Em tempos de suicídio mental ninguém confia em ninguém Na fila do desespero e uma vaga pra cem Cada caso e um caso, quem sou eu pra julgar Mas e triste ver mais uma criança sem lar Tocando o dedo na ferida quando se fala em família Quantos querem ter uma ou já perderam a sua ninguém nasce bandido, muito menos doutor Olha pra trás e vê a história daquele mano Que lutou com tanto sacrifício pra controlar o seu vício Ou pra aquele que correu três vezes mais que o exigido E embaçado eu sei, só quem sente pra falar Mas hoje entendo os que penderam pro lado de lá Quanto vale a esperança, só veem o que se deve Regrar que dão azia sem direito de resposta Querem reforma mas nem começaram a obra Na mesa o mesmo assunto, miséria gera revolta
Lembrar verdades não ditas Brigas, contras, goles a mais Perdas, apostas erradas Nunca vão calar nossa voz
Vivendo em meio ao caos mental realidade e massacrante Realidade e massacrante almas gritam, bocas secam, barrigas roncam Pra muitos os dias seguem iguais noites banais, lágrimas na capa dos jornais Em casa acendem uma vela pedindo a paz eterna Enquanto as ruas estão cheias de saudade Muita luz pra aquele irmão, cansado de ouvir não sem saber a solução, escravo da solidão A lei da natureza e incompreensível condenação sem direito aa efeito suspensivo Sem vendas mas no escuro, preso mas sem correntes com ideias trancafiadas dentro da mente Muitas vezes atrasado, deixado de lado jogado, largado, mal pago, so mais um soldado Com o coração lesado, mas nem sempre culpado amado e odiado Ter que saber lidar com o desequilíbrio A vontade, o efeito outra forma de enfrentar o medo acende um incenso Pra alguns o fim da linha, pra outros o começo