Em Cascadura, numa gafieira, Tem uma nega que me admira Até eu mesmo fico admirado Pois, quando a jazz toca, a nega é quem me tira
(– Vamo dançá, Morengueira?) (– O que é que há, minha nega? Segura aí, devagar!)
Seja choro ou samba de breque A nega sai logo se sacudindo Quanto termina a velha contradança Eu estou com o corpo cansado e os ossos bulindo
Mas o culpado foi o seu Oscar Que a enganou que ela sabia dançar Pra se meter assim no meio de nosotros Fazendo palhaçada e dando o que falar
Mas eu não estou aqui pra isso Não vim ao baile para me cansar Pois o meu corpo é muito franzino E assim, dessa maneira, eu vou me acabar
Se eu gostasse de matar o meu corpo Procuraria um batente pesado Enfrentaria lá o cais do porto Ou então uma pedreira, ou mesmo num roçado
E até mesmo a questão do namoro Aconselhei-a a não pensar em asneira Porque pra hoje eu tenho uma muito boa Pr’ amanhã e pra depois está na geladeira
(Nega, pra lá, olha a rasteira. O nega, não te güento, essa tua axilose é de matar qualquer peruano).
Compositores: Antonio Moreira da Silva (Moreira da Silva) (SOCINPRO), Joao Correia de FariaEditor: Cap Music Edicoes Ltda Epp (UBC)Publicado em 2012 (31/Out) e lançado em 1972 (30/Jan)ECAD verificado obra #1174326 e fonograma #2595433 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM