Monna Brutal
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Carta Aberta

Monna Brutal


Monna

Monna mamona má
4 minutos é bem pouco pra eu me expressar
1 ranço
Que possivelmente nunca vai passar
E ele me faz querer sempre estar com uma Hk
Puto

Trampo com verdade da cabeça aos pés
Bro
Essas verdades eu guardo a muito tempo!
Precisou vir a porra de um vírus novo
Pra esses putos verem a terra como um todo!
Mas reflita, ainda não é bem assim
Negaram terra, comida, estudo
Sempre desejaram pra mim
O fim!
E eu?
Não me contentei com o fim
Uma vadia esperta se moca pra dentro de si
Puto

Sozinha na escola
Nem sequer um pai acenando pra mim
Televisão grita
Que meu corpo e meu caminho é ruim
A mídia oculta
Quantas eles mataram igual a mim
E eu desde sempre
Tive motivos de estar sozinha aqui

Sem socias, sem festas
Só problema
Sem mercado, pois sem dinheiro
Sem amigas verdadeiras!
Sem o príncipe encantado
Sem mamãe descontruída
Sem aceitação
Olha só
Também tô sem família
Puto

Solidão do corpo não branco
Não é mito!
Mitos não existem
Seu puto não é um mito!
Se eu te disser que tô frustrada
Por não olhar pra sua cara
Eu minto!
Tenho feridas o bastante seu puto
Pra não te chamar de amigo

Da selva sou residente
Não vivo abrindo os dentes
Consequentemente usando minha mente
Me recordo dos meus entes
Não contabilizados
Estatística inexistente
E o rabo burguês só se mexe
Quando o tiro acerta sua própria gente
Esses rabos brancos nunca entenderão
Que colonização
Tem dívida atual com a escravidão
Preferindo impor
O seu princípio cristão
Cê achou mesmo que a cobrança não ia vir
Né não?
Burro

Quantas vezes, tu ajudou alguém?
Pensou em alguém?
Deu uma cesta básica a alguém?
Então veja bem
Essa falsa ideia não convém
De que todos são humanos
E quem vence é o bem
Bro
Quem vence sempre é o burguês safado
E montado na grana
Obtido do bolso do povo
Falando em nome do estado
Trava sobrevive igual formiga
Porque temos o rabo treinado
Acostumado a não olhar sua cara
Vendo você evitando o contato
Físico

Vocês verbalizaram
Fatos errados
Passa álcool em gel nessa sua mão suja
Do sangue preto dos meus antepassados
Pra não contaminar
Racista fique em casa
Teu vírus genocida
É assustador e mata!
Querem saber a cura
Te iludem com palavras
O vírus é você
Com fobias ultrapassadas
Ache o Amarildo
Ressuscite Dandara
Pegue a bandeira pra limpar tua bunda
Que tu chama de boca
Parça

Passar não vai
Monna aqui é tipo um samurai
Eu, árvore grande. O puto, Bonsai!
Eu tô cagando pro game, eu quero mais!
Aliás, tanto faz
Línguas banais!
Não tenho vontade pra falar de paz
"Cistema" e covid matam iguais
Essas balas "tão" guardadas pro meus iguais
Vejo funeral
Choro que não sai
"Dim dim" que não cai
Fome aumenta mais!
A prepotência de um presidente
Destrói a população
Ideais
Ficam lado pra economia ser valorizada
E ele lucra mais
Às vezes até me sinto
Tipo balão que cai-cai

Real Rap mensagem
P. U. T. O
Tô na contramão
De Stl pro mundo
Da lógica a inversão
Sobrevivendo ao caos
Da bunda destrutiva e padrão
Estar no mesmo espaço
Nem sempre diz sobre união

Minhas irmãs sempre estão onde estou!
Levo no peito
Quem fez parte da minha caminhada
Levo minhas irmãs, pra onde eu for
Eu represento as minhas vivas
E enterradas
Mas sigo sozinha, onde eu estou?
Somos uma reação em cadeia
Mesmo separadas
Levo o caos sozinha pra onde eu for!
Minhas feridas sempre vão gritar
Bem na sua cara
Bitch

Compositor: Pedro Henrique Sobrinho Dias (Monna Brutal)
ECAD: Obra #30061105

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