Moroense e Moratty
Página inicial > M > Moroense e Moratty > Velho Pouso de Boiada

Velho Pouso de Boiada

Moroense e Moratty


Numa tardinha
Fui andando por aí
Coincidiu que eu descobri
Pedacinhos de saudade

Tudo igualzinho
A um retrato descorado
De um cenário amarrotado
Pelo avanço da cidade

A figueirona
Com seu tronco já ferido
Pelo golpe desferido
De um machado sem amor

Condenada
Sem direito a julgamento
Vai tombar qualquer momento
Pelas mãos de um malfeitor

Memorizando
Minha vida já passada
Recordei naquele instante
O velho pouso de boiada

E ali mesmo
Encontrei só um pedaço
Do que um dia foi um laço
De um habilidoso peão

E da baldrana
As pequenas margaridas
Igual estrelas caídas
Espalhadas pelo chão

E do lombilho
Tropecei num velho caco
O farrapo de um guanaco
Que um dia foi chapéu

Sons de viola
Explodiam pelo ar
Parecendo anunciar
Um fandango lá no céu

Memorizando
Minha vida já passada
Recordei naquele instante
O velho pouso de boiada

Resto de cerca
Que já foi de algum potreiro
A armação de um cargueiro
E uma trempa enferrujada

E num palanque
Velho tronco de ipê
A inscrição que a gente lê
Velho Pouso de Boiada

Num sonho louco
Retornei à mocidade
E ruminando a saudade
Até altas madrugadas

Juro por Deus
Que chorei naquele instante
Quando ouvi som de um berrante
Despertando a peonada

Memorizando
Minha vida já passada
Recordei naquele instante
O velho pouso de boiada

Composição: Índio Vago, Dino Franco

Encontrou algum erro na letra? Por favor, envie uma correção >

Compartilhe
esta música

Ouça estações relacionadas a Moroense e Moratty no Vagalume.FM

Mais tocadas de Moroense e Moratty

ESTAÇÕES