe McDonald entoando o clássico anti-guerra Feel Like I'm Fixing To Die Rag e levando as 500 mil pessoas ao êxtase.
E isso porque nem falamos de Janis Joplin, Creedence Clearwater Revival e Grateful Dead cujos shows ficaram de fora do filme original - em vários casos porque os empresários não deixaram ou porque as bandas não ficaram satisfeitas com suas performances.
Pelo menos a performance do Canned Heat ficou registrada e assim podemos ver a banda com o guitarrista Alan "Blind Owl" Wilson, que um ano depois morreu vítima de uma overdose.
3° Dia - 17 de Agosto de 1969
O último dia de Woodstock foi prejudicado pela chuva torrencial que parou a festa por quase toda a tarde. Por conta disso os shows rolaram durante toda a manhã de segunda-feira.
Os momentos mais marcantes se deram curiosamente logo no começo e no fim da maratona. Joe Cocker foi o primeiro a subir ao palco. Sua versão de With A Little Help From My Friends dos Beatles foi um dos pontos altos de Woodstock. Na verdade podemos até dizer que a imagem do cantor se esgoelando e mexendo os braços é uma das imagens mais marcantes do século 20. Na ponta final do festival estava Jimi Hendrix, que subiu ao palco quando quase todo mundo já tinha ido (ou tentado ir) embora. Esses devem estar entre as pessoas mais arrependidas do planeta, já que perderam a chance de contar pros netos que viram o guitarrista (outro que também morreria no ano seguinte) fazendo a sua emblemática execução do Hino Nacional Americano (com direito a simulação de bombas e tiros).
Entre Cocker e Hendrix o público ainda curtiu muito blues rock com Ten Years After, Paul Butterfield Blues Band e Johnny Winter, psicodelia com Country Joe and the Fish e a música inclassificável de Crosby, Stills, Nash and Young e The Band.