Meus heróis morreram assassinados E, desde então, todo dia é dos finados E graças a eles que meus pés se mantém firmados Nos mantemos afinados com os versos afiados Desafiados todo dia sem nada ter feito Não escolhi pagar o preço, rebeldia vem de berço É, e eu não escolhi a morte nem a cadeia Sou a mosca na sopa, não sou a mosca na teia Na veia corre o sangue, na rua escorre o sangue Sensação térmica quatro cinco, aqui todos são sangue quente O pão que o diabo amassou, já não parece tão ruim de mastigar Sentimos fome e não sabemos com o que se alimentar O que se preocupar, com o que não se preocupar A vida pode me levar a desgraça Desde que ela não seja chata Enquanto tu me taxa e aumenta as taxa Eu evito ficar eufórico, vou metafórico Catastrófico, sempre pensando merda, mas meu raciocínio é lógico Longe do padrão católico, paranoico Para nós ficou que qualquer guerra santa o resultado é diabólico Então odeie minha resposta como odeio sua pergunta Se se sentiu na dúvida é melhor continuar E eu tenho muito pra fazer, tão poucos pra me acompanhar Eu
Sinto saudade de lugares que nunca fui E de olhares que nunca olhei De portas que nunca abri De alvos que não mirei De corpos que não invadi O que eu tenho ideia é pouco pra mim, hehe! O que cê tem é ideia podre pra mim, hehe! Eu sei que o céu é o limite O que vem depois de lá ainda é um mistério pra mim
Se chorar não revolver seu problemas Se sorrir é gargalhadas das hienas Uma mistura de psicodélico com psicopata Bril, o cachorro gordo que não dá a pata Viu? Tanto talento desperdiçado desde a senzala (é triste) Quanto crack foi bafado nessa lata? (é triste) Quem tem nada tudo sempre mata... Rindo Quanto álcool destilado dentro da garrafa? Tanto sangue derramado nessa estrada... Litros Não confunda com charme, na taça de vinho E tipo Tim Maia: Só não me dê motivos A solidão eterniza nossos tragos A solução para quebrar os fatos Desilusão causa mais estragos A minha visão é contra o mal olhado De repente olhos de serpente não me cega Trancafiado dentro de uma cela Sua consciência te delta Presta atenção, presta continência ao sentinela Aos sete pele, aos sete flecha, saravá Errado se assumisse, meu bonde todo sumisse Seja-se para vice, direto pro topo da esfinge Poderia enxergar, ver a poeira baixar Sem saber aonde ir, sem saber aonde irá Lugares, sinto saudade Uma lágrima caída em cada canto da cidade Fúria, caos, calamidade Tudo que te mata lentamente, aguarde
Sinto saudade de lugares que nunca fui E de olhares que nunca olhei De portas que nunca abri De alvos que não mirei De corpos que não invadi O que eu tenho ideia é pouco pra mim, hehe! O que cê tem é ideia podre pra mim, hehe! Eu sei que o céu é o limite O que vem depois de lá ainda é um mistério pra mim
Compositores: Jonas Ribeiro Chagas (Jxnv$), Abebe Bikila Costa Santos (Bk Nectar), Bruno Martins (Bril) ECAD: Obra #26185469 Fonograma #12117537