Napoleão de Hospício

Rosas Púrpuras

Napoleão de Hospício


Caído na sarjeta
Onde são despejados
O coração lacerado
Que chora e sangra
Morre lentamente

E este coração
E já foi valente
À frente de qualquer juízo
O êxtase desmedido

Caído por entre
Os penhascos
O coração cravado
De espinhos
Um ato alucinado
Um amor impossível

À agonia de um coração
Traído por um beijo
E este coração
O mais puro e verdadeiro

As paixões do coração
O que não cabe explicação

Caído no velho poço
Onde são despejados
Pobres loucos insensatos
Gritam nomes
Choram perdidamente

E este coração
E já foi valente
À frente de qualquer juízo
O êxtase desmedido

As paixões do coração
O que não cabe explicação

Composição: Haroldo Aguia

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