Mococa e Paraíso
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Cirurgião da Natureza

Mococa e Paraíso


Estes meus calos são anéis de formatura
Eu estudei na faculdade do sertão
Hoje é a enxada meu termômetro que marca
Com meu suor a temperatura do chão
Eu sei a hora do plantio e da colheita
Sei que o feijão para dar mais é bom plantar
Na lua nova e se o milho for colhido
Na lua cheia é capaz de carunchar

Deita sertão
Vou examinar tua grandeza
Porque eu sou
O cirurgião da natureza

Sei que é preciso arruar o cafezal
Para poder aproveitar melhor os grãos
Após a chuva é que se faz a derriçagem
Antes da panha é que se faz a varrição
Sei que é preciso se fazer curva de nível
Pra que a enxurrada não provoque a erosão
Para ajudar quem atrasou-se na colheita
A vizinhança se reúne em mutirão

Sei que depois de toda mata derrubada
Só é queimada quando o cipoal secar
Depois do fogo é que se faz a destocagem
E o arado vem a terra destocar
Sei que o café carrega mais se for tirado
Todos os brotos que em seu tronco se arrodeiam
Tem que tirar do algodoeiro suas pontas
Pra que suas saias de maçãs fiquem bem cheias

Composição: José Fortuna/Paraíso

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