Acordei sentindo falta do ar frio da noite em meus pulmões

Diferente de tudo que eu conhecia há muito tempo, e era apenas

Um mês, uma vez na primavera

Embora cada dia fosse mais frio do que eu senti em toda a vida

Eu ouvi meus dedos implorando por algum calor

Mas a lareira era tão desconhecida para mim

Não fiz muitos amigos

Mas eu poderia argumentar, dizer que é assim que eu sou

Não conseguia ver o que eu seria bom para eles

Eu estava apenas preso entre parques, livros e um violão

Esperava capturar tudo e transformar o verde em arte

Que idiota eu fui

Há pouca arte no esnobismo

Sem volta

Isso não é casa

Mas pode ser ou não?

Isso é por minha conta? Pode ser comprado?

Eu nunca vou ver, agora tudo que tenho são memórias

Tenho saudades de falar, de expressar-me livremente, de ouvir a música alta a tocar

Os vinte pubs em uma noite

Observando as pessoas, como elas parecem felizes apenas por estarem aqui, é verdade?

Ou é apenas minha mente boba projetando tudo, mas o que eu não posso ter?

Ninguém lá me conhecia, eu não precisava viver de acordo com alguns padrões que eles me jogaram

De alguma forma, ainda não livremente

Eu observei com olhos grandes, o que a vida poderia ser, mas vendo como o tempo voa

Rezei para que o meu surgisse

Talvez aqui, talvez seja onde devo estar

Sem volta

Isso não é casa

Mas pode ser ou não?

Isso é por minha conta? Pode ser comprado?

Eu nunca vou ver, agora tudo que eu tenho são

Memórias e meias inúteis

Algumas fotos aqui, um coração saudoso

Poucas melodias, querendo ser

Em memorias