Olhei a minha volta e nada vi Tudo havia sido destruído Meus sonhos, meus sublimes ideais Meus mais sublimes sonhos, os meus ideais
Cresce o mundo dos horrores Um picadeiro virtual Perdendo a noção da verdade Muito além do bem e do mal
Relativas referências Invalorado e imoral Um convite à loucura O doce alento do caos O doce alento, o beijo do caos
O nó da garganta Iremos desatar Construindo nossos sonhos Para depois nos esmagar
Não quero a tua oferta tentadora Não quero provas desse amor tão irreal Falsas verdades no infame eloqüente Vão vendendo felicidade pra gente A bífida língua de serpente
No outdoor o desejo estampado O meu destino escrito, sacramentado Tudo que eu quero ser Decidido antes mesmo de eu nascer
Delícias apodrecidas De conversa em conversa Vão corroendo as consciências De promessa em promessa
O nó da garganta Iremos desatar Construindo nossos sonhos Para depois nos esmagar
As minhas lágrimas ainda caem Vão molhando este chão Que está se tornando fecundo Em meio a essa podridão
As flores de sangue que nascem Neste vale de trevas e dor Regadas com ódio e maldade No mundo que vai perdendo a cor
Não se intimide com o escárnio Os sábios nasceram da loucura Quanto mais louco é o seu saber Tanto mais sábia é a procura
O nó da garganta Iremos desatar Construindo nossos sonhos Para depois nos esmagar