Qual é o valor de uma vida Encontrada por uma bala perdida Não importa se for beco ou avenida Um povo que morre Gente esnobe não socorre Olha pra nós com cara de desconfiança Plantando ignorância Com arrogância Se a cor da pele influi, pensamento não evolui Pelo poder que possui, marginaliza e exclui Cara, preta, pele parda Que se arrepia quando vê um homem de farda Que vê na calça larga só mais um pretexto Pra zombar de minha raça é meu cabelo crespo Reprodutor da imbecilidade Normalidade Tratando nossa causa com descaso O poço da sabedoria para alguns é raso Não valem o que deixam no vaso No meu olhar isso é atraso Gente branca boca suja Que se apavora com choro da coruja Acreditando ser superior Julga pela cor Nunca sentiu Sua febre ser testada Seu sonho reduzido a nada Foda mal dada Um coração partido Faz do herói um bandido Vitória aos irmãos que já nascem fudido Vivendo em guerrilha Pela superação eu boto pilha Perde, briga, briga ganha Que deixa um estrago irreparável em quem apanha Gente estranha, todos querem a mesma coisa Somente alguns acham que tem direito Escravisados pela vaidade e egoísmo Empurrando qualquer um para o abismo Gananciosos sorridentes no resto cinismo Voando paralelo O desprezado se juntou ao elo Claro, feio, preto, belo Batalha sangrenta, vivendo com gosto A lágrima que corre no rosto Um guerrilheiro não larga o Posto Defendendo o oposto Quem tem a lança expulsa o encosto Batalha sangrenta, vivendo com gosto A lágrima que corre no rosto Um guerrilheiro não larga o Posto Defende o oposto a lança expulsa o encosto
isadora gurgel
Compositores: Alex Pereira Barboza (Mv Bill), Fabio Costa Romano de Santanna (Kapony) ECAD: Obra #2447120 Fonograma #1051209