Prepare o seu coração, Pras coisas que eu vou contar Eu venho lá do sertão, Eu venho lá do sertão, Eu venho lá do sertão E posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, Ver a morte sem chorar E a morte o destino tudo, A morte e o destino tudo Estava fora do lugar Que eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi Mais um dia me montei Não por um motivo meu Ou de quem comigo houvesse Que qualquer querer tivesse, Porém por necessidade Do dono de uma boiada, Cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo, Laço fino e braço forte Muito gado, muita gente Pela vida segurei Seguia como num sonho E o boiadeiro era um rei
Pois o mundo fui rodando, Nas patas do meu cavalo E nos sonhos que eu fui sonhando As visões que clareando, As visões se clareando Até se um dia acordei
Então não pude seguir, Valente em lugar temente E dono de gado é gente, Porque gado a gente marca Tange, ferra, engole e marca, Mais com gente é diferente
Se você não concordar Não posso me desculpar Não canto pra enganar, Vou pegar minha viola Vou deixar você de lado, Vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, Boiadeiro já fui rei Nem por mim nem por ninguém Que junto comigo houvesse Que quisesse ou que pudesse Por qualquer coisa de seu Por qualquer coisa de seu, Querer ir mais longe que eu
Mais no mundo fui rodando Nas patas do meu cavalo E já que um dia montei Agora sou cavaleiro Laço firme e braço forte Num mundo que não tem rei
By Andressa Rodrigues
Compositores: Geraldo Pedrosa de Araujo Dias (Geraldo Vandre), Theophilo Augusto de Barros Neto (Theo) ECAD: Obra #922017 Fonograma #17254048